Month: December 2013

Ensino da comunicação: o desafio de estimular a partilha

Ensino da comunicação

A questão pedagógica, relacionada ao ensino das disciplinas ligadas ao universo da comunicação, sempre me “moveu” de alguma forma. Desde em que coloquei o pé na faculdade de jornalismo percebi que, mesmo estudando em dos cursos mais renomados do país, ainda faltava espaço, no ensino da comunicação, para uma reflexão que superasse a unilateralidade do pensamento político-ideológico.

Sinto-me privilegiado por, dentro do contexto formativo, ter encontrado sábios “mestres” que me estimularam a transcender à simples questão técnica, para olhar o jornalismo como instrumento de mobilização social, que pode sim operar transformações, para melhor ou, como tem majoritariamente acontecido, para pior. Contudo, faltou uma reflexão etimológica do que significa “comunicar”.

“O vocábulo ‘comunicação’, em latim communicatio, é derivado de communicare e significa ação (actio) de comunicar, partilhar, pôr em comum. Contudo, para que essa partilha ocorra efetivamente são necessários alguns pressupostos mínimos, como um mesmo idioma ou sistema de signos, valores, entre os sujeitos comunicantes, capazes de tornar similar e simultâneas afecções presentes em duas ou mais consciências”. (Comunicação e centralidade do ser humano. Aspectos éticos relacionais da comunicação jornalística em uma sociedade de massas |tese de “laurea magistrale” no Instituto Universitário Sophia)

A definição acima aponta para uma dimensão da comunicação, inclusive aquela “de massas”, que se atenta ao seu caráter fundamentalmente relacional. Saí da universidade um expert em observar e julgar os detentores do poder midiático, ancorado em uma visão excessiva dos postulados da Escola de Frankfurt. Mas, passados alguns anos da conclusão do meu curso, percebo que a práxis jornalística transcende essa visão maniqueísta da realidade e se encontra, definitivamente, com o “homem relacional”.

O ensino da comunicação interdisciplinar

Ensino da comunicaçãoSegundo comunicólogo francês Dominique Wolton, a universidade deve abraçar “a questão das relações entre as diferentes formas de cultura e a comunicação” refletindo “os problemas didáticos, deontológicos, sociais e políticos ligados à interação maior entre conhecimento, cultura, economia e comunicação”. De um ponto de vista científico, afirma Wolton, “a comunicação sempre levanta a difícil questão da interdisciplinaridade. Ela é um objeto cientifico novo a ser construído, convocando varias disciplinas, e, ao mesmo tempo, obriga cada disciplina a reexaminar suas ferramentas e seus conceitos”.

Ampliar conhecimentos que transcendam tanto o aspecto técnico, quanto a questão ideológica, enriquecendo-se do contributo fundamental de outras disciplinas, coloca o ensino da comunicação diante de seu principal protagonista, meio e finalidade: o ser humano. É nele que todas as questões de “práxis” e pedagógicas se encontram, para fazer com que a comunicação de massa tenha uma positiva ressonância social.

Assim, o retorno à etimologia do termo “comunicação” – que sublinha a sua dimensão relacional – pode dar pistas importantes para a compreensão e a atuação dos sujeitos comunicacionais. Cabe, contudo, que as propostas pedagógicas existentes tenham a coragem de superar o doutrinamento tecnicista e ideológico, para mostrar que, acima de tudo, a comunicação – da pessoal à “de massas” – é um instrumento de encontro e promoção de valores comuns.

Homenagem aos noivos Marina e Fernando | Valter Hugo Muniz

Marina e Fernando

No último sábado, um amigo de infância deu o seu SIM, diante de Deus, à sua querida esposa. Uma experiência forte, repleta de alegria e emoção, em ver um companheiro de aventuras realizando um sonho e começando uma nova etapa em sua vida.

Celebrar o amor é sempre uma coisa fantástica. Ainda mais quando é fruto de um relacionamento verdadeiro, profundo e que não se limita a buscar a própria felicidade, mas tem a “ambição” de mudar o mundo, a partir do próprio testemunho de vida.

Abaixo a homenagem que eu e minha grande amiga (e colaborado do escrevologoexisto.com) Karina Gonçalves, escrevemos para os noivos, Marina e Fernando.

Homenagem aos noivos Marina e Fernando – 30-11-2013

Estamos aqui, em nome dos muitos amigos, presentes e ausentes, espalhados pelo Brasil e também por todo o mundo, para agradecer profundamente a Deus pela graça de festejarmos esse momento tão precioso na vida de vocês, Marina e Fernando.

Graça é uma palavra que exprime bem o privilégio de estar aqui, nesta pequena cidade de Maria. Graça é sinônimo de presente, de dom, é algo que todos nós recebemos, não por mérito, mas porque existe Alguém que nos guia e deseja a nossa imensurável Felicidade.

Casamento é, acima de tudo, a celebração comunitária de uma união. Cada um de nós, amigos e familiares, está aqui porque acredita no amor que existe entre vocês. Amor que nasceu do encanto, que encorajou a explicitação do sentimento, que sofreu a distância física e, também, amor que conduziu cada um no caminho de discernimento e busca íntima da verdade existencial para a qual nasceu.

É lindo perceber que foi um Amor ainda maior que fez os dois se encontrarem. Um amor que ambos consideram Ideal de vida e que, somado ao amor de um pelo outro, permitiu que vocês fossem capazes de superar cada dificuldade. Talvez ninguém nesta igreja vivenciou todos os momentos da aventura que trouxeram vocês dois até o Grande Sim. Mas, com certeza, quando pudemos estar juntos, festejamos, sofremos e acreditamos que tudo era uma importante etapa para chegar a este sagrado momento.É esse Amor, somado ao amor de um pelo outro, que produz felicidade, individual, no casal e em toda a comunidade.

Felizes! Todos estamos! Pois é impossível não reconhecer que vocês se preparam bem, estão prontos para essa maravilhosa aventura. Agora, no matrimônio, os desafios aumentam, mas, junto com eles, cresce a força, a alegria, a paciência, para que os dois sejam capazes de repetir, em cada nova fase da vida em família, o ciclo virtuoso do amor que é escolha individual, amor reciproco e luz comunitária.

Uma só vida, um só coração, forjado a cada novo dia na chama do amor que jamais se consome. Ao contrário, amor que revela nuances sempre inéditos, que impulsiona a lançar tudo, todo o ser, nessa grande escolha esponsal que hoje se concretiza com o sacramento do matrimonio. É maravilhoso contemplarmos o mais belo SIM de vocês a DEUS, através do Sim de amor um ao outro!

Muito obrigado Marina e Fernando, pela alegria e pelo amor de vocês, entre vocês, e que chega a nós. Que essa verdadeira união, abençoada por Deus, na Cidade de Maria, continue a iluminar, sempre cada um que encontrarem.

Por fim o mais importante: Jamais se esqueçam de que estamos todos juntos! Pois não existe família sem comunidade, da mesma forma que não existe comunidade sem famílias.

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