Month: June 2009 Page 2 of 3

Zeca explica as Crises Econômicas para o Chico Bento

416Chico Bento passou toda a sua infância na roça. Típico caipira brasileiro, daqueles que anda descalço, com chapéu de palha, ele sempre se divertiu pescando ou nadando no rio. Porém, com o passar dos anos essas coisas sagradas que mais o divertiam, começaram a se tornar perigosas, devido a poluição dos rios, que causou as mortes peixe e a devastação decorrente do crescimento do Agronegócio.

Seus pais: Seu Bento e Dona Cotinha, não conseguiam explicar para o então adolescente Chico o que estava acontecendo com a Vila Abobrinha. Agora Chico Bento só encontra paz ao lado de sua namorada, Rosinha, e com seu primo Zé Lelé. O Nhô Lau, dono da fazenda em que ele e seus amigos adoravam roubar goiaba, virou político e se mudou pra Brasília.

Porém, foi o seu primo da cidade Zeca que se tornou a maior pedra no sapato de Chico. Ele, que sempre morou num apartamento na Capital e se dedicou aos estudos, vivia brigando com o caipira por ele estar quase sempre alienado aos problemas do mundo…

_ Chico, você é burro? – dizia Zeca quando ia visitar o primo e o ouvia resmungando que a indústria tinha acabado com o Rio e as plantações de soja com a diversidade de frutas, sem saber a origem desse grande problema.

_ Mais purqué Zeca? Num to intendendo essas ofensas primo! – dizia Chico.

_ Chico você ficou matando as suas aulas quando era moleque e agora não entende que o Capitalismo tem alguns mecanismos próprios e que essa devastação é fruto disso. – explicava o primo.

_ Vixi Maria, se eu encontrá esse tar di Capitalismo vo enchê ele de porrada!

_ Meu… como você pode ser tão inteli-jégue? Deixa que eu te explico. Desde que o Capitalismo, que é o modo como a sociedade vem se organizando economicamente, foi instaurado no ocidente, tivemos ciclos de crise que comprometeram o futuro de todos. Porém, as primeiras crises eram mais polarizadas nas grandes economias e mais espaçadas, mas com a globalização todo mundo passou a estar interligado e assim não só podemos estar mais em contato com as pessoas de outros países, mas também acabamos compartilhando, mesmo sem querer, os problemas. Além das crises serem bem mais constantes.

_ Ah! Agora to começano a intendê. Tem a ver com a tar da internet que o Russo vive cantando nos comerciar di TV, num tem?

_ Tem Chico, tem… mas é algo bem mais grave, não é só isso. Em dois momentos da historia houve grandes crises: Em 1.929 e em 1.973. A primeira foi nos Estados Unidos e gerou uma grande depressão no país, porque eles estavam produzindo mais que consumindo e esse excedente virou uma grande divida praticamente impagável. Assim, muita gente estava envolvida com o mercado financeiro, a tal bolsa de valores, perderam todo o dinheiro que haviam, à medida em que as empresas faliam.

_ Meu Deus do Ceu! Que triste! Qui nem quando aquele presidente ladrão confiscô os dinheiro das aposentadorias do pessoar aqui no Brasil? Safado… meu pai também perdeu um bocado.

_ Mais ou menos. No caso do Collor o problema era outro, que não vou explicar agora tá?. Então… voltando… O problema da Crise de 29 só foi resolvido com a Guerra Mundial. Pois os países da Europa ficaram todos destruídos e assim os Estados Unidos voltou a produzir bastante coisa e vender pra eles.

_ E pessoar esperto ein! Só ganhando em cima dos otros!

_ Pois é Chico, mas em 1973, outra crise atingiu o mundo. Só que mais grave e parecida com a que estamos vivendo hoje. No Brasil, depois daquele período chamado Milagre Econômico, em que o pais estava crescendo bastante, o mundo começou a atravessar uma fase de queda do bem estar econômico e como principal medida, decidiram aumentar o preço do petróleo.

_ Aquele negocio preto pros trator andá?

_ Isso Chico, o diesel é feito a partir dele. Então, mas o mais engraçado é que também naquela época achavam que a crise não ia atingir os países subdesenvolvidos como o Brasil.

_ Pois é, eu me alembro que no Jornal Nacional o Lula disse que a onda da Crise era uma marolinha.

_ Sim, mas ele errou, talvez por não ter estudado bem a história do Capitalismo. Mas não tardou muito e como agora, também em 1973, a crise chegou e se desenvolveu de maneira rápida. Muita gente perdeu o emprego por conta das alternativas que os países ricos traçaram para sobreviver.

_ É isso que eu num intendo. O que qui os trabaiadô tem a ver cas histórias? Eles num tem dinheiro nas tar di Bolsa di Valores que tão caindu, num tem dólares e ainda ganham poquinho!

_ Então Chico, é isso que diferencia essas duas grandes crises da de 29. As economias hoje são muito interligadas. As empresas multinacionais estão por todo lado. Descobriram que, para crescer, precisavam buscar locais aonde poderiam pagar menos os trabalhadores e não pagar o uso das terras. Como essa indústria que está poluindo o rio que você nadava quando era criança.

_ Num credito!!

_ Sim, bem assim. Para piorar, essas empresas buscaram se desenvolver tecnologicamente e substituir pessoas por robôs e outras máquinas. Com isso, você pode imaginar: mais desemprego.

_ Eta pessoar marvado esses gringos não?

_ Pois é, mas como também está acontecendo agora, em 1973 eles viam como solução para eles, expulsar os estrangeiros que tinham ido para ajudar na construção do país, como os mexicanos nos Estados Unidos, e assim aumentar a quantidade de emprego e também mandar todo o dinheiro que ganhavam nos países em que estavam as suas multinacionais para voltar a enriquecer as empresas matrizes.

_ Cumé qui podi isso? Ele vêm, robam nossa terra, distroem a natureza e pegam todo o dinheiro, botam nu borso e levam pra fora?

_ Bem isso. O que é solução para os países ricos vira um problema muito sério para os pobres. Você lembra que eu disse que a Crise de 29 só foi resolvida com a Segunda Guerra Mundial, não lembra.

_ Mas… o que qui ocê qué dizê cum isso primo?

_ Que, como também aconteceu em 73, teremos períodos difíceis pela frente.

_ Mas num tem uma solução diferente pra esse problema?

_ Olha, em 1973 já tinham percebido que a crise não era só um problema econômico, precisava de mudanças estruturais sérias. Principalmente no que diz respeito à divisão do trabalho. Mas nada foi feito. Como agora. O discurso dos políticos é sempre: CONSUMAM!! CONSUMAM!! CONSUMAM!! E eles não percebem que isso não resolve absolutamente NADA!

_ Mais que terrível. Que qui nois vai fazê?

_ Olha Chico, para ser bem sincero com você ninguém ainda sabe. Em 1973 a crise levantou questões importantes: a ecologia, o impasse energético, a consciência dos limites do modo de vida americano, a auto-imposição social das minorias culturais e éticas, a valorização das raízes culturais do Terceiro Mundo e a pregação de uma ciência ética. Tudo isso voltou a ser dito com a nova Crise, mas novamente o mais importante é entender que não dá para pensar que o dinheiro vale mais que as pessoas. O número de desempregados está aumentando absurdamente e gente desocupada é já um grande alarde social.

_ E é isso que eu num intendo. Esse pessoar da cidade não sabe o comé importante estar com as pessoas. São tudo istressado pra ganhá dinheiro e morrem antes do tempo. Num sei o qui fazê, mas entendi que num posso mais ficá fartando nas aulas da escola, porque a gente precisa di gente preparada pra mudá essa bagunça que é a política econômica.

_ É esse o espírito Chico. Mas chega de conversar sobre isso. Eu vim aqui para andar a cavalo, comer pamonha e bebê leite de verdade. Não agüento mais leite desnatado de caixinha… o coisa sem sabor!

_ Hahahahha… nunca pensei que ocê um dia ia preferi o interior qui a sua capitar. Não é só o mundo qui muda, mas as pessôa tamém.

29 dias no país do Tsunami – Parte 10: Inculturando-se

Bangalô na Ilha de Sentosa

Bangalô na Ilha de Sentosa

Depois do jantar a lá TIGER, chegamos em casa, eu tomei banho e arrumei minhas coisas.

Consegui, pela primeira vez, ver meus emails e depois ficamos conversando com AKO e Nicholas, dois sul-americanos, donos da casa, que deixaram Argentina e Equador, respectivamente, para realizar esse bonito trabalho missionário.

Eu estava particularmente contente. Uma sensação ótima de estar em casa. As 1h fomos dormir.

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Depois de ter dormido muito pela primeira vez (acordamos às 10h) acordei e chegando na sala encontrei o pessoal tomando café da manhã. Não pensei duas vezes e me uni a eles no tão esperado café da manhã OCIDENTAL.

Logo em seguida, pude conversar bastante com Eugenio e Giuseppe sobre as nossas vidas no Brasil e no sul da Itália. Depois fomos visitar a ilha de Sentosa, no oceano índico.

Foi o terceiro oceano que pude conhecer na minha vida (já havia mergulhado no Atlântico e o Mediterrâneo). Apesar da água fria, muito limpa.

Passamos a tarde jogando futebol, frisbee, foi bem divertido.

No almoço, depois de um dia difícil como o de ontem, escolhemos um grande hambúrguer e cerveja, porque sabíamos que também nesta noite iríamos comer novamente a comida asiática.

O dia terminou com a missa. Extremamente bonita. Com corais maravilhosos, como as das igrejas evangélicas estadunidenses. Pela primeira vez pude me dar conta da presença de Deus também na música.

Alex e o sonho capitalista

capitalismoAlex sempre se considerou um garoto comum, como todos da sua cidade, exclusa a sua imensa paixão por chocolate. Todo dia ele pedia para o seu pobre pai, mestre de obras de uma construção em bairro de bacana ou para sua mãe, empregada domestica de uma mansão que ficava do lado da tal obra, um trocado para comprar o “melecolate” seu doce preferido.

Nem sempre os pais de Alex tinham dinheiro para satisfazer a sua vontade. Às 8 horas de trabalho na construção não eram o bastante para sustentar a casa e suprir caprichos de uma criança em desenvolvimento. Assim, Alex cresceu e decidiu estudar Administração para ter a sua própria revenda de “melecolate”.

Com muito esforço e trabalho honesto o jovem “chocólatra” conseguiu. Construiu um belo galpão, bolou campanhas promocionais e rapidamente começou a lucrar com a venda de chocolates.

Porém, outras empresas de doce começavam a crescer na sua cidade, logo ele percebeu que, se quisesse sobreviver, teria que investir pesado na produção de “melecolate”.

Passou alguns meses separando uma boa parte do seu lucro para comprar máquinas novas e também aumentar a quantidade de matéria prima (que lhe daria um bom desconto).

Logo a empresa reconquistou o espaço que havia. As vendas aumentaram e com elas, o lucro. Contudo, na mesma medida em que o ganho aumentava, a necessidade de reinvesti-lo se tornava primordial para a sobrevivência no mercado de doces. Tudo pirou quando, num dia de verão, chegou do exterior uma grande multinacional de doces que colocou em xeque o negócio de Alex.

O jovem empreendedor se viu sem muita saída, a não ser buscar um financiamento que injetaria mais dinheiro na sua produção. Porém esse empréstimo incutiria juros que deveriam ser pagos no final da produção. Como fazer para lucrar ainda mais para pagar esses juros?

Alex passou dias pensando e decidiu aumentar a jornada de trabalho dos seus funcionários, demitir alguns e diminuir os benefícios de outros. Momentaneamente essa foi uma solução perfeita. O lucro aumentou suficientemente para pagar os juros dos empréstimos.

Porém, na segunda vez que os empréstimos foram necessários, os juros haviam aumentado. Novamente Alex pensou em demissões, abaixar salários e aumentar a jornada de trabalho.

Lá pela quarta vez, os trabalhadores já estavam trabalhando em regime escravocrata e assim surgiu outro grave problema: a renda principal em vendas do “melecolate” era sustentada pelos próprios funcionários, que compravam o doce para vender em seus bairros. Com a diminuição dos salários esse negócio se tornou impossível.

A queda nas vendas levou a empresa de Alex a uma profunda crise. Se quisesse crescer precisava investir, para investir teria que emprestar dos bancos, para pagar os juros dos empréstimos teria que lucrar mais e para lucrar mais teria que otimizar (palavra politicamente correta para explorar) sua mão de obra. Contudo, essa otimização tinha um limite claro, não poderia passar de 24 horas, pois assim o trabalho se tornaria escravidão e sem poder de compra, os funcionários não podiam consumir o que era produzido e assim, fazer a empresa sobreviver.

Nesse impasse Alex percebeu que a lógica do crescimento capitalista tinha um parafuso solto. Para sobreviver era preciso ampliar a produção, mas isso levava diretamente a sua empresa para sua própria morte.

Cansado de buscar soluções impossíveis Alex decidiu vender seu negócio e desde então, nunca mais comeu chocolate.

Sobre a história – Base nos conceitos do Capital, de Carl Marx

Nos primórdios do pensamento econômico moderno o dinheiro (papel moeda) transformou-se em capital. Essa transformação garantiu o funcionamento da lógica capitalista em que o capital industrial usava dos seus trabalhadores para produzir mercadorias, objetivando capital acrescido de lucro.

Com o desenvolvimento dessa lógica, surgiram as instituições financeiras que, por meio do acumulo do capital, passavam a emprestar dinheiro para as indústrias assegurarem o próprio crescimento e, no final do processo, captavam esse dinheiro por meio dos juros.

Mas de onde vêm os juros? E o Lucro? Para os marxistas é justamente do trabalho não pago, vulgo “Mais -Valia”. Por meio da exploração dos trabalhadores, que aumentavam suas horas de trabalho ou mesmo com a diminuição dos salários, demissões, o empregador conseguia, com a venda da mercadoria, aumentar sua margem de lucro e repassar os juros para as instituições financeiras.

Tanto o lucro quanto os juros não podem aumentar demais porque justamente são baseados numa economia real, no trabalho de seres humanos. Quanto maior os juros, maior precisa ser o lucro e conseqüentemente, maior a exploração. Porém a jornada de trabalho tem um limite que, se acaba se transformando em trabalho escravo, prejudica ainda mais um dos motores essenciais do Capitalismo: o consumo.

O ser humano por trás de uma condição

transgender

Todos os dias o supervisor da empresa de locação de automóveis Locamérica acorda para trabalhar. Morador da Penha, Zona Leste de São Paulo, o filho de baiana com paulista sustenta a casa desde os 14 anos e vive uma vida comum a tantos dos seus conterrâneos. Porém, Pedro Vaz Arantes faz parte de uma minoria crescente em uma das principais capitais do mundo: Pedro é homossexual.

Com 34 anos Pedro Vaz se considera “não completamente assumido”, pois prefere esconder sua condição no trabalho para impedir que o preconceito lhe tire sua única fonte de renda.

A descoberta da sua sexualidade ganhou seus primeiros esboços aos seis anos, quando ele afirma que surgiu um interesse particular por meninos, mas para ele é claro: “a gente não escolhe ser o que é”.

É difícil não ligar a condição sexual de alguém com os traumas e relações da infância. Em muitos casos a ausência da figura masculina é limítrofe entre uma masculinidade mais ou menos “resolvida”. Para Pedro isso não é verdade, mesmo sendo filho de uma relação em que sua mãe era amante de um homem casado, que nunca esteve próximo dele.

Porém esse processo de aceitação de si mesmo foi doloroso e cheio de conflitos. Namorando mulheres ou mesmo procurando a “salvação” por meio da igreja, Pedro não conseguiu encontrar respostas para suas diferenças particulares.

Cansado e angustiado, aos 21 anos, ele decidiu assumir para si que era gay. Alguns anos depois a mãe descobriu. “Até hoje ela suporta, mas não aceita”. Pedro Vaz explica que existem graus de homossexualidade e isso é completamente compreensível quando nos deparamos com um gay como ele. Alegre, sereno, bem resolvido, sem medo de expor suas idéias, de sonhar, mas “se pudesse escolher, não seria homossexual”.

Namorou por sete anos um seu xará, com quem estabeleceu um relacionamento difícil, ciumento, mas que lhe trouxe uma grande maturidade. “Minha mãe não acreditava no amor entre dois homens, mas se esse sentimento é possível entre um homem e uma mulher, como é concebível que ele não exista entre eu e meu namorado?”

Agora, com seu segundo namorado (também xará), sonha em ter uma vida juntos. “Eu, o Pedro e dois cachorros”. No futuro, quando a condição do homossexual for mais aceita na sociedade, almeja adotar um filho.

Com os heteros a relação é de muito respeito. Raquel e Renato são como um portal em que o homossexual encontra a possibilidade de construir um relacionamento de igual para igual. “Com eles sou visto como ser humano”.

Clodovil, Ney Matogrosso são dois exemplos de homossexuais que buscaram reconhecimento no que fazem e não no gênero sexual. Acreditando em Deus, Pedro busca força para lidar com sua condição.

O mais incrível em Pedro Vaz Arantes não é sua história, mas o como ela morre em sua aparência quase incoerente. Não tem voz, não tem trejeitos, nada daquilo que o nosso imaginário preconceituoso constrói em torno do homossexual. Pedro poderia muito bem ser aquele colega de trabalho tímido, ou companheiro da universidade, poderia ser você, ou mesmo eu.

Conhecê-lo nos faz ver a pessoa que existe por trás de uma condição. Evidencia os nossos limites e a incapacidade de ir além da cor, raça, cultura dos nossos semelhantes. Ah! E sobre cotas. Pedro é negro, mas contra. “Cotas nesse país deveriam ser dadas aos pobres”.

29 dias no país do Tsunami – Parte 9: Bendita Tiger

TIGER - Cerveja de Singapura

TIGER – Cerveja de Singapura

É incrível o quanto, em situações difíceis, temos a capacidade de construir soluções rápidas e criativas. Percebi isso naquele bem (mal) dito jantar.

Depois de um dia comendo Chinese Food meu estomago já estava completamente revoltado comigo. Comida apimentada, moluscos estranhos e muita, muita gordura, sem sequer ter feito 30 minutos de caminhada ou outro tipo de atividade física.

Mas, o deságio gerado no almoço com o nosso acompanhante me fez entender que ali teria que me sacrificar de alguma maneira, precisa comer aquela última vez.

Resolvi conversar com Ago para pedir uma Luz e entender o que fazer, mas ele me deixou claro que era eu é que tinha que me resolver, conversando com o nativo ou comendo.

Durante o caminho não sabia o que fazer… o desespero foi tomando conta de mim e chegou ao ápice assim que sentamos e dei uma olhada no cardápio. Rã, gafanhoto e outras especiarias estavam no Menu, além dos outros pratos já degustados durante o dia.

Levantei para ver como preparavam e percebi que havia cometido mais um grande erro. Nossa comida estava toda VIVA em aquários, se escolhia e logo depois vinha o prato com a comida.

Porém, enquanto escolhia a minha bebida, já de estomago embrulhado, percebi uma bebida com o nome Tiger e perguntei se era cerveja.

Beleza!! (pensei). Tinha encontrado uma saída. Pedi logo duas… depois mais duas… bebi, bebi e fui vendo tudo girar, quando perdi a noção de onde estava escolhi a comida…

E comi…. como nunca antes.. de tudo… rã, gafanhoto, moluscos, peixes… sem pensar.

A noite, quando cheguei em casa estava feliz… todos um pouco impressionados pelo tanto que comi.

Grande TIGER!!! Fui salvo pela embriaguez. (Se minha mãe souber disso eu to frito..hehhe)

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