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29 dias no país do Tsunami – Parte 2: Como fui parar da outra parte do mundo

Pontyanus Gea ou Ponty, meu irmão indonésio

Pontyanus Gea ou Ponty, meu irmão indonésio

Como eu fui parar lá do outro lado do mundo?
Inúmeras vezes eu tive que responder essa pergunta.

A explicação talvez esteja até antes de eu nascer, pois é fruto de uma caminhada que se originou no casamento dos meus pais, em que o Movimento dos Focolares foi decisivo para que eles se encontrassem.

Nascido na Itália em 1943, o Movimento dos Focolares é hoje um dos carismas mais respeitados e conhecidos no mundo religioso. Presente em todos os países, de todos os continentes, a espiritualidade da unidade nasceu do desejo da então jovem Chiara Lubich que, em meio a Segunda Guerra Mundial, questionou-se a respeito da possibilidade de um ideal que as bombas não são capazes de destruir. Percebeu que só Deus, que é amor, permanece diante de tantas dores e perdas.

Com o passar dos últimos 60 anos, o Focolares se desenvolveu no mundo. Atualmente, pessoas das mais diferentes religiões, credos ou mesmo aquelas que não tem um referencial religioso, estão ligados direta ou indiretamente a essa espiritualidade.

Talvez seja importante mencionar que o Movimento nasceu dentro do catolicismo, que tem influência direta nas suas bases, mas que tem no diálogo sua principal referência, sendo assim conhecido como “Ideal da Unidade”.

Enfim, foi em um dos muitos encontros que os Focolares realizam que meus pais se conheceram, casaram e (depois) eu nasci. Por isso fui fazer uma escola de convivência com pessoas de todo o mundo na Suíça e, por fim, acabei sendo convidado para estar alguns meses no Centro Mundial do Movimento dos Focolares, na região dos Castelos Romanos – Itália.

Lá, surgiu a possibilidade de ir com um grupo de jovens passar um mês na Indonésia, para ajudar concretamente as vítimas do Tsunami. Claro que eu aceitei sem pestanejar.

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Pedalando nas grandes metrópoles – Revista Cidade Nova – abril de 2009

Pedalando nas grandes metrópoles – PDF DA MATÉRIA: CLIQUE AQUI

Por Valter Hugo Muniz

Quero comprar uma bicicleta! O que você recomenda? – pergunta Guilherme, assim que chego à empresa, empurrando minha mais valorizada aquisição. Aquela simples pergunta abriu espaço para horas de conversa e outras tantas de pesquisa nos diversos sites da internet procurando uma bicicleta que se adaptasse às exigências do meu colega de trabalho, que há tempos busca maneiras de fugir do sedentarismo que sufoca a maioria dos habitantes das metrópoles.

Nos últimos anos, vem crescendo de maneira acentuada o número dos adeptos dos esportes de rua, promovidos por grandes empresas esportivas, prefeituras, ONGs e associações esportivas. Dentro desse espaço de democratização do esporte, o ciclismo torna-se cada vez mais parte do cotidiano dos cidadãos dos centros urbanos. Boas bicicletas que custavam caro há poucos anos agora podem ser adquiridas por preços populares, fazendo com que a presença de ciclistas, em meio ao intenso tráfego das grandes cidades, seja uma cena cada vez mais comum.

O professor de Educação Física da Universidade Católica do Sudoeste do Paraná (Unics), Aluísio Menin Mendes, especialista em “Saúde e Qualidade de Vida”, ressalta que os benefícios de andar de bicicleta são muitos. “Além dos benefícios físicos – melhora da força e da resistência muscular -, fisiológicos – melhor eficiência cardiopulmonar e imunológica -, mentais e psíquicos, pedalar também ajuda no desenvolvimento social do praticante com a melhora do humor, cria a possibilidade de extravasar o stress e contribui ainda para ver a própria cidade com outros olhos”, explica o professor.

MELHORAR A CIDADE

Além dos ciclistas preocupados com os benefícios desse esporte para a própria saúde, também cresce muito o número de pessoas que fazem da bicicleta seu único meio de transporte. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), 50 % das bicicletas vendidas no país já são usadas como meio de transporte e o Brasil é o terceiro maior polo de produção de bicicletas no mundo.

“Estou procurando uma maneira de começar a ir trabalhar de bicicleta”, explica o ciclista Tarcísio Canara, 44, praticante do esporte há dois anos, ressaltando que o único impedimento é a falta de infraestrutura, como vestiários e chuveiros, na empresa onde trabalha.

A opção pela bicicleta como meio de transporte no lugar do carro, principalmente em percursos curtos, está se tornando um estímulo para a melhoria do asfalto nas ruas e para combater os problemas ambientais das grandes cidades.

Em Aracaju, foi implantado um Projeto Cicloviário, considerado referência mundial. Além dos 50 km de ciclovia construídos a partir de 2001 (em toda a cidade de São Paulo são somente 23,5 km), entre as próximas metas da prefeitura estão a duplicação da extensão das pistas para ciclistas, a melhoria da urbanização e a arborização das ciclovias para tornar o deslocamento mais agradável e seguro. Além disso, a prefeitura de Aracaju prevê a construção de bicicletários associados aos terminais integrados de ônibus e a busca de fontes de financiamento para investir cada vez mais nessa modalidade ambientalmente sustentável.

“Outro objetivo a longo prazo é iniciar uma campanha para sensibilizar os empresários da necessidade de se construírem instalações sanitárias adequadas para quem vai ao trabalho de bicicleta”, informou Edvaldo Nogueira, prefeito da capital sergipana, durante a Conferência Internacional de Mobilidade por Bicicleta, realizada no final de 2008 em Brasília.

ENCONTRANDO-SE ENTRE PEDALADAS

No dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo – conhecida também pelo trânsito caótico e estressante – aconteceu a primeira edição do “Bike Tour” no continente americano. Esse evento que teve início na capital portuguesa, Lisboa, levou cerca de 5.000 paulistanos a um passeio de 10 km pelas ruas da capital.

Eventos como esse têm feito do simples andar de bicicleta em grupo uma nova ponte na construção de relacionamentos. Com efeito, a partir deles, surgiram diversos grupos de adeptos do ciclismo que se encontram regularmente para pedalar pela cidade. Os grupos mais comuns de ciclistas urbanos se reúnem à noite em horários, pontos de encontro e roteiros variados.

“Eu uso minha bicicleta nos fins de semana e pela primeira vez participo de um evento assim, mas gosto muito dessa ideia de sair do meu bairro, do meu ambiente, para conhecer pessoas novas, poder interagir com outros ciclistas”, conta o metalúrgico Marcelo Miranda, 36, que participou do passeio organizado pelo grupo Sampa Bikers, também no aniversário de São Paulo. O “Sampa Bikers”, grupo com mais de 15 anos, nasceu da vontade de vários amigos ciclistas, que decidiram se reunir uma vez por mês, para pedalar por trilhas e estradas próximas da capital. Organizando diversos eventos, “a cada semana, o grupo recebe de cinco a dez novos participantes”, diz Paulo de Tarso, diretor do grupo.

Fazer amigos é sim um bom motivo para começar a andar de bicicleta, mas não é o único incentivo dos adeptos da ação “Pedalando com Cristo”, realizada em Sapiranga, cidade de 74 mil habitantes, próxima a Porto Alegre (RS). A atividade promovida pela Igreja Católica faz parte de um conjunto de iniciativas do Dia do Trabalho.

Já na cidade de Santos, litoral paulista, a Associação dos Ciclistas de Santos e Região da Costa da Mata Atlântica (Ciclosan Metropolitana) vem realizando diversas ações para incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte. Também em Fortaleza-CE, Pelotas-RS, no Triângulo Mineiro e em outras pequenas ou grandes cidades do Brasil, o ciclismo está conquistando cada vez mais adeptos.

FALTA DE SEGURANÇA

Na primeira quinzena de 2009, faleceu em São Paulo, a ciclista Márcia Regina de Andrade Prado, 40, atropelada por um ônibus enquanto pedalava na Av. Paulista. Participante do grupo “Bicicletada”, Márcia havia assinado o “Manifesto dos Invisíveis”, documento elaborado pelos ciclistas que “clamam por respeito à vida” dos adeptos do ciclismo.

Adotada como alternativa para amenizar o trânsito em várias cidades do mundo, a bicicleta é considerada apenas como um item de lazer em muitas capitais do país. O desrespeito no trânsito e a violência fazem do pedalar uma atividade arriscada para quem está começando. “Ainda é perigoso demais pedalar pelas grandes avenidas da cidade, mas aos poucos acredito que os motoristas começarão a respeitar mais os ciclistas, principalmente quando começarem também eles a optar por esse meio de transporte”, conclui Taís Alves, 35, ciclista há 8 anos.

Provocação 17 – Natalia Zen

Editorial – Provocação 17 – Natalia Zen:

Nat Zen não é uma garota qualquer. Excessivamente sensível, segue bem o esteriótipo do jornalista. Vive sempre em crise!

Conheci-a por conta do Movimento dos Focolares e com ela pude sempre pensar no que estou fazendo para a sociedade como jornalista.

Com algumas perguntas simples, me dei conta de que um abraço pode sim ser um “primeiro passo” para que tanto as relações, quanto a comunicação se estabeleça.

Esse Provoc@ç@o tem dois convites: LER E ABRAÇAR QUEM ESTIVER PRÓXIMO.

abraço

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Para download: http://www.4shared.com/file/99050583/44d64aa4/Provocao_17.html

29 dias no país do Tsunami – Parte 1: Mergulho na dor que frutifica

Bandeira da indonésia

Bandeira da indonésia

Você sabia que a Indonésia é o país mais mulçumano do mundo?Sabia que também reúne o maior conjunto de ilhas do planeta?

E que lá as mãos são usadas tanto para comer como para limpar o traseiro?

Pois é, eu também não sabia nada disso até passar um ano ao lado de um verdadeiro indonésio nascido na bela ilha de Nias e morador de Medan, capital da grande Sumatra.

Durante aquela experiência vivida em Montet (Broye), pequena cidade do cantão de Friburgo no sudoeste suíço, pude entender um pouco da cultura do arquipélago asiático.

Depois de ficar bravo com as raras vezes em que meu amigo Ponty dava descarga após um “número 2”, saborear as misturas de tempero na preparação de carnes (fico feliz de nunca ter perguntado o que ele colocava na comida) e entender seu sofrimento com o frio do país europeu, me senti de certa forma “batizado” para visitar aquele país tão diverso culturalmente do meu.

Comer com a mão não é nem um pouco nojento ou constrangedor, como qualquer um pode imaginar. Diante de cada prato está um pequeno pote com água para lavar os dedos antes de se servir. Porém, quando soube que as fezes também são limpas com uma das mãos (A ESQUERDA), senti um certo deságio, para mim bem normal.

Com Ponty entendi que os indonésios pertencem a um povo alegre como o meu… sofrido e pobre como o meu… explorado historicamente como o meu. Mas, claro, nunca imaginava que um dia pisaria em seu país. A Indonésia está a 15.414 km de distancia do Brasil, mas culturalmente essa distância física é muito amplificada.

Um beijo transformador

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Parecia mais um beijo como todos os outros.
Foram quarenta dias esperando encontrá-Lo, prostrado diante de mim, mas o momento tão aguardado chegou.

Passei a última semana pensando no que o beijá-Lo me traria de novo. O que estava pronto para assumir, mudar internamente por meio Dele.
Quantas culpas, quantas desavenças, incertezas e uma grande dúvida: é possível continuar caminhando da mesma forma?

Depois daquele beijo muitas compreensões e a consciência de que tudo mudara. Toda a vida edificada tomava novos rumos, era preciso reescolhê-Lo por caminhos inéditos, pois tudo o que servia antes, já não era aplicável às novas realidades.

A única certeza é que a essência não pode mudar. Preciso continuar acreditando que existe um mistério sem respostas racionais “entendíveis” somente pela Fé.

Ah! Se todos os beijos tivessem o mesmo poder e talvez não tenham, porque um gesto tão afetuoso nem sempre incorpora todas as dificuldades, dores e mortificações para que ele seja possível.

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