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Valter Hugo Muniz - Formado em Comunicação Social com ênfase em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de SP (PUC-SP) em 2009, concluiu em 2012 a “laurea magistrale” em Ciências Políticas no Instituto Universitário Sophia, na Itália. Com experiência em agências de comunicação, multinacionais, editoras e televisão é, atualmente, consultor de comunicação na ONG Arigatou International, em Genebra, Suíça. Com vivência de mais de cinco anos na Europa (Itália e Suíça), participou de trabalhos voluntários em São Paulo e na Indonésia pós Tsunami (2005), além de uma breve estadia na Costa do Marfim (2014). É fundador do escrevoLogoexisto.

Seu Natal e o sentido da vida

familia

Seu Natal tinha vivido muitos anos. Tantos que já nem se recordava qual a sua verdadeira idade.

Nascido em uma pequena vila, distante de tudo, bem pobre, Natal quase nunca havia escutado na televisão alguma notícia que falasse do lugar de onde ele vinha.

Filho de família nobre, de tradições milenares, seu Natal, com o passar dos anos, perdeu o prestígio decorrente das suas origens familiares. Aos poucos, até mesmo na sua cidadezinha já não sabiam quem ele era.

Diante dessas e outras tantas situações difíceis da vida, o seu Natal, mesmo assim, sobreviveu. A sua presença no mundo era insistente, perseverante, mas, com o passar do tempo, aos poucos ele começou a mostrar sinais de cansaço. Passava sempre despercebido e, por isso, não conseguia mais se sentir feliz, nem fazer feliz.

Porém, um encontro particular transformou a vida daquele senhor.

Há tempos seu Natal não encontrava o menino pobre que vivia vagueando pela cidade, pedindo esmola e, como ele, lutando para sobreviver.

Em uma noite chuvosa de dezembro os dois se reencontraram e seu Natal chamou o menino para jantar em sua casa.

Foi um momento simples. Conversaram, riram e choraram juntos e aquele momento ajudou o senhor a redescobrir quem ele era. Fez com que seu Natal reencontrasse os motivos para continuar vivendo, lutando, para mostrar que o presente mais valioso que a vida nos dá, sem dúvida, é a possibilidade de construir relacionamentos verdadeiros.

The Voice Brasil – Programa fraco, mas com ótimas vozes

the-voiceO The Voice Brasil foi um presente para os brasileiros, mesmo que, em qualidade editorial, ele ficou muuuuuuuuuito, mas muuuuuuuuuito a desejar.

A começar pelos técnicos. Nem precisa dizer que eles não são, nem de longe, o supra sumo da música brasileira. Talvez só o Daniel seja um bom representante da música sertaneja. No lugar da Claudia Leite, Carlinhos Brow e Lulu Santos, eu sugeriria nomes como o da Ivete, Seu Jorge e Hebert Viana.

Achei muito espalhafatoso, quase ridículo e muito pouco qualificada a participação dos técnicos do The Voice Brasil.

Por outro lado, as vozes não decepcionaram. Artistas maravilhosos, com vozes e riquezas incríveis, mostrando quão rico é esse país de dimensões continentais.

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Entre essas vozes, sem dúvidas, A VOZ, a cantora mais talentosa, foi a vencedo

Comparando com a versão americana, no geral, o The Voice Brasil foi muito fraco. Acho que o pior de tudo foi a edição, rápida demais, superficial, como é, de fato, a Rede Globo.ra Ellen Oléria. Desde o primeiro encontro encantou com sua voz forte, expressiva, foi realmente justa a vitória.

 

O bom é que tem muito para melhorar e, espero, que o programa tenha outras edições.

Para Ver a apresentação de Ellen Oléria CLIQUE AQUI

No respeito à diversidade

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Por Valter Hugo Muniz – Revista Cidade Nova – Agosto de 2012
Formado em psicologia e teologia, o português Jorge Manuel Dias Ferreira vive há muitos anos em Genebra, na Suíça, onde é o representante oficial de New Humanity (ONG do Movimento dos Focolares, que possui status consultivo no Conselho Econômico
e Social das Nações Unidas – ECOSOC). Contudo, essa não é a única tarefa que oferece a Ferreira a oportunidade de conviver com pessoas num ambiente multicultural. Como formador de professores pela Secretaria de Educação local, ele se depara com uma realidade que engloba jovens estudantes e pais originários de 147 países, que falam cerca de cem diferentes idiomas.
Qual é o seu trabalho na ONU?
Como representante de New Humanity, encontro-me atuante num espaço privilegiado para promover o mundo unido. Mantenho
contato com dirigentes de diversos setores das Nações Unidas, com representantes dos 193 países-membros e com dezenas de ONGs. Acompanho e procuro contribuir na defesa dos direitos humanos, por meio de intervenções escritas e orais que exprimem a fraternidade universal e a cultura do mundo unido.
E na Secretaria de Educação de Genebra?
Trabalho na formação dos professores e com os alunos e pais de diferentes países. A minha atuação visa favorecer a integração e o sucesso escolar dos alunos, promovendo a unidade de todo o sistema educativo no respeito à identidade e à diversidade cultural de cada um.
Pode citar alguma experiência mais significativa?
Nos últimos 24 anos atuei na orientação escolar e profissional de alunos estrangeiros e no acompanhamento de suas respectivas famílias, bem como na formação de professores. Contudo, posso dizer que uma das mais importantes conquistas obtidas foi o compromisso do Estado Suíço de que as crianças sem visto legal (clandestinas) terão acesso à escola pública, em conformidade com a Convenção sobre os Direitos da Criança, assinada pela Confederação Helvética. Outra iniciativa que destaco foi a criação, em 2009, com o apoio do Vaticano, do Fórum das Organizações Internacionais de Inspiração Católica, que reúne 25 ONGs e dão um testemunho de unidade no respeito à diversidade.
O que significam essas atividades profissionais profundamente ligadas a ambientes multiculturais?
Para mim esse trabalho significa servir, amar concretamente e colocar todo o meu ser, meus talentos, a serviço da humanidade. A prática da fraternidade universal e o engajamento na construção de um mundo unido são soluções verdadeiras para os problemas do mundo de hoje.

Mar de gente

Mar infinito

de gente

Tento desvincular-me

Independente

Mas essa onda sufocante

E todos nós, afolados

Exige calma

Um caminhar com cuidado.

Mar de aglomeradas vidas

De gente sofrida

E companhia certa, de antemão.

Em perene solidão.

Mar infinito

De gente

Aqui, estar junto, é ser gota d’água

Sentimento intenso

Que me faz contente.

Falta um mês para o grande dia!

Daqui a exatamente um mês estarei, junto com a Flavia, dando o passo mais importante da minha vida. Falta pouco para o Grande dia.

Impossível não sentir uma felicidade nova e querer festar essa manifestação concreta do amor de Deus por mim, diante do percurso vital que me trouxe até esse tão esperado momento.

Escolhas. Algumas fáceis, outras nem tanto, me levaram a conhecer pessoas e lugares diferentes e fundamentais paro o discernimento do que era “melhor pra mim”.

Dores, lágrimas e medo não faltaram! Sobretudo por me sentir sempre tão pequeno, incapaz… Quando, enfim, descobri que construir uma família nada tem a ver com meritocracia, mas com o esforço cotidiano de amar o máximo que puder, perdoar e, sobretudo, recomeçar, entendi que era esse o meu caminho.

Claro que sem a graça de Deus (no meu caso, confessional, cristã, mas não exclusivamente) o casamento e a família, para mim, se transforma em uma empresa quase impossível. Por isso o meu sim será dirigido à Ele, com Ele e por Ele.

E já vislumbrando essa nova vida sinto-me profundamente feliz, serenamente feliz, verdadeiramente feliz.

Por fim, saber que eu não estou sozinho, que tenho uma comunidade formada por familiares e amigos, me dá a certeza que, acima de tudo, estou condenado a ser feliz, ou melhor, continuar sendo.

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