Month: July 2018

When I experienced pain and brotherhood

I have been thinking whether now is the right time to challenge myself and start to share my experiences in English. For over ten years I’ve been writing in Portuguese and Italian to the escrevoLogoexisto.com (I write, therefore I am) audience and now I feel comfortable to amplify the range of potential readers.

Firstly, I must say that writing has been a way to not keep my existence with me. It is a tool to share and not to promote myself. It is also a sort of auto-therapy. Every time I look back I realise how different I was and how much I’ve learnt through the experiences I lived. So, let’s do it.

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Being in contact with different cultures is one of my passions. It is not a coincidence that my wife is not Brazilian and I had lived, for long or short periods of time, in countries on four different continents. As a result of these experiences, I met a wide range of people that made me realise how incredible the world is.

My life changing experience happened in 2005, in Indonesia. I stayed in Sumatra island for 29 days with a group of youth visiting projects in response to the tragic Tsunami that hit South East Asia six months before I was there.

Every time I share this experience a striking moment comes into my mind. We have just arrived in Aceh, the closest city of the earthquake’s epicentre, and an old man came to us saying that he would like to share his story. “I had to leave Aceh for one week to buy some stuff for my family. When I went back, my town was hit by the Tsunami. I run to see whether my family was safe, but no one was there anymore. All my close family, my extended family, my neighbours, my boss, my work colleagues, everyone was gone. I lost everything. In my neighbourhood with a few hundreds of inhabitants, only 30 people survived”.

I have been spared from close contact with real pain until that moment. However, listening to peoples stories made me understand the real value of empathy. I didn’t have to find solutions when there was nothing to change. I only needed to be there, silent, and (sometimes) cry together.

My presence in Indonesia, so far away from my homeland, triggered many smiles from those who were suffering. “Are you Brazilian? Why are you here?”. I just wanted to be there with them. It was the first opportunity I had to feel that, despite borders, walls, distances, we can be brothers and sisters.

Carta aberta aos jovens participantes do Genfest 2018

Queridos jovens,

Muitos de vocês já devem estar a caminho ou até já chegaram nas Filipinas para mais um Genfest. Essa grande festa dos jovens do Movimentos dos Focolares é historicamente um dos momentos mais celebrados e globalmente vividos pelos membros da Obra de Maria. Ainda mais este Genfest, o primeiro fora do continente europeu.

Eu, como vocês, me considero membro da “Geração Nova” mesmo se o tempo e as experiências que vivi (e os cabelos brancos acumulados no processo), já não me permitam dizer que sou tão jovem.

Entretanto, eu também tive o privilégio de viver essa experiência de doação permanente que vocês são convidados. Pude me maravilhar com as alegrias que as escolhas relacionadas à pureza, ao desapego, à abertura e principalmente à radicalidade nos faz sentir. Tive crises de fé, decepções com Focolarinos (lembrem-se de que eles são seres humanos), sofri com a rigidez da estrutura da Obra e não poucas vezes me perguntei se a o Movimento era mesmo o meu lugar.

O mais interessante é que tudo isso, sentimentos bons e ruins, e até mesmos os relacionamentos, passaram ao longo do tempo. A única coisa que ficou e que está viva em mim até hoje é a certeza de que não posso me contentar com migalhas, porque tenho uma vida só e que por consequência, preciso vivê-la bem.

Nos próximos dias vocês experimentarão na própria pele a certeza de que um mundo unido é possível. Encontrarão gente de todas as partes do planeta, farão novos amigos e perceberão que tem muita gente que acredita nessa “loucura da unidade” e que vive intensamente para concretizá-la no dia-a-dia. O risco, porém, é vocês não conseguirem construir uma ponte entre o que vão viver e o contexto onde vocês estão inseridos. O entusiasmo dessa experiência talvez faça com que não queiram voltar para o difícil mundo onde a unidade, a paz e as pontes ainda precisam de vocês para construí-las.

Vivam intensamente cada segundo dessa experiência para que fique uma marca em suas almas. Lá na frente, talvez vocês vão perceber que esses momentos de grande entusiamo nos ajudam a continuar fazendo as escolhas, as renúncias e os sacrifícios certos.

Com vocês, revivo as minhas esperanças de que juntos podemos escrever uma nova história e honrar o convite à unidade que herdamos de Chiara Lubich. Boa Festa

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