O frenesis da vida pós moderna gera um sentimento de insatisfação, principal vetor da transmissão da doença depressão. Em meio a crise econômica, inicia uma crise de valores que serve como estopim para conflitos bélicos, que começam do Sri Lanka às favelas do Rio.
O mundo vai acabar (?)
Enquanto isso perco tempo preocupando-me com o que comer no almoço e se vou de pólo ou com algo que cubra bem o pescoço. Já faz frio na cidade da garoa e enquanto o mundo padece, eu continuo curtindo a vida à toa.
E não fruto de uma possível demência, na verdade é por que em meio ao caos que aos poucos se instala, vou percebendo minha grande impotência.
Quem espera sempre alcança diz um outro devaneio de gente que não luta e se apóia na própria esperança. Eu, em vez disso, procuro viver, mesmo sem saber para onde ir, sem ter por que merecer.
Mas o que quer que eu faça, a crise das especulações vai afundando um mundo numa grande maré de desgraça. O que quer que eu faça, vou ter que suportar esse mar de ressaca.
As vezes acho que a crise só pode ser resolvida de dentro para fora e aí dá vontade de pedir para toda criança que conheço, sair da escola.
Afinal de contas a gente aprende sempre bem a lidar com o nosso egoísmo, nosso direito ao individualismo. Mas toda a falta de juízo, fraternidade, de valores, vai levando todo o povo a pagar as dívidas de um mundo que arca com um baita prejuízo.