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Muitas vezes o silêncio ou as justificativas “sem fundamentos” mostram a verdade escondida, para aqueles que querem ver.

A verdade é um Bem que se sobressai. Mesmo que tarde, ela sempre aparece, de maneira indiscutível, indissolúvel. E, pois bem, quem não tiver medo dela, ou melhor, das suas consequências, “que atire a primeira pedra”.

Esses questionamentos fazem parte das minhas reflexões a respeito do caso escandaloso da chacina de uma família aqui em São Paulo. A versão absurda que a mídia construiu com o testemunho policial já, por si só, parece revelar as inverdades ocultas no caso.

Infelizmente, se ninguém confessar, nunca será possível desvendar todas as causas e justificativas ao redor do caso. Foram cinco vidas tiradas de maneira misteriosa, triste, que geram suspeitas perigosas. Talvez, por isso, a verdade seja omitida por aqueles que já sabem o que realmente aconteceu. Contudo, aos poucos, as discordâncias vêm à tona… a verdade se desvencilha de seus silenciadores e quer, de alguma forma, ser descoberta.

Como jornalista, não sei se estaria pronto a sacrificar minha vida (e da minha família) revelando o que aconteceu. Não sei se, recebendo ameaças de morte, revelaria (ou não) aquilo que eu sei e, por isso, entendo quem optou pelo silêncio. Cabe aos investigadores interpretá-lo, para que as respostas sejam encontradas.

Pessoalmente, desde que li a primeira matéria sobre o caso, percebi que havia algo errado na incriminação do adolescente de 13 anos. Difícil acreditar na história, como ela vem sendo contada.

É fundamental manter o senso crítico em relação ao que a mídia diz e o que, principalmente, ela não diz. Só assim, acredito, é possível desvendar a verdade ou, ao menos, não acreditar nas mentiras que nos contam.