Month: October 2009 Page 2 of 4

Renderci possibili

Esperando

Avevo atteso un sorriso sincero, il più simile al mio
C’era bisogno coraggio, dire alcune volte addio,
Ma non me l’aspettavo essere nuovamente davanti a lei
Ho capito che, quando ami, te la meriti più di ciò che sei

Mentre si cercano le farfalle,
Provo di guardare dietro le mie spalle
e ricordo una storia un po’ da film, di sviluppo semplice
Cosciente di che queste sono illusioni di chi credi a favole finte.

Qui il disegno è anche dipinto coi colori da scegliere
Ci sono tante sfide, si deve essere pronto a tutto perdere
Comunque è come un castello che si costruisce man mano.
Allora insieme, ci mettiamo uniti, a camminare attraverso il Suo piano.

L’amore ormai diventa un’empresa incredibile
Ci arriva a punti che ci sembravano impossibili
Ma è un travaglio difficile, ci vuole tempo e ore di sonno
Alla fine ci si trova felici e rendiamo reale quell’atteso sogno.

Manifesto anti tecnocrata

Tecnocratas

Saiam da minha frente, malditos tecnocratas de plantão

Notícia tem vida, tem alma, não é commodity

E mesmo se vocês defendem o formato pré-estabelecido

Um módulo que precisa ser seguido.

Continuo acreditando que o conhecimento não é investimento perdido.

Aprende-se NA PRÁTICA a obedecer ao Sistema

A nunca transgredir regras

A aceitar o dado como imutável

A entrar no “esquema”

Enquanto se poderia criar o novo

Estar aberto para ouvir o outro

O que exigiria um pequeno ato de humildade

Pouco comum a quem teve o conhecimento consolidado com o passar da idade

Fiquem longe de mim, insuportáveis tecnocratas de plantão

Para que a “notícia que transforma” saia da terapia intensiva

E que o conhecimento profundo passe a ter utilidade

Para que valha a pena passar quatro anos divagando na universidade.

Pistões naturais

Com movimentos ritmados os pistões naturais me levam todos os dias ao trabalho

E não é um caminho curto, nem mesmo longo,

mas é por meio deles que posso ver o mundo de uma ótica incomum,

imperceptível aos meus iguais.

Enquanto de carro existe só o eu,

no transporte público o nós,

sobre a bicicleta o foco é o mundo.

E nos movimentos ritmados de pernas vejo motociclistas burlarem as regras de trânsito

O taxista passar veloz ao meu lado, sem preocupação com a minha segurança

Ônibus, carros, todos apressados para buscarem o seu espaço na Grande Máquina.

Eu, não.

Uso os pistões naturais para exercitar-me, o corpo, a alma e os olhos.

Para ver que no mundo existem mais que carros, que a poluição, que o tempo.

Existe uma vida que passa, quase no mesmo ritmo decidido dos pistões naturais.

Mas que, se não vivo, o tempo leva embora.

E continuo infeliz, ou comodamente igual aos meus iguais.

Sou quando me dôo

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“Você está rindo de mim ou para mim?” – pergunta uma das voluntárias do Rango, uma senhora sorridente, linda, daquelas bem vovozinhas.

A vida passa e sempre redescubro o amor como uma bomba de fissão nuclear, infinito, impossível de controlar e, sobretudo, descrever.

Pode parecer insensato, mas passar uma singela hora do meu sábado ali, segurando uma bandeja com melancias cortadas, carregando outra com 39 copos de plástico com suco (acho que de groselha), me constrangia a sorrir.

Cada vez mais coisas óbvias (para mim) precisam ser revividas para que eu reencontre sentindo à minha existência. A principal delas é perder tempo pelas/com as pessoas.

Àquela hora “gasta” no Rango me deu uma felicidade que, de certa forma, banaliza a palavra e faz com que ela talvez mereça outro adjetivo: PROFUNDA… PROFUNDA FELICIDADE.

Antes de encontrar com aquela senhora que “encasquetou” com o meu sorriso, passei pelos portões da Igreja Bom Jesus dos Passos e saudei a Maria, o Marcelo, conheci o Vinícius, cumprimentei todos aqueles que, como disse um irmão de rua, estão há tempos dando uma “assistência” pro pessoal.

Enquanto olhava aqueles seres humanos recebendo as marmitas com comida quentinha, copos de suco e as melancias, dizia dentro de mim… é gente meu Deus… é gente…

Gente sofrida. Uma encruzilhada de histórias misteriosas, e eu me interesso por todas, mas admito ainda um certo receio deste mundo desconhecido e da minha incapacidade humana de acolhê-lo.

“Oh meu! Cê ta louco, ta mexendo com a minha mãe?” – acabei deixando de lado minhas divagações porque o Vinícius, filho da Maria, foi querer tirar satisfação com um dos irmãos de rua, que havia jogado o copo de suco nela, por motivos desconhecidos.

“Deixa ele meu filho… ele está com problemas!”

Passado aquele momento de tensão, um dos outros irmãos chamou o moço aos berros dizendo para ele se desculpar com a Maria. Meio sem jeito ele foi lá e a abraçou o principal pilar da atividade semanal que “dá de comer a quem tem fome”. E Maria, bom… acolheu as desculpas do moço com um sorriso marcante.

Enquanto distribuíamos as marmitas a pequena Maria, uma menina de uns seis anos, acho eu, passava entre as nossas pernas para ajudar. Colocava os garfos nas “quentinhas”, pedia melancias e servia seus amigos coetâneos.

Depois que entregamos todas as marmitas, me aventuro procurando conversar com os irmãos de rua.

“Pai nosso que está nos céus…..”

Percebo que um jovem, pelo que entendi da Aliança e Misericórdia, movimento religioso que tem um cuidado especial pelos moradores de rua, estava rezando com dois irmãos…

Algumas conversas… “Encheu o bucho?” pergunto para uma das crianças que estava perto de mim. Ela sorri e me responde que nem conseguiu comer tudo…

Decido ir embora… Entro para cumprimentar as voluntárias e vejo a senhora que me saudou quando cheguei. “Isso meu filho, continue com esse sorriso lindo”

“E você tenha sempre saúde” respondo… sorrindo, claro!

Saindo da igreja, passo pelo meio do pessoal e encontro a pequena Maria.

“Tchau Maria… Vem aqui me dar um abraço!”, e não consigo conter a emoção de receber um gesto de amor tão puro e sincero…

“Já acabou lá tio?”

“Sim, semana que vem tem mais”

Despeço-me e de novo penso que só existe sentido à minha existência quando me coloco a serviço das pessoas. Vejo que é nela que essa Felicidade Profunda se faz possível.

É fantástico também entender que no dia a dia, no trabalho, nos estudos, podemos encontrar esse sentido. Basta colocarmos cada coisa no seu “devido lugar”: primeiro servir e assim conseguimos fazer frutificar os nossos talentos, quem REALMENTE somos.

Com os olhos lacrimejando, o coração explodindo, sigo para o ponto de ônibus.

“é gente meu Deus… é gente…”

escrevo Logo existo – 50.000 visitas!!!

50.000

Não que essas marcas tenham um valor tão significante, principalmente se tratando de um cenário em que BLOGs e sites alcançam números muito mais expressivos. Escrevo, Logo existo – 50.000 visitas

Mas só de saber que essa enorme quantidade de pessoas parou, as vezes por engano ou mesmo curiosidade, para ler através da minha “lente” muitas das conclusões, experiências e sentimentos vividos, sinto um grande orgulho.

Durante esses 3 anos encontrei muitos amigos, outros que decidiram tornar-se “leitores” e receber diariamente as atualizações por email e vi que o eLe era uma desculpa à mais para construir relacionamentos, uma ponte entre pessoas que pensam diferente de mim, em muitos aspectos, mas que também se deliciam em conviver NESSAS diferenças.

Claro que ninguém lê tudo… afinal de contas, acho difícil alguém acompanhar esse meu anseio inescrupuloso de compartilhar a vida, mas isso pouco importa, afinal de contas a intenção e o estímulo que tenho e que me faz “tocar” o eLe até hoje é poder ser uma “ilha” de esperança, de um olhar otimista, em um mundo tão vazio de respostas.

Obrigado… simplesmente muito obrigado.

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