O amor é como uma brisa serena de outono, que entra e refresca o ambiente abafado pelo verão. É tão delicado que passa despercebido, funde-se no cotidiano, nos sorrisos, beijos e abraços desinteressados. Esse “tal” sentimento existe! Não é ideologia, sentimentalismo, ilusão, engano.
Foi esse amor que descobri em um (re)encontro, no Aeroporto de Cumbica, dia 7 de fevereiro de 2010. Ali começava uma aventura difícil de comunicar, mais fácil, porém, especialmente hoje, admirar.
Os 24 anos da minha amada esposa, Flavia, não são muitos. Sim, ela é muito nova. Nova para ser esposa e viver do outro lado do Atlântico, em outra cultura, distante da família. Nova para ter se arriscado em um amor “além das fronteiras” da segurança helvética. Muito Nova.
Eu, claro, vejo de outra maneira. A Flavia tem pressa pra ser feliz, para viver experiências grandes, fortes, bonitas, desafiadoras e, claro, viver cada coisa JUNTOS.
A novidade dessa vida se manifesta na beleza do cotidiano. No descobrir o que o “outro” gosta, desenvolver a paciência, entender o valor da diferença. Tudo no dia a dia, simples, verdadeiro e, por isso, perfeito.
O amor, mencionado, sentimento ontologicamente simples, se manifesta assim na sua, na nossa vida. Não é euforia, exagero, descontrole. É viver com Deus, entre nós e com uma multidão de “outros” maravilhosos, que nos aturam, ajudam e apoiam.
Com a minha esposa redescobri o significado subjetivo do Amor que, contudo, sempre se renova. A explicação objetiva, que exprima o quanto viver dessa maneira VALE A PENA, talvez eu ainda seja muito novo para dar.
Texto em homenagem à minha esposa Flavia e o início desse novo ano. Desejos de um amor que seja sempre capaz de se renovar, nas três dimensões fundamentais.