Acabei de assistir o filme lançado este ano sobre o filósofo «católico» Agostino de Hipona, mais conhecido como Santo Agostinho.
Desde que cheguei ao Instituto Sophia, além de Sócrates, Aristóteles e Chiara Lubich, Agostino se transformou em um mestre que constantemente me ajuda a encontrar intelectualmente o sentido para tantas coisas que permaneciam no âmbito das experiências empíricas.
A sua clareza e profundidade em comunicar seu caminho de discernimento metafísico da realidade me impulsionou a pensar na possibilidade de começar explicar minhas poesias.
Não sou artista, filósofo, poeta, mas um jornalista sedento pela Verdade. Não aquela pseudo-verdade que transforma os valores morais em conceitos relativistas, nem mesmo as falácias hermenêuticas em relação a doutrina cristã, mas uma verdade que transforma, liberta e, acima de tudo, dá ALEGRIA!
Alegria, porém, que vive em relacionamento contínuo com a “dor que não é sofrimento”, que é dimensão nossa, realidade intrínseca, caminho para a Felicidade. “Não é sofrimento” pois sofrer é a conseqüência do não encontrar sentido à dor, é não contemplar o caminho do Bem Maior é submeter-se à escolhas baseadas no medo, é contentar-se com uma falsa vida.
Foram esses os questionamentos, sustentados pela grande admiração por Agostino e uma conversa edificante com meu irmão Cristian Sebok, que “maiêuticamente” brotou essa poesia que vos ofereço abaixo:
« Dor que não é sofrimento»
Dor que não é sofrimento
Que é vontade divina, compreensível lamento
Abraço-te sorrindo, lagrimas escorrendo
T’amo bela dor que não é sofrimento
Venha rápido pra que eu ilumine e cresça
E percorra O Caminho com fim que Ele conheça
Arde-me a alma quando me escapa o sentido-momento
T’amo afetuosa dor que não é sofrimento
Porque sofrer é escolha conseqüente
Entender a relação que envolve coração, alma e mente
Renegar tudo que não é felicidade de estado
T’amo dor, esteja sempre ao meu lado.
Vitor
Gostei, Valter!!! Se há um sentido nas coisas, um objetivo… não há espaço para sofrimento.