Acordei as 6h, tomei banho e com Ago e Giuseppe fui acompanhar Ako no aeroporto. Depois de meia hora de viagem nos despedimos dele e seguimos para a vila onde nasceu Ponty.
Um rápido percurso com o carro e depois um longo caminho com uma espécie de moto-taxi. Depois de chegarmos a um determinado local, ainda tínhamos que percorrer vinte minutos a pé por um lugar realmente bonito e assim chegamos.
Um lugar realmente fora do mundo. Bem longe de qualquer cidade e sem contar com energia elétrica e água.
Vi que finalmente Ponty se sentia “em casa”. Ao chegarmos lá tive a impressão de um lugar triste, mas depois, passeando, me dei conta de que o motivo para aquele “silêncio” é que todas as crianças estavam na escola.
Fizeram-nos conhecer a vila e o modo em que eles procuram sobreviver. Pediam-nos ajuda e senti uma grande dor por não poder fazer nada de concreto por eles.
Comemos ali, fizemos algumas fotos (era interessante ver a curiosidade das crianças diante da câmera digital) e depois percebemos que o tio de Ponty, um dos mais velhos do vilarejo, tinha a boca vermelha. Perguntei curioso a Ponty o porquê e ele me disse que era uma espécie de erva preparada artesanalmente que substituía o cigarro, difícil de ser comprado.
A vontade de experimentar foi maior que a prudência e depois ter a confirmação de que aquilo não fazia pedi a Ponty para experimentar e comigo vieram Giuseppe e Ago.
A preparação parecia um cerimonial, mas o mais interessante foi entender como deveria proceder o “consumo” daquela erva. “Mastigue três vezes e cuspa, faça esse processo duas vezes mais e depois só mastigue” – explicava Ponty. “Mas por que cuspir as três primeiras mastigadas?” – perguntei. “Porque no início o amargo da erva não é a agradável, mas depois tudo bem”.
Depois daquela aventura SEM SABOR, nos despedidos e voltamos para Gunungsitoli.