Informação e valores são palavras que parecem estar em contradição no atual cenário da comunicação em âmbito mundial.
A crise dos meios de comunicação não é só perceptível no Brasil, mas em diversos lugares do mundo, sobretudo na Itália (país que me hospeda no momento), onde os profissionais começam a não aceitar mais a manipulação da informação em prol de interesses que não colocam a sociedade como principal escopo.
Há de se ressaltar a carta da ex âncora do jornal de uma das TVs estatais italianas, que abandonou recentemente o seu posto por não querer ver mais seu rosto vinculado às noticias que iam contra aquilo que ela acreditava. (link em italiano)
Em meio a todos esses desenlaces, o complexo mundo de interesses, valores, é possível pensar em um jornalismo melhor? Dá para acreditar profissionais do “mundo mídia” que tornem possível uma sociedade mais igual, livre e, sobretudo, mais fraterna?
Não perdi tempo respondendo essa pergunta, afinal de contas, existe muita “pedância” e pouca “mão na massa” para transformar os meios de comunicação.
Essa é a proposta do Seminário Internacional “Tentativas de diálogo” (Prove di dialogo, em italiano) que coloca frente a frente profissionais dos 5 continentes, protagonistas de diversas áreas no mundo da comunicação (imprensa, TV, Cinema e TI), para trocar experiências e não discutir teorias que justifiquem a escolha clara de que, quando se fala de comunicação, é o ser humano que deve estar em primeiro lugar.
Desde o dia 31 de maio estive trabalhando diariamente na construção desse Seminário. Certo de que é a colaboração, o escutar, o silenciar e o falar são instrumentos imprescindíveis para começar efetivamente a tornar possível esse diálogo.
O trabalho no Centro Mundial de NetOne foi uma oportunidade única de viver por realidades que acreditam na fraternidade e vivem com o desejo ardente de transformar relacionamentos ao interno dos meios de comunicação, para levar uma informação transformadora.
Hoje, as 10h (5h, horário de Brasília) começa o Congresso. Muita expectativa e inúmeras oportunidades de Networking . E o coração aberto, a mente livre, para acolher aquilo que realmente pode me ajudar a continuar traçando meu caminho como comunicador.