“Hoje foi um dia inesquecível. Depois de acordar e tomar café da manhã fomos ver como tinha ficado, seis meses depois do Tsunami, a cidade de Banda Aceh, capital da região e lugar mais próximo das ondas gigantes que engoliram o sudoeste asiático. Percorrendo as ruas de Aceh, toda a beleza que pude vislumbrar em outras cidades, visitadas nos dias precedentes, tinha desaparecido. Ver, com os próprios olhos, aquilo que o Tsunami havia feito, ouvir cada história triste, me transformou profundamente.” (29 dias no país do Tsunami)
Esses são trechos do primeiro impacto que tive ao me encontrar com a destruição ocasionada pelo Tsunami, na cidade de Aceh (norte da ilha de Sumatra), em dezembro de 2004.
Se você que lê tem a pretensão de imaginar o que aquele povo vivenciou, esqueça! Pois você não tem a mínima ideia. Não tente também entender o que o povo filipino agora, quase dez anos depois da tragédia na Indonésia, está vivendo. Se você nunca vivenciou, na pele, o impacto social de uma catástrofe natural, não poderá jamais partilhar profundamente esta dor. Mas isso não é um problema.
O que mais me dói, tendo vivenciado esse tipo de experiência, mais enche meus olhos de lágrimas de indignação é ver tantas historias, tantas vidas, transformadas – pela imprensa e organizações internacionais – em números… “mais de dez mil”. Isso, mesmo com as melhores das intenções, não humaniza o acontecimento. E as fotos então? Sensacionalistas, acabam causando espanto, terror, mas será que nos movem? Transformam nossas vidas? Bem pouco, eu direi.
A dor do povo indonésio e do povo filipino não pode ser medida, isso é fato. Mas acabamos ridicularizando-a se nos contentamos em ler reportagens e artigos, partilhá-los nas redes sociais, como expressão de pena por aqueles que perderam tudo.
Esses tristes acontecimentos precisam nos transformar decisivamente. Não digo que todos deveriam fazer as malas e viajar para o outro lado do mundo, para ajudar concretamente o povo filipino. Nem acho isso muito produtivo. O que não podemos esquecer é que, não importa o que fizermos, precisamos mudar as nossas vidas:
- Observando hábitos de consumo, pensando o quanto se estamos acumulado coisas materiais, comprado desenfreadamente,
- Pensando no modo como cada um se preocupa com a natureza, separando lixo, não desperdiçando papel e outras coisas, especialmente comida.
- Optando em deixar o carro na garagem para usar o transporte público, ao menos uma ou duas vezes por semana.
- Enfim, pensando no coletivo, no bem comum da comunidade internacional, e não somente no próprio conforto.
Isso tudo é pouco? Sim, mas já ajuda a amenizar as consequências dos hábitos predatórios à natureza que incorporamos no nosso dia-a-dia, sem refletir sobre eles. Acredito que essas pequenas mudanças de atitude são “ajudas concretas” possíveis à todos aqueles que estão distantes de uma catástrofe. Não me parecem necessárias mais provas de que o aumento da frequência e da intensidade dos fenômenos naturais extremos tem relação direta com o modo de vida que adotamos, individualmente e como sociedade.
Agora, se quiser fazer algo Grande… mobilize as pessoas em seu trabalho, universidade, igreja, comunidade, para arrecadar fundos ou coisas que possam ser enviadas para os filipinos. Não esqueça de buscar sempre Organizações Internacionais sérias, como a Cruz Vermelha, os Médicos Sem Fronteiras, como mediadores para que a ajuda realmente chegue a quem precisa. Depois, se sentir que isso ainda não basta, procure uma instituição que está trabalhando lá, arrume as malas, e vá trabalhar como voluntario, na assistência de pessoas e, eu garanto, sua vida nunca mais será a mesma.
Podemos fazer pouco, ou muito, não importa. O que NÃO PODEMOS é não fazer algo por aqueles que precisam, ao menos por consideração e respeito às vidas perdidas. Neste caso, como foi na Indonésia, em 2004, ou no Haiti em 2010, as vítimas estão distantes, mas poderiam (ou poderão um dia) estar mais próximas do que podemos imaginar.
Para oferecer algum tipo de ajuda humanitária, entre em contato com o Médico Sem Fronteiras
Também o Movimento dos Focolares e a Missão do PIME nas Filipinas estão se mobilizando para ajudar as vítimas do tufão. Caso você deseje contribuir economicamente, as contas bancárias são as seguintes:
Movimento dos Focolares:
FOCOLARE MOVEMENT IN CEBU
Payable to : Emergency Typhoon Haiyan Philippines
METROPOLITAN BANK & TRUST COMPANY
Cebu – Guadalupe Branch
6000 Cebu City – Cebu, Philippines
Tel: 0063-32-2533728
Bank Account name: WORK OF MARY/FOCOLARE MOVEMENT FOR WOMEN
Euro Bank Account no.: 398-2-39860031-7
SWIFT Code: MBTCPHMM
Payable to: “Help Philippines– Typhoon Haiyan“
Email: focolaremovementcebf@gmail.com
Tel. 0063 (032) 345 1563 – 2537883 – 2536407
Association for a United World (Associazione Azione per un Mondo Unito – Onlus)
BANK: Banca Popolare Etica, Rome branch
IBAN: IT16G0501803200000000120434
SWIFT/BIC CCRTIT2184D
Payable to: “Emergenza tifone Haiyan Filippine”
New Families Movement (AZIONE per FAMIGLIE NUOVE Onlus)
c/c bancario n° 1000/1060
BANCA PROSSIMA
IBAN: IT 55 K 03359 01600 100000001060
Swift: BCITITMX
Pime
Doações online aqui