Author: Valter Hugo Muniz Page 125 of 240

Valter Hugo Muniz - Formado em Comunicação Social com ênfase em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de SP (PUC-SP) em 2009, concluiu em 2012 a “laurea magistrale” em Ciências Políticas no Instituto Universitário Sophia, na Itália. Com experiência em agências de comunicação, multinacionais, editoras e televisão é, atualmente, consultor de comunicação na ONG Arigatou International, em Genebra, Suíça. Com vivência de mais de cinco anos na Europa (Itália e Suíça), participou de trabalhos voluntários em São Paulo e na Indonésia pós Tsunami (2005), além de uma breve estadia na Costa do Marfim (2014). É fundador do escrevoLogoexisto.

Silencioso grito

DSCN0671_[640x480]Silencioso grito me encorajava a jamais ceder
Fruto de vozes suaves que ecoavam no vazio ambiente.
E mesmo que talvez o medo me impulsionava a não crer.
Aqueles sons já me apoiavam e me mantinham consciente

Silencioso e tão belo canto
dava a estimada paz, era acalanto
e na dor, tinha força pra seguir
até se a insegurança me constrangia a desistir

E assim aquele celeste som preenchia o ambiente
Fazendo do desfecho musical animado, comovente
Assim todo mundo ria aliviado
Só um de nós acabou desempregado.

A música então continua, na mais alegre melodia
Mas sua vida ainda depende do silencioso grito
Assim, continuo, unido a minha grande família.
Pra que seja feito o que Ele já havia dito.

Sopro de esperança

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Aquele sopro suave me desligou dos meus iguais e me impulsionou a uma viagem de vôo certeiro, sem volta.

Não sabia onde nem quando cairia, só vislumbrava os campos verdes, o céu azul e as belezas que a flora celeste sempre cuidou de não me privar.

O estimado vento era quem me conduzia sempre. Hora à direita, forte e intenso, hora à esquerda, ligeiro, quase vazio de si. E eu continuava planando, sem saber a hora em que finalmente pousaria.

Naquele celeste voar me deliciava em cada etapa, como acontece nas quedas agudas das montanhas-russas.

A gente nunca tem o controle da velocidade e do caminho a seguir, mas alçamos os braços, certos de que o Engenheiro que planejou o brinquedo estava ciente dos perigos e zeloso da segurança de todos.

Hoje continuo voando, os mergulhos verticais parecessem me levar a um fim certeiro, mas algo sempre acontece e mostra que tudo não passa de um novo recomeço.

Daquele divino sopro primário voa também essa singela “esperança”, sem alarde.

Abre as janelas e deixa a “esperança” entrar na tua casa trazida pelo vento da tarde.

(Conhecida no Nordeste brasileiro como Esperança o nome “biológico” da flor que originou essa poesia é Dente-de-leão. É uma planta medicinal herbácea conhecida no Brasil também pelos nomes populares: taraxaco, amor-de-homem, amargosa, alface-de-cão ou salada-de-toupeira.)

Sinais

53aapedcrossing-sign-cameoPode ser que ventos e tormentas caiam sobre mim
Que eu tenha que percorrer caminhos tortuosos
Mas, mesmo assim, acreditarei que tudo faz parte da Viagem.

Pode ser que eu me sinta só
Que eu tenha que encarar sozinho o escuro
Mas mesmo assim vou crer, vou dar cada passo seguro.

E tudo, não por me crer forte
Ou até me apoiar numa possível sorte
Mas porque tenho um Deus que me guia
Sinalizando as bifurcações da temerosa trilha.

Assim, fecho os olhos, respiro e caminho feliz
Ciente das dores que vêm e do iminente banho de chafariz
E mesmo se estou andando molhado, no frio e no vento.
Corro pra casa, me seco e de novo eu tento.

Mi ardi o oio!

proibido-fumar-aviso-sao-pauloFenomenal!

Depois da maravilhosa (E RARA) iniciativa de proibir o fumo em lugares públicos (como na Lei Cidade Limpa) fica ainda mais divertido ver campanhas como essa.

A canção “Mi ardi o oi” é uma paródia do sucesso escrito por Michael Jackson “We are the world” (o original está abaixo)

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29 dias no país do Tsunami – Parte 16: Conhecendo Nias

Esculturas do museu de Nias

Esculturas do museu de Nias

O almoço foi delicioso. Quase me fez pensar não estar na Indonésia.

Depois de comer e esperar quase duas horas, fomos com Ponty em uma espécie de museu local. Muito simples, mas bonito.

Foram acompanhando algumas amigas de Ponty e pudemos conhecê-las melhor.

Na volta nos encontramos com um casal irlandês da Caritas (que faz um lindo trabalho de reconstrução junto com a comunidade local). Durante a conversa fiquei irritado com a prepotência dos dois. Com eles explicamos o nosso plano de ajuda nas comunidades de Nias.

À noite fomos a uma festa de inauguração de uma casa, organizada pela Caritas.

Pediram para que nós disséssemos alguma coisa e eu, com Giuseppe, me apresentei, agradeci a acolhida e disse um pouco quem somos e o que estamos fazendo ali.

No outro dia, acordamos depois de ter dormido quase dez horas.

Ago com os outros chegaram de avião e foram tomar café da manha. Fomos saudar-los e ficamos um pouco desiludidos, pois eles queriam descansar até o almoço.

Eu, Eugênio e Giuseppe já tínhamos descansado demais. Queríamos nos colocar logo a serviço das pessoas aqui… tem muita coisa pra fazer.

É engraçado, mas também perder a própria idéia faz parte desse trabalho “para os outros”. Se não se começa a fazer isso nas pequenas coisas, parece que qualquer coisa que fazemos perde em genuidade.

As 16h vêm alguns voluntários locais com os quais tentaremos entender o que fazer nos próximos dias aqui.

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