Parece que as coisas mais importantes da nossa vida a gente só entende com o passar do tempo. Foi assim no relacionamento com os meus pais e tem sido assim na minha vida de casado.
Hoje, eu e a Flavia festejamos nosso primeiro mês da nossa vida de casado. Quis Deus (ou o destino, para aqueles que não creem Nele) que nós estivéssemos fisicamente distantes nessa primeira comemoração. Enquanto eu estou em São Paulo trabalhando, Flavia está participando de um projeto de prevenção às drogas, na Fazenda da Esperança, em Guaratinguetá.
Esse acontecimento, aparentemente bananal, simboliza bem o significado do casamento para nós. Um amor que se alimenta não só do desejo recíproco de estarmos sempre juntos, mas que é pronto a sacrificar um pouco desses momentos maravilhosos, por amar também os mais necessitados, à humanidade.
Isso não é filantropia, voluntariado. Esses somos nós. E hoje, mais do que nunca, percebo também a importância disso.
O primeiro mês como marido foi, sem dúvidas, o mais bonito da minha vida, cheio de descobertas e de uma crescente consciência da importância de ouvir, acreditar, mesmo que, em certo momento, as renúncias não façam muito sentido.
Hoje, nesta vida de casado, a felicidade é imensa. Especialmente porque, agora, entendemos o significado de cada momento de espera, que fez crescer o amor de maneira intensa, na simplicidade. Foi esse esperar que nos tornou capazes de dilatar o coração para os outros e nos ajudou a entender que, a nossa família, da mesma forma que nos faz felizes, é fonte de felicidade para aqueles que encontramos.