Month: January 2012 Page 1 of 2

Saudagi

saudades

Saudade de casa no frio helvético e do caos paulistano

Saudade do queijo de montanha de ouvir o sotaque curitibano

Saudade do Lac Léman na primavera

Estar no carnaval do Rio, quem me dera!

Saudade dos sorrisos e da alegria gratuita

Gente de “mal com a vida” quase sempre me irrita.

Saudade do açaí com morango

De “Roxanne” em ritmo de tango

Saudade de beber Rivella geladinho

Saudade de estar em casa e não me sentir sozinho

Saudade, mal que não passa.

Não importa o que eu faço

Vou então vivendo o agora

Pro dia não ficar sem graça.

29 dias no país do Tsunami – Parte 37

País do Tsunami. As 7hs estávamos de pé porque em meia hora chegariam as focolarinas para nos buscar para aquela que seria a viagem mais cansativa até então: 15 horas de estradas sinuosas e esburacadas de Aceh até a capital Medan.

Estávamos apertadíssimos no carro, porém eu e o napolitano Leonardo pudemos ao menos conversar um pouco sobre aquilo que havíamos vivido durante a nossa estadia na região mais afetada pelo Tsunami.

Porém, não foram somente as boas recordações que eu levarei dessa última viagem em solo indonésio.

Na metade do caminho decidimos parar em um pequeno restaurante de beira de estrada para almoçar.

Assim que me sentei percebi que a natureza estava me chamando para realizar umas das atividades fisiológicas mais importantes: o vulgo “número 2”.

Naquele momento me dei conta que as diferenças culturais diminuíram bastante, pois mesmo do outro lado do mundo os banheiros de restaurantes de “beira de estrada” são bem sujos. Porém ali haviam alguns acréscimos notáveis, que a pressa (e o estômago) me fizeram esquecer.

A primeira “diferença” era a ausência de vaso sanitário. Tive que tirar as calças e pendurá-las em algum lugar limpo para fazer minhas necessidades. Olhando para o chão imundo decidi não pisar descalços. Apoiei os pés no meu tênis e pronto, agora sim poderia realizar a minha importante missão.

Depois de alguns minutos satisfatórios, lembrei-me da segunda diferença: Na Indonésia não se usa papel higiênico. Dentro do tanque ao lado do buraco para as fezes, um balde mergulhado em uma água imunda, que eu deveria usar para me limpar.

Estava no final da viagem e alguns pudores “ocidentais” já não serviam. Peguei um pouco de água e me limpei, ajudado pela mão esquerda e tentando não fazer com que a água escorresse pelas minhas pernas, pois não tinha uma toalha para me secar.

Missão realizada e novamente outra ficha caiu: Como voltaria para a mesa, almoçar, com a mão fedida?

Olhei ao meu redor e não encontrei nenhum sabonete ou algo que pudesse limpar as mãos. Após alguns minutos desesperado encontrei um xampu que simbolizou a salvação.

Lavei as mãos e voltei à mesa mais leve (em todos os sentidos) e pronto para almoçar. Aventura inesquecível.

Chegando depois de muito tempo em Medan fui saudar Luce, focolarina brasileira que vivia na capital da ilha de Sumatra.

Amanhã vamos embora da Indonésia e já sinto uma dor grande de deixar esse país que se tornou pátria.

[vidaloka] Novo ano em Loppiano

A primeira semana de 2012 em Loppiano já faz parte do passado.

Depois de uma longa viagem de trem de Genebra em direção à Incisa Val d’Arno tive que mergulhar novamente em uma realidade onde, espiritualmente, eu me distancio cada dia mais.

Porém, em contrapartida, percebo uma necessidade de conversão, de recomeço e sobretudo de procurar estar aberto às pessoas, às dificuldades, ao ambiente que nem sempre “acolhe”.

O período de férias com a família Ganarin me ajudou muito a descansar e me preparar para esse ano muito especial para mim e Flávia. Pudemos estar juntos, com toda a família, conversar e sentir a alegria que só uma família pode proporcionar.

Aqui em Loppiano a lógica mudou um pouco… fui obrigado a me colocar na postura de não esperar, de procurar antes de tudo fazer a minha parte, intercalando as obrigações e necessidades pessoais àquelas coletivas.

Interessante ver que realmente um ambiente colaborativo depende de uma mínima reciprocidade. Se uns fazem mais que outros por muito tempo, movidos intrinsecamente por um ideal, o cansaço é iminente. Muitos dos meus companheiros de residência estão em um estado de cansaço preocupante e precisam repousar.

Eu tenho alguns trabalhos nas próximas duas semanas antes de voltar pra Suíça. Nesta semana que passou consegui dar entrada no meu “Permesso de soggiorno”, a carteira de identidade do estrangeiro que deve ser renovada a cada ano.

Tivemos aulas bem interessantes de Relações Internacionais e finalmente consegui decidir um título provisório para a minha tese: Identidade e Comunicação. Aspectos éticos relacionais da comunicação jornalística em uma Sociedade de Massas.

Longo, complexo, mas terei 5 meses para trabalhá-lo. Estou lendo um manual de comunicação e assim terei as primeiras linhas de como prosseguir.

Vamoquevamo

Immunità

L’altro

Amore infinito

Profondo abisso

Incontro improponibile

Lo amo perché rimane mistero

Il suo silenzio nasconde il volto vero

Sguardo sperduto

Esistenza impossibile

Lo voglio finché non è me

L’intenzione infinita: ritrovare te

Anche se ti nascondi nel vuoto

Pericoresi: trascendentale scopo.

Il problema dell’uomo di Joseph Gevaert

Il problema dell’uomo. Introduzione all’antropologia filosofica di Joseph Gevaert

J. Gevaert è stata una meravigliosa scoperta frutto dal desiderio di ricuperare la profonda ontologia relazionale dimenticata nel fare giornalismo contemporaneo.

Da tanto mi vedo ripensando il modo come leggere la realtà ed ho visto che l’antropologia sarebbe un bello punto di partenza, per l’universalità dei linguaggi e per la profonda relazione con le domande filosofiche.

“Il problema dell’uomo” ha segnato il primo bello tuffo in questo universo di riscoprirmi essere umano, nella “tritica” dimensione che coinvolge: me stesso, l’altro e il mistero. L’essere è umano se in sé si esprimono queste tre caratteristiche relazionali.

Una frase che mi ha sconvolto “L’essere in relazione con altri esseri umani viene chiamato una verità fondante dell’uomo” giustifica l’importanza di fare con che i media promuovano questa relazione che può venire in rilievo dall’amore oppure nella sua assenza, negazione.

L’altro mi appare come condizione di appartenenza all’umanità… l’altro è il custode del senso ultimo della mia esistenza.

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