Author: Valter Hugo Muniz Page 127 of 240

Valter Hugo Muniz - Formado em Comunicação Social com ênfase em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de SP (PUC-SP) em 2009, concluiu em 2012 a “laurea magistrale” em Ciências Políticas no Instituto Universitário Sophia, na Itália. Com experiência em agências de comunicação, multinacionais, editoras e televisão é, atualmente, consultor de comunicação na ONG Arigatou International, em Genebra, Suíça. Com vivência de mais de cinco anos na Europa (Itália e Suíça), participou de trabalhos voluntários em São Paulo e na Indonésia pós Tsunami (2005), além de uma breve estadia na Costa do Marfim (2014). É fundador do escrevoLogoexisto.

Um ano em que a Menina que perdeu o assovio encontrou com Deus

Paulinha e sua mãe, Telma

Paulinha e sua mãe, Telma

Eu e a Menina que perdeu o Assovio éramos muito amigos. Encontramos-nos pela primeira vez em frente à universidade em que estudo. Aquele sorriso, de uma fragilidade…

… só menor que o meu desconhecimento a respeito da Fibrose Cística, doença que a levou há um ano atrás.

Com a Ju demos gostosas risadas. Uma amizade verdadeira, instantânea, como esses macarrões que matam a fome de gente apressada e preguiçosa de comer coisa que realmente sustenta.

Mas o que mais me sustentou depois que ela partiu,  foi ver que saber conviver com a dor é uma arte, uma graça que poucos conseguem lidar. Nisso a Menina que perdeu o Assovio era imbatível.

Poucos acreditavam que as suas recaídas a faziam frágil, que os desmaios preocupavam.. Todo mundo achava que poderia ser manha… as vezes eram, mas a sua alegria contagiante era o que ocultava a sua doença.

Por ela, conheci a maravilhosa Telma. Mãe e mulher de força guerreira, de cuidados de enfermeira profissional. Conselheira, amiga… doce quando a Menina que perdeu o Assovio precisava de mimo e dura quando precisava de coragem.

Deliciosos pães de queijo (mineiros, claro), saborosas conversas, inesquecíveis comunhões.

Bom… Viver a “passagem” de alguém machuca, sobretudo uma alma despreparada como a minha. Principalmente sabendo que o final da sua vida, a Menina que perdeu o assovio precisava enfrentar sozinha.

E aí, o desespero da impotência. De abraçar sua mãe, ouvir: “Eu me sinto a Desolada” (Maria, mãe de Jesus, que viu o filho morrer) e simplesmente chorar e assumir aquela dor, como minha. Afinal de contas as dores, como as alegrias, precisam ser compartilhadas SEMPRE.

Já faz um ano e eu não consigo esquecer da minha despedida, não consigo esquecer do Adeus, mas mais que tudo isso, não esqueço as risadas, os “gansos”, as broncas, as poesias e a certeza que o nosso reencontro será tão festivo, como o curto período de convivência.

Texto em homenagem à Paulinha Bichara que, no dia 23 de julho, fez seu primeiro aniversário ao lado de Deus

Mais textos para conhecê-la:

Outros textos

Um ano em que a Menina que perdeu o assovio encontrou com Deus

Saudades da Menina que perdeu o assovio

O encontro do Pequeno – alegria com a Menina que perdeu o assovio

O dia em que a menina que perdeu o assovio se foi

O último encontro com a menina que perdeu o assovio

A menina que perdeu o assovio

Para sempre Paulinha – Revista Cidade Nova – outubro de 2008

A palavra que transforma – by Paulinha Bichara

 

Inácio de Loyola: quando o amor é feito mais de obras que em palavras

inacioGrandes homens mudaram o mundo… Eistein, Galileu Galilei, Gandhi, Buda e, na minha opinião, Inácio de Loyola.

Tudo bem, um dos feitos desse santo da Igreja Católica, foi criar a Ordem dos Jesuítas, que, infelizmente (e porque é feita de homens) massacrou muitos indígenas, exterminou culturas milenares, em prol de uma má interpretação da disseminação da Fé católica.

Por outro lado, hoje, muitos missionários estão espalhados por diversas partes do mundo, inclusive no Norte do Brasil, lutando para salvar as populações locais da exploração, da miséria, da morte.

Não me cabe julgar algo que nem mesmo Inácio conseguiu controlar. A religião sempre foi usada como forma de garantir o poder, por criminosos travestidos de portadores do cristianismo. É uma chaga que eu como cristão devo assumir e suportar.

Contudo, são outros motivos que me fazem admirar tanto esse grande homem que é Inácio de Loyola.

Iñigo Lopez de Loyola  era o seu nome de batismo. Ele nasceu numa família cristã, nobre e muito rica, na cidade de Azpeitia, da província basca de Guipuzcoa, na Espanha, no ano de 1491.

Como um bom rico optou pela carreira militar, mas feriu-se em uma guerra e teve que voltar para a casa. Passou um longo período de recuperação lendo livros para passar o tempo e dois em particular o transformaram: “Vita Christi”, de Rodolfo da Saxônia, e a Legenda Áurea, sobre a vida dos santos, de Jacopo de Varazze.

A partir destas leituras cresceu nele a ideia de começar uma vida dedicada a Deus, tendo como inspiradores outros grandes homens, como Francisco de Assis. Em seguida, largou tudo o que tinha para percorrer o caminho de santidade.

Considerando-se incapaz, infiel, Inácio não parou de buscar seus objetivos, mesmo enxergando seus limites. Para alcançar um forte relacionamento com Deus desenvolveu os «Exercícios Espirituais» (Ejercicios espirituales), que iriam adquirir uma grande influência na mudança dos métodos de evangelização da Igreja e o levou a tão almejada Santidade.

A sua contribuição para a Igreja e para a humanidade foi a visão pessoal do catolicismo, fruto de sua incessante busca interior e que resultou em definições e obras cada vez mais atuais e presentes nos nossos dias.

Num mundo onde os cristãos, cada vez mais, esquecem que o amor não é feito de blá blá blá, mas de ações concretas, Inácio é um exemplo. “O amor deve consistir mais em obras que em palavras”, palavras dele.

Oração de Santo Inácio

Tomai Senhor, e recebei
Toda minha liberdade,
A minha memória também.
meu entendimento
E toda minha vontade.
Tudo que tenho e possuo,
Vós me destes com amor.
Todos os dons que me destes,
Com gratidão vos devolvo:
Disponde deles, Senhor,
Segundo vossa vontade.
Dai-me somente
O vosso amor, vossa graça.
Isto me basta,
Nada mais quero pedir.

29 dias no país do Tsunami – Parte 14: um banheiro diferente

O primeiro banho a gente nunca esquece

O primeiro banho a gente nunca esquece

Imagine-se do outro lado do mundo.

Depois de ter viajado 11 horas de avião, sofrido com comidas no mínimo estranhas em um país vizinho. Chegado num país com outra cultura, dormido a primeira noite da vida no chão e enfim, ter viajado embaixo de um calor de 40 graus, por 10 horas. O que você mais iria querer pra relaxar?

Um bom banho.

Foi a primeira coisa que pensei assim que chegamos a Sibolga. Cumprimentei os muitos familiares de Ponty e logo perguntei onde poderia tomar um banho.

Entramos numa espécie de Bar e, ao fundo, meu amigo me mostrou uma portinha e disse que ali poderia me lavar. Peguei minhas coisas… toalha, sabonete… estava feliz, finalmente poderia tomar uma bela ducha, mas assim que entrei no banheiro, levei um bom susto.

Os azulejos de um vermelho escuro cobriam o chão do local de paredes brancas, bem sujas. Um buraco no chão em que eram feitas as necessidades fisiológicas e a minha direita, um grande tanque com água parada e uma vasilha.

Demorei alguns segundos para entender que seria ali e daquela maneira que deveria tomar banho. Após os segundos de asco pessoal tomei coragem e fui me despindo.

Ensaboei-me procurando estar atento aonde pisava, era uma sensação nova, estranha, curiosa e, por que não, “de aventura”.

Com o corpo ensaboado, mergulhei a bacia naquela água turva e comecei a me lavar. Naquele momento já estava até me divertindo. A água renovava também o meu espírito e a minha vontade de estar ali para me doar aquelas pessoas.

Meus pudores ocidentais começavam a se desfazer a cada “baciada d’água”. Era como um batismo necessário para quem quisesse mergulhar profundamente na pobreza e na dor daquele povo que encontraria na ilha de Nias.

Saí do banho sorrindo, contente e pela primeira vez, naquele país, redescobri o verdadeiro sentido de “estar na essência das coisas” e não me deter nas dificuldades vãs.

Só que essa era só a primeira delas…

3X0 foi pouco! Obina é melhor que o Eto’

obina

postado por Acadêmico do Bixiga

Caros palestrinos campeões mundiais, o nosso freguês está de volta. E em grande estilo. Para eles saberem que a Série A é muito diferente da Segundona, ídolo Obina comandou a goleada do Verdão contra o Timinho da Marginal.

Foi muito fácil. Se non fosse o juizinho e o respeito da nostra equipe, acho que teríamos superado a maior goleada da história do clássico: 8 a 0!

Está perdendo a graça, amicos. Io non sei mais o que fazer. Quando foi a nostra última derrota pra eles? Io non me lembro! Alguém me ajuda?

Procura-se rival. Inscrições na Rua Turiaçu, 1840!

Obina neles! Que venha o penta com o nostro comandante Muricy Ramaglio!

Aqui é Palestra!

Saudações alviverdes.

50 anos dos Focolares no Brasil – O que estamos comemorando?

focolare brasilHá 50 anos alguns jovens desembarcavam no Brasil para uma maravilhosa loucura. Quem, em sã consciência, deixaria pais, trabalho, pátria, para seguir um Deus que se manifestava em uma jovem sem instrução, sem títulos acadêmicos, sem reconhecimento teológico?

É aqui o limite entre a Obra de Deus e aquilo que nós, seres humanos, podemos fazer.

focolare brasil4
Ginetta, Marco, Fede, Rino, Violetta sabiam disso. Não estavam deixando para trás suas vidas para seguirem somente uma grande mulher como Chiara Lubich, mas eram guiados por um Deus ainda misterioso, mas que se manifestava na medida em que caminhavam “senza guardare indietro” (sem olhar para trás) e não com explicações racionais.

Depois deles, muitos foram conquistados por esse Deus que se apresentava “vestido” do Ideal da Unidade. Dezenas, centenas e milhares.

Passados 50 anos, estamos reunidos para festejar o que?

  • A coragem dos precursores desse Ideal que se encarnou em nossa cultura tupiniquim.
  • Dos jovens que deixaram tudo, para continuar a fazer ressoar esse grito celeste, emitido em alto em bom som por Chiara.
  • A fidelidade “a risca” daqueles que sabiam que o Ideal só continha Deus, se vivido de maneira pura.
Encontro dos internos do Movimento - 1998

Encontro dos internos do Movimento – 1998

 Há 11 anos festejávamos juntos a vinda de Chiara. Éramos também milhares, de todo o Brasil, mas a nossa “mãe espiritual” não apareceu.

Esse foi também exemplo concreto da maneira como Deus quis que se encarnasse o Ideal no Brasil. Juntos, sem a presença física de Chiara, tivemos que construir e entender que é da Unidade que vem a Luz para caminhar e levar Deus em toda a parte.

focolare brasil3
Mas, hoje, também estamos comemorando a alegria de, por meio do SIM de Chiara, muitos de nós termos nascidos (física ou espiritualmente) e assim, essa presença “particular” de Deus ter permanecido por 50 anos no Brasil.

Comemoramos um Ideal que vive! Um passado que é presente e um presente que, enquanto amarmos, será futuro!

Talvez alguma incompreensão exista, fruto da nossa humanidade, imperfeição, pequenez, mas é dela que Deus se fez homem, é por ela que o Ideal nasceu.

Nessa “festa de família” também cabem muitos pedidos de desculpas, recomeços, por conta da nossa falta de caridade, irresponsabilidade, descuido, por tantos e tantas que, em algum momento, não sentiram essa presença pura de Deus.

Começa agora uma nova fase do Movimento dos Focolares no Brasil. Uma era pós fundação que depende muito mais de mim, de você, de nós. O Ideal não vai sobreviver sem Jesus no Meio, sem uma comunidade (família) viva.

Uma responsabilidade. A chance de continuar levar no mundo a presença de Deus, por meio do Ideal de Chiara.

PARABÉNS PRA VOCÊ,
NESSA DATA QUERIDA,
MUITAS FELICIDADES
E MUITOS ANOS DE VIDA!

www.50anos.focolares.org.br
Twitter: www.twitter.com/focolares

Page 127 of 240

Powered by WordPress & Theme by Anders Norén