Day: 5 October 2009

Ginetta Cagliari: Uma vida pelo Ideal da Unidade – Sandra Ferreira Ribeiro

Ginetta não é só a minha mãe espiritual, é também biológica.

Sim!

Com certeza, se essa mulher fantástica não deixasse a singela Trento, no norte da Itália, para se aventurar nas terras tropicais do Brasil, eu nunca estaria aqui escrevendo sobre nada, nem ninguém.

Foi por meio de Chiara Lubich e o Ideal da Unidade, concretizado pela presença viva do Movimento dos Focolares como instituição de caráter religioso, que meus pais puderam se encontrar.

Um retiro espiritual para toda a comunidade, a tal MARIApolis, levou meus pais a se conhecerem, se apaixonarem e se casarem.

Quem lê essa biografia sobre Ginetta, sinceramente, vai encontrar muita insanidade no que diz respeito aos escrúpulos humanos. Ela não raciocinava, se lançava, amava e por isso, conquistou tanta gente.

Encontrei-me com esse livro em mãos justamente em um momento particular de escolha radical entre ser FELIZ ou buscar a MÁXIMA FELICIDADE. A singularidade da vida, o radicalismo de Ginetta, me fizeram perceber que não é possível se contentar com o bom, é TUDO ou NADA.

Entendi também que os sonhos mais insanos, mais impossíveis, se são fruto do desejo divino, se concretizam. Isso eu pude experimentar diversas vezes na minha vida, de maneira concreta.

Falar de santidade vai parecer “carolisse”, coisa de beato de igreja, realmente percebo que são rotulações de quem tem medo de se descobrir VAZIO.

A busca de práticas religiosas cotidianas, da vida em comunidade, da oração e contemplação do mundo, contrasta de maneira gritante com o frênesis contemporâneo. Nietzsche diz que Deus está morto, mas o que realmente vai morrendo, sempre mais, é esse desejo interior profundo de buscar A MÁXIMA FELICIDADE, que para o cristão se traduz em um termo forte: SANTIDADE.

Sim, é possivel ser um SANTO MODERNO, que não é aquele estigma do perfeito, do certo, do intocável. A santidade é uma batalha, cotidiana, cheia de erros, acertos, é uma busca constante e insaciável nesta terra.

Ginetta pra mim, que pude conviver “de perto”, é essa possibilidade realizada. É alguém que não parou nos próprios limites, mas buscou o divino, deixando o “impossível” para quem pode se ocupar dele.

Enfim, tudo o que sou, que penso, que faço tem raiz nesse amor…

Será que posso esperar menos? Desejar menos?

Tudo ou Nada…

Ainda bem que não estou sozinho.

Il mio canarino

canarinho-da-terra

Quel soave fischio mi riportava ai bei momenti vissuti nel paese del cioccolato.

Non era l’habitat di quell’uccello, eppure era sempre lì per rendere meraviglioso i miei giorni.

Il canarino fischiava la canzone più carina che ho ascoltato

E mi sono messo dietro lui, sicuro dal punto d’arrivo che avrei desiderato.

Avrei voluto essere un giardiniere,

ma ho finito un po’ confuso con la varietà dei fiori.

Mi sono messo a provare, lottare, sempre senza successo

finivo sempre fregato nel gestire i vecchi amori.

Così ho deciso di cambiare vita,

battere le mie ali e volando ritornare al nido.

Senza fretta, perché si deve arrivare lontano,

vorrei stare per sempre con l’amato canarino.

E sì si può prendere un paio di mesi, forse anni, prima che incontriamo in cielo insieme.

Perché il viaggio è lungo, il clima sta cambiando, ma si segue subito e contenti

Ma non mi preoccupo perché ho GPS celeste che mi guida pure nelle difficoltà

Quindi volo tranquillo, felice, perché ciò che mi aspetta è la più grande felicità.

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