Chuva de inverno
que escorre sob minha triste face,
São lágrimas partilhadas com meu Deus
em seu mais puro disfarce.
Onde a dor – glorioso mistério – oculta o outro lado
E o amor, para tê-lo de novo, exige cuidado.
Gotas que lubrificam meu olhar disperso.
Reaver meu entusiasmo! Ajoelho e peço.
Aceitar-me criador inexperiente.
Esquecer-me demasiado inconsequente.
Brisa de primavera: aguardo-te ansioso.
Devolva-me o calor, sentimento gostoso.
Simples viver, menos verso.
Fazer poesia! Ajoelho e peço.
Inesperadamente Te reencontro.
Mesmo sem estar pronto.
Basta à renúncia de mim, basta um sorriso.
E as lágrimas se enxugam, por Ti, Vento Preciso.