Encontrar Giuseppe Zanghì não foi uma experiência trivial. O homem cuja especialidade era transformar inspirações em teorias tinha mesmo uma luz diferente.
Sua presença expansiva transparecia, para mim, uma certa “impaciência”, perceptível em todos aqueles que vivem aqui, mas com a alma “là na frente”.
Uma lembrança de Giuseppe Zanghì
Uma vez, logo depois de uma conferência feita para os adolescentes dos Focolares em 2005, tive o privilégio de presenciar o encontro dele com dois expectadores que, curiosos, queriam uma resposta as suas angústias em relação à vida.
“Entendo o que você esta querendo me perguntar, mas acho que é preciso que aprendamos a ir no mais profundo da nossa existência. Sabe aquele lugar, lá dentro de nós? Então, mais profundo ainda. Só assim podemos descobrir aonde estar a verdadeira felicidade”.
Não sei se essas foram as palavras literais de Zanghì, mas a tal “sede de profundidade” acabou me contagiando e acompanhando por muito tempo, até finalmente me levar ao Instituto Universitario Sophia. Lá, diante daquele audacioso projeto de “vida e estudo”, pude colher alguns dos incomensuráveis frutos da vida e das sínteses intelectuais desse grande mestre.
Com 85 anos, Peppuccio – como era conhecido entre as pessoas do Focolares – se foi, deixando um patrimônio de leituras que aproximam “Céu” e “Terra”. Em mim, a gostosa lembrança de um “fratello” cheio de uma “santa” teimosia, alegria, além do sorriso de um verdadeiro “menino de Deus”.