Como eu fui parar lá do outro lado do mundo?
Inúmeras vezes eu tive que responder essa pergunta.
A explicação talvez esteja até antes de eu nascer, pois é fruto de uma caminhada que se originou no casamento dos meus pais, em que o Movimento dos Focolares foi decisivo para que eles se encontrassem.
Nascido na Itália em 1943, o Movimento dos Focolares é hoje um dos carismas mais respeitados e conhecidos no mundo religioso. Presente em todos os países, de todos os continentes, a espiritualidade da unidade nasceu do desejo da então jovem Chiara Lubich que, em meio a Segunda Guerra Mundial, questionou-se a respeito da possibilidade de um ideal que as bombas não são capazes de destruir. Percebeu que só Deus, que é amor, permanece diante de tantas dores e perdas.
Com o passar dos últimos 60 anos, o Focolares se desenvolveu no mundo. Atualmente, pessoas das mais diferentes religiões, credos ou mesmo aquelas que não tem um referencial religioso, estão ligados direta ou indiretamente a essa espiritualidade.
Talvez seja importante mencionar que o Movimento nasceu dentro do catolicismo, que tem influência direta nas suas bases, mas que tem no diálogo sua principal referência, sendo assim conhecido como “Ideal da Unidade”.
Enfim, foi em um dos muitos encontros que os Focolares realizam que meus pais se conheceram, casaram e (depois) eu nasci. Por isso fui fazer uma escola de convivência com pessoas de todo o mundo na Suíça e, por fim, acabei sendo convidado para estar alguns meses no Centro Mundial do Movimento dos Focolares, na região dos Castelos Romanos – Itália.
Lá, surgiu a possibilidade de ir com um grupo de jovens passar um mês na Indonésia, para ajudar concretamente as vítimas do Tsunami. Claro que eu aceitei sem pestanejar.
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