Month: October 2010

[vidaloka] Dinâmica da vida e estudo

Já começaram as aulas no Instituto Universitario Sophia há mais de um mês, mas só agora parece que começo a me dar conta da dimensão que tem a experiência universitária da qual faço parte.

Por muito tempo procurei algo que me proporcionasse um desenvolvimento intelectual que pudesse não só permitir um crescimento pessoal, mas que me levasse a encontrar respostas mais “gerais”, caminhos comunitários que servissem de resposta (ou caminho) para um mundo tão desigual.

“Viver aquilo que se entende e entender aquilo que se vive”. Não basta só se enfurnar nos estudos, ser um erudita (pois intelectual não tem relação direta com “alguém que estuda”), ter um coração cheio de boas intenções e projetos de “conquista do mundo” e não viver concretamente pelas pessoas, não ser capaz de lavar os pratos, limpar um banheiro e, por outro lado, não basta ser um “operário” que faz, faz, mas não consegue refletir sobre o sentido profundo de cada coisa. Não! A máxima que inicia essa frase explica justamente aquilo que podemos experimentar em Sophia. ESTUDO E VIDA!

Claro que, diante de uma proposta que é maior que a nossa humanidade, os nossos limites, acaba sendo difícil não se sentir incapaz. Mas aqui é a vida de comunidade que ilumina os dois aspectos e é a abertura à experiência que permite que, aos poucos, ela se plasme na vida cotidiana até que um se dá conta da maravilha e o privilégio de estar aqui.

Vejo que a experiência em Sophia tem relação direta com a minha vida. Opera também no meu coração, naquilo de mais valioso que acredito, vivo, dando um outro tom, mais maduro, pensado, e porque não, MAIS VERDADEIRO.

Em menos de um mês começarão as provas, todas orais. Outra nova experiência para um estudante tão pouco acostumado ao “alto nível” de aplicação que o mestrado aqui vem me proporcionando… mas estou tranqüilo… tentando fazer a minha parte… estudando e vivendo pelos outros. Uma sensação indescritível.

Uma nova Luz para o mundo

Ano 2000, para os cristãos um momento especial, pois se comemorava o Jubileu, festa com referências bíblicas realizada a cada quarto de século e que, segundo a tradição hebraica, propõe um tempo de paz e reconciliação, um tempo de graça divina.

Mas, para os jovens cristãos, o Jubileu daquele ano tinha algo especial, único. Em Tor Vergata, na região romana, na Itália, se festejava a oitava Jornada Mundial da Juventude (JMG), uma grande comemoração em plena sintonia com a Igreja.

“Queridos jovens do século que começa, dizendo «sim» a Cristo, dizeis «sim» a cada um dos vossos mais nobres ideais. (…) Não tenhais medo de vos entregar a Ele: guiar-vos-á e dar-vos-á força para O seguirdes cada dia em todas as situações”, era o convite do então papa João Paulo II, à multidão de jovens que se reunia durante aquele momento especial.

Contemporâneamente, há poucos quilômetros dali, no Estádio Flaminio, os Jovens por um Mundo Unido, animados pelo Ideal da Unidade, estavam reunidos para uma valiosa troca de experiências, em um contexto multicultural, que se propunha a testemunhar a alegria e a coragem de um novo cristianismo vivido pela geração “do milênio que estava iniciando”.           Nesta ocasião, Chiara Lubich apresentava uma outra Chiara, de sobrenome Badano, que, por meio de uma experiência de adesão profunda e totalitária a vontade de Deus, tornou-se luz e exemplo concreto para os jovens que a conheceram.

Quatro anos depois, vivenciando uma experiência de formação em uma das cidades-modelos do Movimento dos Focolares na Suíça, durante uma missa domenical na grande catedral de Zurique, norte helvético, me deparei com uma igreja imensa mas vazia de fiéis. Olhando ao meu redor somente senhoras e senhores de idade, nenhum jovem além do nosso grupo. Aquela experiência foi para mim um encontro istantâneo com a dor em ver que a “minha comunidade” estava aparentemente condenada a morte. Que futuro teria aquela realidade sobrenatural, se não existem jovens dispostos a vivê-la concretamente, continuando a experiência de povo de Deus?

O que eu não esperava, e foi uma surpresa providencial, aconteceu um ano depois, diante de outra grande igreja, na Praça São Pedro, no Vaticano, durante uma vigília de orações pela saúde do mesmo João Paulo II que encontrara os jovens em Tor Vergata cinco anos antes.

Passando pelas colunas que sustentam a grande construção do Vaticano, uma visão inesquecível, de uma praça repleta de jovens, ajoealhados, clamando pela vida daquele Pai que tanto os amava e estava prestes a morrer.

Eu era um desses jovens, que com incontidas lágrimas chorava, consciente de que talvez não veria uma figura tão carismática em toda a minha vida, um testemunhou tão pleno do Evangelho que sempre acreditei ser o verdadeiro guia para uma Felicidade duradoura. Naquela noite me dei conta de que a Igreja estava vivíssima, que aqueles milhares de jovens acreditavam nela, na mensagem e no caminho proposto por ela.

Pensei que seria a última vez que vivenciaria aquela experiência, mas novamente fui positivamente surpreendido.

Nos últimos cinco anos, como grande maioria dos jovens católicos, procurei perseverar diante da intensa crise de valores que o mundo ocidental sucumbiu. Acolhi com grande dor a consciência de que essa crise também penetrou a “minha comunidade”. Como responder de maneira concreta, como jovem, a tudo isso? Como testemunhar a beleza de uma Igreja que, acima de tudo, quer levar uma Felicidade duradoura aos seus seguidores?

No dia 25 de setembro de 2010, um pouco mais de 5 anos daquela experiência na Praça São Pedro, volto a Roma, agora na praça do Santuário do Divino Amor, para festejar a beatificação daquela Chiara Badano, conhecida como Chiara Luce, que era reconhecida pela Igreja como testemunho perfeito de cristã no mundo moderno.

A noite, na Aula Paulo VI, no Vaticano, uma grande festa com jovens de mais 70 países procurava justamente apresentar ao mundo um novo tipo de santidade, que usa calça jeans, que joga tênis, que usa internet…

O testemunho de Chiara Badano vai além dos muros das concepções de que o cristianismo não atrai, não satisfaz, é antiquado. E justamente na Basílica de São Paulo “Fora dos Muros” que aconteceu a missa de agradecimento pela sua beatificação.

“Uma jovem de coração cristalino”, definiu Chiara Badano o mons. Angelo Amato, prefeito da congregação das causa dos santos durante a homilia da beatificação. “Uma jovem moderna, esportiva, positiva – continua – que em um mundo cheio de riquezas, mas quase sempre doente de tristeza, de infelicidade, nos trasmite uma mensagem de otimismo e de esperança”, conclui.

Voltei para casa feliz, ouvindo meu mp3, conversando com meus amigos, mas dentro de mim uma novidade: posso fazer tudo isso, e no amor, ser Luz para o mundo, como Chiara.

Picolezza

Troppo grande sei tu Padre mio,

Infinito mistero che strappa questo mio cuore chiuso

E soltanto nella Luce che è l’amore agli altri

Che sano quest’essere IO MUTO

Troppo grande sei tu Oh Messia,

Infinito mistero che svela la Verità

E soltanto nel continuo esercizio d’amare TE

Che sano quest’essere IO MIOPE

Gli antichi profeti ti vedevano, udivano

Ma io, da semplice umano, quasi sempre resto fermo,

Non ti vedo Padre mio, scusa la mia piccolezza

Mi butto in te sperando quel ciò che è certezza.

Alla fine t’incontro soltanto tramite la mia piccola fede,

Assai debole, com’è mio essere

Ma me la vivo intensamente, ancora se è sentimento che scorre.

E la felicità ormai fiorisce, quando questo IO MUTO, MIOPE, muore.

Una nuova Luce per il mondo

2000, per i cristiani un momento speciale, si commemora il Giubileo, festa con riferimenti biblici che si svolge ogni quarto di secolo e, secondo la tradizione ebraica, tempo di pace e riconciliazione, tempo di grazia.

Ma per i giovani cattolici, il Giubileo di quell’anno è stato qualcosa di speciale e unico. A Tor Vergata, vicino Roma, in Italia, si celebrava l’ottava Giornata Mondiale della gioventù (GMG), una grande festa della Chiesa.

Cari giovani del secolo che inizia, dicendo« sì »a Cristo, voi dite sì a ognuno dei vostri più nobili ideali. (…) Non abbiate paura di donarvi a Lui: Egli vi guiderà e vi darà la forza di seguirLo ogni giorno in tutte le situazioni.” Questo è stato l’invito di Papa Giovanni Paolo II, a quella folla di giovani che s’ incontravano in quell’occasione speciale.

Contemporaneamente, a pochi chilometri di distanza, nello stadio Flaminio, i Giovane Per un Mondo Unito (GPMU), animati dall’Ideale dell’Unità, si erano riuniti per un prezioso scambio di esperienze, in un contesto multiculturale, che si proponeva di testimoniare la gioia e il coraggio di un nuovo cristianesimo vissuto dalla “generazione del nuovo millennio che stava iniziando”.

In quell’avvenimento Chiara Lubich presentava ai giovani un’altra Chiara, di cognome Badano , che, attraverso una profonda esperienza di donazione totalitaria alla volontà di Dio, è diventata un chiaro e concreto esempio per i giovani che l’hanno conosciuta.

Quattro anni più tardi, vivendo un esperienza di formazione in una delle città-modello del Movimento dei Focolari in Svizzera, durante una messa domenicale nella grande cattedrale di Zurigo, mi sono trovato in una chiesa enorme, ma vuota di fedeli.

Guardando intorno a me solo donne e vecchi, nessuno altro giovane oltre il nostro gruppo. Tale esperienza è stata per me l’incontro immediato con il dolore nel vedere che “la mia comunità” sembrava condannata a morte. Quale futuro avrebbe quella realtà soprannaturale, se non ci sono giovani disposti a viverla concretamente, continuando l’esperienza di popolo di Dio?

Ciò che non mi aspettavo, ed è stata una sorpresa provvidenziale, avvenne un anno dopo, in un’altra “grande chiesa”, nella Piazza San Pietro in Vaticano, durante una veglia di preghiera per la salute di quello stesso Giovanni Paolo II che aveva incontrato i giovani cattolici a Tor Vergata, cinque anni prima.

Passando attraverso le grande colonne che sostengono il colonnato del Vaticano, uno spettacolo indimenticabile. Una piazza piena di giovani, inginocchiati, chiedendo per la vita di quel padre che tanto amavano e che stava per morire.

Io ero uno di quei giovani che piangevano senza sosta, sapendo che probabilmente non avrei mai rivisto una figura così carismatica in tutta la mia vita. Giovani Paolo II era il testimone di un’adesione integrale alla Parola di Dio che ho sempre creduto essere la vera guida per la Felicità duratura.

Quella notte ho capito che la Chiesa era ancora molto viva, che tutti quei giovani ancora credevano in essa, nel suo messaggio.

Ho pensato che sarebbe stato l’ultima volta che avrei vissuto questa esperienza, ma ancora una volta sono stato positivamente sorpreso.

Negli ultimi cinque anni, come la maggioranza dei giovani cattolici, ho cercato di perseverare di fronte alla profonda crisi di valori che l’Occidente ha dovuto affrontare. Ho accolta con grande dolore la coscienza di che questa crisi è arrivata pure nella “la mia comunità”.

Come rispondere in modo concreto, come giovane, a tutto questo? Come essere testimone della bellezza di una Chiesa che, soprattutto, vuole portare tutti a un cammino verso la felicità vera?

Il 25 settembre 2010, poco più di cinque anni dopo l’esperienza in Piazza San Pietro, a Roma, ero nella piazza del Santuario del Divino Amore, a celebrare la beatificazione di Chiara Badano che, conosciuta come Chiara Luce, è stata riconosciuta dalla Chiesa come un’altra testimone perfetta di cristiana nel mondo moderno.

Genitori di Chiara Badano

Nella serata in Aula Paolo VI , in Vaticano, una grande festa con giovani di oltre 70 paesi ha cercato proprio di presentare al mondo (anche attraverso le dirette internet e trasmissioni via satellite) un nuovo tipo di santità, che porta jeans, gioca a tennis, che usa internet …

La testimonianza di Chiara Badano va oltre le mura dei pregiudizi di che il cristianesimo non piace, non soddisfa, è fuori moda. E proprio a San Paolo “fuori le mura”, che si è svolta la Messa di ringraziamento per la sua beatificazione.

“Una giovane di cuore cristallino”, ha definito Chiara Badano mons. Angelo Amato, Prefetto della Congregazione delle Cause dei Santi, durante la sua omelia alla beatificazione. “Una giovane, intelligente, atletica, positiva – continua – che in un mondo pieno di ricchezze, ma quasi sempre malato di tristezza, infelicità, trasmette un messaggio in ottimismo e la speranza “,

Sono tornato a casa felice, ascoltando il mio mp3, parlando con i miei amici, ma dentro di me qualcosa di nuovo: ero cosciente che posso fare tutto questo, ma essendo nell’amore, diventare anch’io luce per il mondo, come la beata Chiara Badano.

(revisione Edoardo Zenone)

[vidaloka] Deixa a vida me levar: o começo do mestrado em Sophia

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E começa o ano em Sophia!

Durante os últimos dois anos eu fiquei me imaginando estar aqui, era difícil pensar que estaria em um lugar que não fosse onde estou e só por isso é impossível não me sentir feliz.

Contudo, uma coisa é realizar um objetivo, outra é percorrê-lo.

Desde que cheguei em Loppiano tenho “feito fadiga” (fatto fatica) para me adaptar a rotina de estudos realmente cansativa.

Acordar as 7h, tomar café, estudar das 8:30 à 13:15… voltar para casa, almoçar (as vezes ter que lavar os pratos) e as 15h começar a estudar até as 18h… Isso três vezes por semana, porque na quinta e na sexta as aulas vão até as 18h.

É difícil não me sentir cansado, não só intelectualmente, mas sobretudo fisicamente e o cansaço de alma.

Percebo que o meu corpo ainda não se adaptou a rotina do Instituo Sophia, por isso tenho procurado ter paciência, caminhar lentamente e aos poucos as coisas vão melhorando.

Claro que a saudade de uma vida sociável as vezes aperta, mas recebi recentemente uma bicicleta de presente da minha Flávia e isso tem ajudado muito nos deslocamentos e me “empurrado” para uma vida mais com os outros.

Loppiano é um lugar difícil, claro. Uma realidade-utopia, um lugar onde me deparei com um mundo aparentemente perfeito, de relacionamentos fáceis, mas um “quê” de incontentamento ainda permeia meu coração.

De qualquer forma é importante dar tempo ao tempo, não é que as coisas boas acontecem sem amadurecimento externo e interno, por isso vou seguindo em frente, parafraseando o grande Zeca… “deixando a vida me levar”.

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