Month: February 2013

Tchau Bento XVI!

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Hoje às 16h, horário de Brasília, a maior instituição do planeta entrará no período de “Sé vacante” (período em que a Sé episcopal de uma Igreja particular está sem ocupante), até a escolha de um novo líder, que terá a missão difícil de levar a Igreja Católica aos avanços necessários, masque devem preservar a sua identidade milenar.

Assistindo ao adeus do papa Bento, difícil não me emocionar!  Tive o privilégio de estar na Praça São Pedro na primeira missa do cardeal Joseph Ratzinger como Papa e também à sua primeira saudação na Praça de Castel Gandolfo.

Com o coração acelerado, vendo as faixas dos meus irmãos “focolarinos”, tantas lembranças boas, pessoais, da alegria sempre presente durante o período vivido ali, coração dos Focolares. Um grande arrepio com a gritaria dos fiéis na Praça, expressão de uma admiração e não só devoção, por um HOMEM que soube conquistar a simpatia de milhares de católicos em todo mundo.

É difícil explicar para meus amigos leigos o significado dessas experiências.Impossível quantificar, racionalizar. A presença do Papa (e eu experimentei de muito perto a dos dois últimos) simboliza uma fé que vai além das ideologias, da história, atravessando séculos, superando crises e procurando ajudar a Igreja a se manter fiel ao seu “fundador”.

Ratzinger, Wojtyla eram homens de uma grandeza visível. Respeitados em todo o mundo pela simplicidade, ambos, como Papa, testemunharam ao mundo, que o cristão (consagrado ou não) é um ser HUMANO, com seus limites, falhas, pecados, mas com um grande amor à Deus e ao próximo.

A emoção pelo dia de hoje é grande! A gratidão ainda maior! Com ambos os sentimentos, a oração para que sejamos, sempre mais, verdadeiros, transparentes, seguidores de Cristo (do Amor), de maneira humana, humilde, sem moralismos, como fez Bento XVI.

Lugar de “louco” é no manicômio


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O título pode parecer exagerado e a culpa do Corinthians, instituição, no episódio ocorrido na Bolívia, pode nem ser exclusiva. O fato é que as consequências do fanatismo corintiano denigrem, ainda mais, o futebol brasileiro.

Somado ao triste acontecimento na final da Copa Sul-Americana, envolvendo São Paulo e Tigre, a tragédia que tirou a vida do menino de 14 anos dá mais uma má impressão para o mundo de que, em matéria de respeito ao outro somos “Terceiro Mundo”, somos bárbaros.

Como comentou o Lance! “A Libertadores é a Copa do Vale Tudo. É a Copa da Impunidade. Das garrafas e pilhas lançadas sobre os jogadores na cobrança de escanteio aos ônibus depredados próximos aos estádios; dos tumultos em vestiários antes e depois do jogo, ao confronto de torcidas, tudo é visto como “normal”. Inclusive pelos clubes, e por parte da mídia. “Isso é Libertadores!”, quantas vezes você não ouviu essa expressão em tom ufanista?”

O pior de tudo, ao meu ver, foi ouvir a declaração do Sr. Mário Gobbi, presidente do Sport Club Corinthians, querendo se abster da própria responsabilidade pelo incidente. Uma vergonha.

No campeonato brasileiro do ano passado, no jogo Palmeiras x Corinthians, os torcedores palmeirenses, não os bons, os marginais, destruíram o estádio do Pacaembu. O clube, que nada tem a ver com isso (pois – usando o argumento do goleiro Cássio – não foram os jogadores que quebraram cadeiras e alambrados) foi penalizado com a perda de mandos e multa.

É assim que as coisas funcionam no futebol. As responsabilidades que envolvem o jogo são dos clubes. Ou todos irão querer uma “militarização” dos estádios? Se a PM, no caso do Brasil, é despreparada para lidar com qualquer pequeno conflito, imagina se dermos à ela a responsabilidade dentro dos estádios.

A única declaração que merece ser ouvida é a do lateral corintiano Fábio Santos. O único que colocou a vida acima de tudo, de maneira racional, humana.

O Corinthians e o San José devem ser punidos de maneira drástica. Ambos – não só o Corinthians – excluídos do torneio para servir de lição, pois futebol e violência, mesmo que não intencional, não podem mais caminhar juntos. Não dá pra tolerar esse tipo de coisa.

Não foi um “simples” ato de vandalismo, foi um crime, uma vida perdida. Tudo por conta de um fanatismo doente, tipicamente corintiano, que não diminui a grandeza (evidente) do clube, mas que precisa ser tratado.

O testemunho de um papa progressista

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Bento XVI renunciou!

Obviamente isso não é um furo jornalístico, pois a atitude de Joseph Ratzinger estampou centenas de capas de jornais e revistas de todo o mundo.

A repercussão que essa surpreendente decisão gerou na comunidade internacional evidencia o quanto o Papa é uma figura importante no cenário mundial. Nem mesmo a eleição de Obama, considerado o homem mais poderoso do mundo, teve tanto destaque como a renúncia de Bento XVI.

Hoje, passado o susto coletivo, começam as inúmeras especulações do mundo leigo, equilibrada pelas declarações de representantes religiosos, que polarizam as duas perspectivas em torno do acontecimento.

Para o mundo religioso, veio em evidência o positivo. A humildade de Bento XVI foi vista como um ato revolucionário importante, fundamental, em uma Igreja, em certo aspecto, ainda pré-conciliar, e que ainda precisa de uma profunda humanização.

Não sou fã das posições de Arnaldo Jabor mas, na coluna da CBN, ele foi extremamente brilhante ao evidenciar essa importante humanização emersa com a renúncia do Papa. A fraqueza de um senhor, idoso, cansado, deve sim ser considerada, “pelo bem da igreja”.

O “passo” dado por Ratzinger abre precedentes importantes e é autoexplicativa. Dentro do mundo religioso existem seres humanos e não deuses, que devem ser respeitados em seus limites, psicológicos e físicos. Além disso, essa é uma bonita lição para bispos e cardeais que talvez confundam a graça do serviço que são chamados a prestar, com uma (impossível) divinização da pessoa religiosa.

Por outro lado, enquanto o nome de um “novo sucessor de Pedro” começa a ser especulado entre fiéis e curiosos, em palpites dignos de uma conversa de boteco, o universo leigo confabula os porquês da renúncia.

Fala-se abertamente dos jogos de poder dentro do Vaticano. Esta instituição milenar, desculpem os puristas, também é formada por homens, pecadores , como aqueles que fazem parte de governos, empresas, Ongs.

Por isso, se já nas muitas paróquias, congregações, movimentos existem jogos de poder, imagina no Vaticano? Sim, somos homens, pecadores, todos. A diferença, demonstrada historicamente, é que a Igreja, instituição, superou o tempo, as mudanças, intrigas e jogos de poder porque inspirada em algo que vai além dos limites e vaidades dos seres humanos.

O mundo leigo (e também muitos fiéis) exigem mudanças, revoluções, transformações, que respondam com urgências as demandas atuais da sociedade. Porém a Igreja não caminha dessa forma. Ela é conservadora, no sentido bom da palavra, pois busca preservar as doutrinas e ensinamentos fundados na sua origem. Cabe ao Magistério entender os sinais dos tempos e, aos poucos, se desenvolver, mas sem perder sua identidade.

Para mim o positivo é perceber o quanto o Papa é iluminado por algo “maior”. A renúncia de Bento XVI foi uma das reformas mais importantes de seu pontificado e mostra o quanto a Igreja precisa se purificar e superar a “hipocrisia religiosa” para reavivar uma mensagem, universal, que seja resposta para toda a humanidade. 

Steve Jobs: gênio como qualquer ser humano e humano como qualquer gênio

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Steve Jobs;  Walter Isaacson; Cia. das Letras.

 

Acabei de ler a biografia autorizada de Steve Jobs e me apaixonei pela sua história.

Jobs não era gentil, bondoso e muito menos carismático, mas transformou o mundo, para melhor com a sua capacidade de unir ideias e pessoas para gerar bons produtos.

O autor e chará, Walter Isaacson, mostrou de maneira equilibrada e aparentemente verdadeira o quanto a genialidade pode ser usada para produzir avanços marcantes na sociedade.

Perfeccionismo doente, controle absoluto sobre todo o processo de produção e a necessidade de excelência e comprometimento cego de seus colaboradores. Três pilares fundamentais para o sucesso de Jobs e da Apple, hoje uma das empresas mais valiosas do mundo.

Na vida pessoal, menos brilhantismo. O grande “palco” aonde atuava o Steve Jobs “ser humano”. Com falhas graves, com a necessidade de ser perdoado, de recomeçar e perceber que não é nem um pouco melhor que seus iguais. Jobs era tão gênio como qualquer ser humano e tão humano como qualquer gênio da história da humanidade.

Fechei o livro com uma alegria estranha e a sensação de tê-lo conhecido pessoalmente, graças ao talento de Isaacson. Um livro recomendadíssimo para aqueles que gostam de biografias e são apaixonados por seres humanos especiais.

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