Viagens continentais sempre têm um sabor especial, mesmo que seja uma das experiências mais desconfortantes.
Despedir da minha família foi surpreendentemente simples, sem choro, pois afinal de contas todos já esperávamos que esse dia chegaria.
O mais especial foi perceber que mesmo aqui, do outro lado do Atlântico, permanecemos unidos nessa nossa maravilhosa família e na alegria de poder um viver pelo outro, independente da distância.
Cheguei em Amsterdam as 11:25h, hora local, esperando um dia aberto, ensolarado, pois é o que se espera de um dia de primavera. Porém, ao olhar o monitor da temperatura externa, ainda dentro do avião, me surpreendi com os doze graus. Olhando pela janela, algo ainda mais desolador: tempo fechado e garoa! Primeiros lapsos de nostalgia do nosso país tropical.
Agora estou aqui, sentado na espera para o embarque para Milão, depois de ter sobrevivido aos primeiros questionamentos a respeito da minha estadia na Europa pela polícia holandesa.
Enquanto isso, no monitor do aeroporto holandês, aparecem imagens da minha cidade natal. O mais interessante é que apresentam o estado de São Paulo (com praias, plantações de laranja e cana), como se fosse a cidade.
(…)
Depois de um atraso de quase uma hora o avião decolou em direção à Milão. Uma viagem bem tranquila de quase duas horas.
Cheguei bem cansado, peguei minhas malas e fui atrás do ônibus que leva do aeroporto de Malpensa à Stazione Centrale de Milão.
O que imaginei que seria difícil não aconteceu. Encontrei o guichê, comprei a passagem e em 40 minutos estava na estação central da capital econômica italiana.
Em 20 minutos aconteceria o primeiro ESPERADO reencontro…
(continua)…
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