Grandes homens mudaram o mundo… Eistein, Galileu Galilei, Gandhi, Buda e, na minha opinião, Inácio de Loyola.
Tudo bem, um dos feitos desse santo da Igreja Católica, foi criar a Ordem dos Jesuítas, que, infelizmente (e porque é feita de homens) massacrou muitos indígenas, exterminou culturas milenares, em prol de uma má interpretação da disseminação da Fé católica.
Por outro lado, hoje, muitos missionários estão espalhados por diversas partes do mundo, inclusive no Norte do Brasil, lutando para salvar as populações locais da exploração, da miséria, da morte.
Não me cabe julgar algo que nem mesmo Inácio conseguiu controlar. A religião sempre foi usada como forma de garantir o poder, por criminosos travestidos de portadores do cristianismo. É uma chaga que eu como cristão devo assumir e suportar.
Contudo, são outros motivos que me fazem admirar tanto esse grande homem que é Inácio de Loyola.
Iñigo Lopez de Loyola era o seu nome de batismo. Ele nasceu numa família cristã, nobre e muito rica, na cidade de Azpeitia, da província basca de Guipuzcoa, na Espanha, no ano de 1491.
Como um bom rico optou pela carreira militar, mas feriu-se em uma guerra e teve que voltar para a casa. Passou um longo período de recuperação lendo livros para passar o tempo e dois em particular o transformaram: “Vita Christi”, de Rodolfo da Saxônia, e a Legenda Áurea, sobre a vida dos santos, de Jacopo de Varazze.
A partir destas leituras cresceu nele a ideia de começar uma vida dedicada a Deus, tendo como inspiradores outros grandes homens, como Francisco de Assis. Em seguida, largou tudo o que tinha para percorrer o caminho de santidade.
Considerando-se incapaz, infiel, Inácio não parou de buscar seus objetivos, mesmo enxergando seus limites. Para alcançar um forte relacionamento com Deus desenvolveu os «Exercícios Espirituais» (Ejercicios espirituales), que iriam adquirir uma grande influência na mudança dos métodos de evangelização da Igreja e o levou a tão almejada Santidade.
A sua contribuição para a Igreja e para a humanidade foi a visão pessoal do catolicismo, fruto de sua incessante busca interior e que resultou em definições e obras cada vez mais atuais e presentes nos nossos dias.
Num mundo onde os cristãos, cada vez mais, esquecem que o amor não é feito de blá blá blá, mas de ações concretas, Inácio é um exemplo. “O amor deve consistir mais em obras que em palavras”, palavras dele.
Oração de Santo Inácio
Tomai Senhor, e recebei
Toda minha liberdade,
A minha memória também.
meu entendimento
E toda minha vontade.
Tudo que tenho e possuo,
Vós me destes com amor.
Todos os dons que me destes,
Com gratidão vos devolvo:
Disponde deles, Senhor,
Segundo vossa vontade.
Dai-me somente
O vosso amor, vossa graça.
Isto me basta,
Nada mais quero pedir.
Alexandre Martins
“…massacrou muitos indígenas, exterminou culturas milenares, em prol de uma má interpretação da disseminação da Fé católica.”
não sei de onde o camarada tirou isso…
não sei quais “culturas milenares” a Cia de Jesus exterminou, mas sei de que o primeiro estudo da língua Tupi foi feito por um jesuíta brasileiro, que até fez um dicionário Tupi-português, o que contribuiu para a preservação da língua…
se por “cultura milenar” se refere à cultura dos aborígenes brasileiros, é fato que é uma cultura pré-histórica, semelhante ao Período Paleolítico.
Dissemina-se uma febre ou uma ideologia. Não a Fé Cristã, baseada num encontro com Deus, como Inácio sempre pregou e viveu particularmente.
Levar as culturas e os povos a serem o que Deus deseja do Homem não é acabar com uma civilização mas aprimorá-la.