Author: Valter Hugo Muniz Page 62 of 240

Valter Hugo Muniz - Formado em Comunicação Social com ênfase em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de SP (PUC-SP) em 2009, concluiu em 2012 a “laurea magistrale” em Ciências Políticas no Instituto Universitário Sophia, na Itália. Com experiência em agências de comunicação, multinacionais, editoras e televisão é, atualmente, consultor de comunicação na ONG Arigatou International, em Genebra, Suíça. Com vivência de mais de cinco anos na Europa (Itália e Suíça), participou de trabalhos voluntários em São Paulo e na Indonésia pós Tsunami (2005), além de uma breve estadia na Costa do Marfim (2014). É fundador do escrevoLogoexisto.

Steve Jobs: gênio como qualquer ser humano e humano como qualquer gênio

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Steve Jobs;  Walter Isaacson; Cia. das Letras.

 

Acabei de ler a biografia autorizada de Steve Jobs e me apaixonei pela sua história.

Jobs não era gentil, bondoso e muito menos carismático, mas transformou o mundo, para melhor com a sua capacidade de unir ideias e pessoas para gerar bons produtos.

O autor e chará, Walter Isaacson, mostrou de maneira equilibrada e aparentemente verdadeira o quanto a genialidade pode ser usada para produzir avanços marcantes na sociedade.

Perfeccionismo doente, controle absoluto sobre todo o processo de produção e a necessidade de excelência e comprometimento cego de seus colaboradores. Três pilares fundamentais para o sucesso de Jobs e da Apple, hoje uma das empresas mais valiosas do mundo.

Na vida pessoal, menos brilhantismo. O grande “palco” aonde atuava o Steve Jobs “ser humano”. Com falhas graves, com a necessidade de ser perdoado, de recomeçar e perceber que não é nem um pouco melhor que seus iguais. Jobs era tão gênio como qualquer ser humano e tão humano como qualquer gênio da história da humanidade.

Fechei o livro com uma alegria estranha e a sensação de tê-lo conhecido pessoalmente, graças ao talento de Isaacson. Um livro recomendadíssimo para aqueles que gostam de biografias e são apaixonados por seres humanos especiais.

Mais um na multidão

Linha Azul do Metrô pára após pane em trem na Estação Paraíso

Esmagado, entre os meus iguais,

Só mais um na multidão

Lugar, onde as ideologias repousam

Inefável solidão.

No viso triste de vida sofrida, suplica-se tudo.

Sofre-se a espera de dias melhores

e no silêncio “encabulante”,

o vazio sem respostas.

Lá fora,

de um lado uma matilha de gente

Latindo o desespero da própria desumanização

do outro, uma multidão de cachorros

Escovados em pet shops,

comendo caviar de ração.

E eu, sufocado pela metrópole,

Continuo andando, sem achar respostas.

Licença, posso passar? Não.

Sou só mais um na multidão.

Vida de casado: depois de um mês ainda vale a pena

Vida de casado

Parece que as coisas mais importantes da nossa vida a gente só entende com o passar do tempo. Foi assim no relacionamento com os meus pais e tem sido assim na minha vida de casado.

Hoje, eu e a Flavia festejamos nosso primeiro mês da nossa vida de casado. Quis Deus (ou o destino, para aqueles que não creem Nele) que nós estivéssemos fisicamente distantes nessa primeira comemoração. Enquanto eu estou em São Paulo trabalhando, Flavia está participando de um projeto de prevenção às drogas, na Fazenda da Esperança, em Guaratinguetá.

Esse acontecimento, aparentemente bananal, simboliza bem o significado do casamento para nós. Um amor que se alimenta não só do desejo recíproco de estarmos sempre juntos, mas que é pronto a sacrificar um pouco desses momentos maravilhosos, por amar também os mais necessitados, à humanidade.

Isso não é filantropia, voluntariado. Esses somos nós. E hoje, mais do que nunca, percebo também a importância disso.

O primeiro mês como marido foi, sem dúvidas, o mais bonito da minha vida, cheio de descobertas e de uma crescente consciência da importância de ouvir, acreditar, mesmo que, em certo momento, as renúncias não façam muito sentido.

Hoje, nesta vida de casado, a felicidade é imensa. Especialmente porque, agora, entendemos o significado de cada momento de espera, que fez crescer o amor de maneira intensa, na simplicidade.  Foi esse esperar que nos tornou capazes de dilatar o coração para os outros e nos ajudou a entender que, a nossa família, da mesma forma que nos faz felizes, é fonte de felicidade para aqueles que encontramos.

2012: Ano velho, vida velha!

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Não sei se muitas pessoas acharam que 2013 não chegaria. Eu, por outro lado, tinha a certeza de que, em 2012, o meu mundo sofreria uma transformação definitiva.

Depois de passar mais um ano novo “abaixo de zero” na Suíça, a viagem para Budapeste, em fevereiro, foi um presente fantástico. Ali, na gélida nação que acolhe meu irmão Cristian, eu pude me reencontrar comigo mesmo e perceber a importância de dilatar o coração, para acolher melhor quem está ao meu lado.

Os outros meses do primeiro semestre foram sofridos, às vezes de sofrimento bom – como no processo de elaboração da minha tese de “láurea magistrale” -, às vezes de sofrimento ruim – no tentar me superar para viver em harmonia com o outro, completamente diferente de mim, causa muitas vezes de dor, mesmo se, na maioria das vezes, sem intenção. A dificuldade de viver com pessoas de diferentes culturas, propósitos, valores, foi sentida de maneira “violenta”, “dura”, mas também foi um grande exercício de paciência e tolerância.

 A partir de julho, os polos (até mesmo os geográficos) começaram a se inverter na minha vida. O sucesso na apresentação da tese, a presença dos meus pais nesse momento tão especial e, principalmente,  o noivado foram momentos únicos do ano que passou.

Com Flavia, desde sempre, procuramos construir um relacionamento simples, verdadeiro, e baseado em um amor concreto. Mas, essa escolha, antes de tudo pessoal e recíproca, também sempre foi comunitária. Por isso, viver um passo tão importante com eleusinha, tenorinho e os familiares e amigos europeus foi marcante para nós.

O segundo semestre de 2012 foi mais sereno. O retorno ao Brasil, o trabalho novo, inúmeras providencias, reencontrar pessoas amadas… tudo em uma tranquilidade que só foi ofuscada em alguns momentos da (intensa) preparação do nosso casamento.

Sem dúvidas o 22 de dezembro foi o momento mais especial, profundo, alegre e pleno do ano que passou. Tudo caminhou para o SIM mais importante das nossas vidas. Realizar o sonho de começar uma nova família e saber que essa aventura será vivida junto com a Flávia me dá uma alegria enorme.

A gratidão a Deus por ter me trazido até aqui é imensa. Amor divino encarnado e manifestado no amor que recebi da família, dos amigos e, sobretudo, no relacionamento cotidiano com a Flávia.

Que venha 2013!

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Os relatos e a emoção de um neocasado

Tem gente que cresce sonhando em se casar. Eu não. Eu já sabia que isso iria acontecer, mas não do jeito que foi. Como neocasado, queria dividir, com simplicidade, a alegria que senti nesse dia mágico.

Os preparativos

Na semana anterior ao casamento um calor sufocante e, com ele, a preocupação com nossos familiares europeus, que vinham de um frio “abaixo de zero”.

Só que na semana do casamento: chuva, muita chuva e o medo dela atrapalhar o nosso tão esperado dia.

O mais interessante de tudo isso não é o temor em relação ao tempo, mas o fato curioso de que a gente ás vezes esquece que existe uma força capaz de mudar as previsões para realizar o melhor, para nós e para os outros.

Assim, no dia do casamento não choveu.

O grande Dia

No dia pós “fim do mundo” eu acordei tranquilo, mesmo sabendo que o “meu mundo” estava prestes a viver uma mudança definitiva.

Algumas corridas na igreja para ver o grupo dos nossos irmãos e amigos que se ocuparam de deixá-la simplesmente MARAVILHOSA. Viagens até o local da festa,  e a certeza de que, bem ou mal, já havíamos feito tudo o que podíamos.

O tempo foi passando tranquilo, até que chegou o momento de me trocar.

Antes, rezei um terço. E entre ave-marias e pai nossos, uma alegria verdadeira, profunda… Uma serenidade fantástica tomou conta de mim. Faltava menos de uma hora para o meu mais importante SIM.

Vestido, cheguei à igreja. Os convidados entrando: cumprimentos, abraços, sorrisos. Até que chegou a hora de entrar. De braços dados com minha mãe, passos lentos, emoção, que ficou ainda maior quando me virei e vi entrando, dois a dois, as pessoas mais importantes da minha vida.

Um filme se desenrolou em poucos minutos. Viagens, escolhas, relacionamentos, sorrisos, lágrimas, dor, felicidade. Tudo misturado, intenso, mágico, mas pouco, se comparado ao sentimento de ver a mulher da minha vida entrar.

Flavia estava linda, sorridente, radiante, o maior presente que Deus me deu. Minha melhor amiga, grande companheira, infinitamente amada.

Na cerimônia, um turbilhão de sentimentos atenuou a emoção. Mas, ajoelhados depois da Eucaristia, as lágrimas escorreram. Diante do meu Deus, daquele que mais me amou, a certeza de que só Ele sabia o significado daquele SIM, só Ele entendia a minha certeza interior de que é esse o MEU CAMINHO.

A emoção aumentou vendo meus melhores amigos cantando. Pessoas com as quais caminhei junto e se cheguei até aqui são extremamente culpadas

Mais alguns minutos, a benção e estávamos oficialmente casados. O fim de um percurso, o começo de outro…

O nosso sim foi pessoal, recíproco, comunitário. Não foi como pensamos, imaginamos, sonhamos, foi muito mais, muito melhor. 

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