Já começaram as aulas no Instituto Universitario Sophia há mais de um mês, mas só agora parece que começo a me dar conta da dimensão que tem a experiência universitária da qual faço parte.
Por muito tempo procurei algo que me proporcionasse um desenvolvimento intelectual que pudesse não só permitir um crescimento pessoal, mas que me levasse a encontrar respostas mais “gerais”, caminhos comunitários que servissem de resposta (ou caminho) para um mundo tão desigual.
“Viver aquilo que se entende e entender aquilo que se vive”. Não basta só se enfurnar nos estudos, ser um erudita (pois intelectual não tem relação direta com “alguém que estuda”), ter um coração cheio de boas intenções e projetos de “conquista do mundo” e não viver concretamente pelas pessoas, não ser capaz de lavar os pratos, limpar um banheiro e, por outro lado, não basta ser um “operário” que faz, faz, mas não consegue refletir sobre o sentido profundo de cada coisa. Não! A máxima que inicia essa frase explica justamente aquilo que podemos experimentar em Sophia. ESTUDO E VIDA!
Claro que, diante de uma proposta que é maior que a nossa humanidade, os nossos limites, acaba sendo difícil não se sentir incapaz. Mas aqui é a vida de comunidade que ilumina os dois aspectos e é a abertura à experiência que permite que, aos poucos, ela se plasme na vida cotidiana até que um se dá conta da maravilha e o privilégio de estar aqui.
Vejo que a experiência em Sophia tem relação direta com a minha vida. Opera também no meu coração, naquilo de mais valioso que acredito, vivo, dando um outro tom, mais maduro, pensado, e porque não, MAIS VERDADEIRO.
Em menos de um mês começarão as provas, todas orais. Outra nova experiência para um estudante tão pouco acostumado ao “alto nível” de aplicação que o mestrado aqui vem me proporcionando… mas estou tranqüilo… tentando fazer a minha parte… estudando e vivendo pelos outros. Uma sensação indescritível.