Existem algumas experiências particulares que fazemos durante a nossa vida que de certa forma ficam marcadas, pela profundidade ou pela estranheza.
Uma dessas experiências estranhas eu vivi em Aceh, naquela noite em que chegamos na cidade.
Depois de comer bem, afinal de contas sentia um certo merecimento depois de quase doze horas de viagem com Ponty dirigindo pelas estradas de Sumatra, no caminho de Medan à cidade que sofreu com os catastróficos Tsunamis de dezembro passado.
Mas enfim, depois daquela “buonissima” refeição no KFC fomos a um mercadinho comprar algo que não havia entendido o quê.
Estranhei ao ver Ponty cochichar algumas palavras no ouvido do vendedor e tive um lapso de medo ao pensar o que ele poderia tera pedido (Ponty sempre foi imprevisível).
Depois de alguns minutos o vendedor chegou com passos apressados e um saco preto na mão que em alguns segundos já estavam no porta-malas do nosso carro.
O que será que tinha nele? Preferi parar de pensar!
No caminho para casa Ponty começou a explicar que estávamos em uma cidade di tradição muçulmana e que teríamos de ter alguns cuidados especiais para respeitar aquele ambiente.
Foi interessante ouvir tudo aquilo. Saber que a Indonésia era o país mais muçulmano do mundo e fazer o esforço cultural de entrar em um ambiente que não estava acostumado.
De qualquer forma continuava curioso em saber o que havíamos comprado com tantos cuidados.
Chegamos em casa, Ponty tirou cuidadosamente o saco preto do porta malas, levou até a mesa da cozinha da casa em que estávamos hospedados e quando abriu…
… Um susto e muitas risadas!
Aquilo que havíamos comprado ilegalmente, no contexto muçulmano, eram somente algumas garrafas de cerveja.