Ouvindo “Próxima Atração” do filho de Elis, Pedro Mariano, sinto o “swing” que me leva de volta às raízes de uma cultura que é minha, que me faz brasileiro, paulistano e não europeu.

Contudo, nesses meses – “quase ano” –  no Velho Continente vejo que as diferenças vão se dissolvendo em cada momento que busco “aniquilar-me” para vislumbrar a beleza (e os limites ) do outro, que finalmente me faz, cada vez mais, sentir cidadão do mundo ou “cristianamente” filho de Deus.

A vida intelecto-pragmatica de Sophia causa danos sérios a saúde psíquica e espiritual. Aqui ninguém é convidado amigavelmente a entrar em uma realidade de que não se faz parte. Não existe, definitivamente, a liberdade para escolher mergulhar em nós mesmos ou viver de forma banal, superficial. Não! Esse “respeito humano” não está no estatuto da universidade, é uma imposição ousada e admiti-la exige coragem, segurança ou finalmente FÉ!

O fato de ser extremamente “cabeça-dura” me impossibilitou de mergulhar imediatamente nessa realidade e colher, fenomenologicamente, aquilo que ela [ e só ela ] pode me dar. Esses meses de resistência valeram muito, pois cada vez mais vejo [e valorizo] que cheguei aqui porque “dei o passo”* pessoal.

Toda a riqueza que Sophia me dá eu posso levar para outros ambientes. No meu namoro, no exercício da minha profissão e nos trabalhos artísticos que procuro desenvolver. Mas o tempo parece sempre soprar forte, carregar e exigir caminhos e passos posteriores àquilo que já compreendi.

Semana que vem começam as provas do primeiro semestre. Uma bateria de seis mundo diversos que precisam ser interiorizados como possibilidade real de ser dom recíproco aos nosso professores que, gratuitamente [ e maravilhosamente ], deram TUDO!

Entre estudos, reflexões e vida procuro sempre re-significar as experiências e doá-las, porque senão a Verdade escondida nelas se esvai. Por isso decidi retomar a constância do escrevo, Logo existo. Assim, livremente, quem quiser pode viver essa experiência comigo.

[continua … ]

*aceitar e mergulhar em uma realidade que primeiramente não se aceita