Primeiro a escuridão.
E nela é fácil confundir se os respiros são nossos ou de algo que não vemos.
De qualquer forma decidi continuar caminhando, até ver um pequeno ponto de luz que aumentava a cada passo que dava em direção a ele. Finalmente a Luz.
Depois de alguns segundos percebi que estava em um imenso jardim.
Pássaros, árvores, frutas … Um riozinho contornava os limites do celeste recinto.
Até que encontrei uma macieira enorme bem no centro do jardim.
Impossível não sentir-me tentado a comer uma daquelas enormes e maravilhosas maçãs, mas a minha consciência dizia que aquele fruto era proibido.
Porém, algo dentro de mim me impulsionava a relativizar a “inconsistente” proibição. “Por que não?”
Foram poucos os minutos de resistência e na primeira mordida da maçã, estava de novo na escuridão anterior. Mas não era a mesma de outrora, pois quase instantaneamente fui surpreendido pela luz de um grande monitor que se acendeu.
O dilatar das minhas pupilas demoraram a desembaçar as imagens transmitidas. Aos poucos fui identificando a cena… era eu, em um momento de grande alegria, mas algo estava definitivamente errado.
(continua…)