Author: Valter Hugo Muniz Page 4 of 240

Valter Hugo Muniz - Formado em Comunicação Social com ênfase em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de SP (PUC-SP) em 2009, concluiu em 2012 a “laurea magistrale” em Ciências Políticas no Instituto Universitário Sophia, na Itália. Com experiência em agências de comunicação, multinacionais, editoras e televisão é, atualmente, consultor de comunicação na ONG Arigatou International, em Genebra, Suíça. Com vivência de mais de cinco anos na Europa (Itália e Suíça), participou de trabalhos voluntários em São Paulo e na Indonésia pós Tsunami (2005), além de uma breve estadia na Costa do Marfim (2014). É fundador do escrevoLogoexisto.

vida

No advento da chegada da viDa

Em um pouco mais de um mês a nossa família deverá vivenciar mais uma grande mudança desde que eu e a Flavia decidimos caminhar juntos: a chegada do nosso filho, Davi.

Você que está lendo esse post talvez não saiba, mas tenho uma forte inclinação para o demasiado controle das coisas. Tenho sérias dificuldades de manter a serenidade quando as coisas fogem da minha alçada e ter filhos é um maravilhoso convite para entender que a vida pode ser ainda mais extraordinária quando deixamos ela fluir, sem precisar antecipar tudo. (Escrever, por exemplo, também é uma forma de dar forma aos sentimentos para melhor dominá-los!) 

Nesse período pré-nascimento, ansiedade e o medo não faltam, justamente pela impossibilidade de controlar o que irá acontecer nas próximas semanas e meses.

Se você que me lê já vivenciou a chegada de uma vida, talvez consiga entender. No meu caso, indo para o terceiro parto, sinto que o medo aumenta ainda mais pois a sensação é que tenho muito mais a perder.

Mas do que eu tenho medo? De alguma coisa dar errado no parto, de perder a Flavia, o Davi, de não estar presente para dar meu apoio, de não estar preparado.

Preparado. Ê palavrinha que denuncia o meu ser controlador.

A chegada da vida, do Davi, todo esse período de preparação dos corações e dos braços tem sido um revisitar aquilo que é mais importante para mim: a família. É também lembrar o quão fundamental é acreditar que a falta de controle nem sempre é algo negativo. Às vezes ela é o espaço necessário para que Deus nos faça experimentar o Amor de maneira inesperada, mais profunda e completa, como foram os outros partos.

Então vamoquevamo!

eternal love

Eternal love

Eternal love

Intimate treasure.

God’s love for us

Impossible to measure.

But our hearts dared

To build this house for him.

And celebrate together

What we already have within.

Love is bigger than buildings.

It’s more powerful than pain.

Love that we build patiently together

Again and again.

Love. Eternal love.

The poem was written for the wedding ceremony of my beloved relatives Gabriel and Corina Ganarin

hybrid events

Reflecting on principles for hybrid events

In March 2020, we had to change how we used to work. So, adaptation, strength, and flexibility have been the three keywords of the last two years.

As staff of a global Christian organisation, we discovered that the online environment provides an incredible range of opportunities to reach members of our fellowship. We also learned that not being physically present in conflict situations can make vulnerable communities even more vulnerable. Yet, working physically, online, and now hybrid, we are still a church organisation where accompaniment and closeness are parts of our identity.

Going slowly towards the new “normal”, we can now plan hybrid events where it’s possible to have human encounters again. The main risk is to ignore the lessons learnt from the COVID-19 pandemic and forget that we have two layers of participation when deciding to organise a hybrid event.

Before planning a hybrid event, it’s also important to know what hybrid events are not. The biggest misconception of hybrid events is that they are simply events that are streamed live to an online audience. “A true hybrid event utilises technology to bring online audiences into an event experience – so online audiences and live participants experience the same event similarly.”

So, what are the three primary steps to remember:

  1. GIVE PREFERENCE TO THE ONLINE AUDIENCE: Camera position, sound setup, and the overall content should express closeness towards those not physically present. At hybrid events, online viewers participate in the event the same way live attendees do. That means participating in Q&A sessions, interacting with speakers, and engaging with fellow attendees.
  2. UNDERSTAND THE TECHNICAL CHALLENGES AND OPPORTUNITIES: Hybrid events bring many more technical challenges than online events. In addition to good cameras, microphones, trained staff and a strong internet connection, organisers must enable a space where online attendees don’t simply become viewers of a physical conference.
  3. HAVE A BRIDGE BUILDER – To shorten the gap between physical and online attendance, it’s also good to have a co-moderator or an assistant who joins the hybrid event online. They will be able to oversee and communicate potential issues from the online environment and motivate online participants to take part in the discussion. 

Hybrid events present a new space to navigate. As we have learnt on moving from physical to only online events, every change needs time, patience, and flexibility. We should also accept that we will make lots of mistakes. But without forgetting the importance of keeping the pastoral approach, where the technical solutions are tools to express accompaniment, closeness, and the inclusiveness of everything we do.

Brilho nos olhos

Brilho nos olhos

“Posso te fazer uma pergunta pessoal?” Indagou-me uma senhora do Jardim de infância frequentado pela Tainá, nossa primogênita. “Sim, claro”, respondi já surpreso com a ousadia rara de vivenciar aqui na Suíça.

“Você acredita em Deus?”perguntou ela em alemão. “Como?”respondi surpreso. Ela repetiu em espanhol, o que confirmou que eu a havia entendido. “Sim”, respondi tranquilamente. “Eu sabia! Dá para ver no brilho dos seus olhos”, disse ela.

Desde que cheguei na Europa, tento não só preservar, mas também cultivar a fé-encontro, que experimentava cotidianamente no Brasil. Diante da ausência de coisas, comum na minha terra natal, o “ser“ de cada um parece mais acessível. E na beleza dos sonhos, contradições e necessidades do outro é que a vida se revela em toda sua plenitude. O tal “brilho nos olhos”, para mim, é fruto de uma busca constante em dar significado à vida, indo além da minha própria existência. É descobrir o amor em mim, para mim e pelos outros.

Esse Amor que preenche e dá sentido a quem eu sou, nasce do encontro com Jesus (ou “algo maior”) a quem eu procuro fazer espaço para que Ele faça parte do meu dia-a-dia.

É bom demais perceber que, de alguma forma, esse Amor ainda transborda e consegue tocar o coração de pessoas que nem me conhecem. Com o passar do tempo e vivendo em um país em que os bens materiais parecem ocupar o espaço dos relacionamentos, eu achava que esse brilho já tinha se apagado. Que alívio!

Otto luminoso rastro

Rastro infinito.

Ao me tornar pai
descobri um Amor que toca o infinito.
Um sentimento tão genuíno, divino,
que dá sentido aos caminhos tortuosos percorridos anteriormente.
Sempre que um filho é gerado,
uma faísca de Amor transcendente ilumina o nosso céu,
deixando um rastro luminoso, inesquecível.
Aceitamos acompanhar a sua trajetória, como a nossa, passageira.
E juntos, não importa o quanto tempo,
experimentarmos a presença Deus e o significado desse Amor.
Com o Otto foi assim, ele me deu Deus, na oração, no cotidiano oferecer.
Otto, oito, infinito.
Luminoso rastro deixará

Poesia escrita para o pequeno Otto. Filho de um casal amigo, o menino teve uma breve mais marcante passagem terrena, levando Deus e a oração para todos os cantos do mundo.

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