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Amigos, pais, irmãs, familiares

Há 10 anos escrevo anualmente um resumo de tudo o que vivi em cada ano e há três o meu testamento espiritual, para expressar o como me sinto e o que gostaria de dizer se a minha caminhada nesse mundo se encerrasse no ano em que escrevi. O último dia do ano e o dia do meu aniversário foram os dias que escolhi, respectivamente, para escrever esses dois aspectos importantes da minha vida.

Assim, me encontro aqui, novamente, a escrever o como me sinto, depois de tantas experiências, tantos relacionamentos, perdas, recomeços e alegria, muita alegria!

Passados quase 4 anos da minha aventura em “outras terras”, de grandes descobertas, de muito aprendizado, entendi o quanto é importante salvarmos os relacionamentos. A grande descoberta de 2009 tem sido o quanto a nossa capacidade de dialogar é restrita, o quanto estamos sujeitos às nossas vontades e acabamos não nos preocupando com a felicidade das pessoas próximas que encontramos ou convivemos diariamente.

A minha descoberta da felicidade está diretamente relacionada a minha capacidade de me doar e desta doação, contemplar a felicidade de quem a recebe. Essa é a Felicidade (com F maiúsculo). Descobrir que estamos aqui para deixarmos algo, não só os genes, mas a nossa pincelada nessa imensa tela que está sendo pintada há séculos.

Algumas pessoas se permitem e descobrem que podem dar mais que um simples toque no pincel. Einstein, Francisco de Assis, Galileu Galilei, Darwin, são alguns exemplos concretos de gente que deu um colorido diferente na Grande Tela, quando passaram por aqui.

Dessa forma, o outro é sempre meu ponto de referência. É o quanto faço feliz quem passa ao meu lado que alicerça a minha felicidade. E paradoxalmente, quanto mais me dôo, mais me reconheço único. Mais percebo que tenho o MEU jeito de ver o mundo, as coisas e as pessoas e que, se não manifesto, perco a chance de tornar a tela mais completa.

Não tenho muitos bens para deixar, mas gostaria muito de que eles fossem todos doados, que nada ficasse em casa, com meus familiares. Também os órgãos, se eu pudesse doá-los, os doaria com muita felicidade.

Mas o que mais deixo são pensamentos e a certeza de que tudo parte dos relacionamentos, do interesse por quem está a nossa volta, até mesmo quem nos desagrada. Vale à pena correr atrás das pessoas, perder tempo com elas. È isso que me faz feliz.

Por fim agradeço… meus pais, irmãs e namorada em primeiro lugar, pois são os que mais sofrem com o meu processo de entendimento e crescimento… minha intolerância, fome e impaciência. Foram as pessoas que mais me amaram, mas que eu nem sempre pude responder à altura.

Depois aos meus amigos… de perto, de longe, do trabalho, da faculdade, do Movimento, pessoas que me ajudaram muito, que eu pude construir relacionamentos profundos. E como valeu sempre à pena!

Um agradecimento especial, neste ultimo ano, aos meus afilhados: Bruno, Elaine, Mariana, Éder, Aline, Renato, Lylian e Rafa. Elígia, Maíra, Victor, Nath, Lucas, Laura, Faro e Aldo. Fer, Cris, Ka, Aline, Anna. P.Ricado, Alexandre, Mucheroni, Brasil, Rafinha’s, Gustavones, Heraldo, Fausto, P.A., Daniboy. Bia, Mili. Flávia, Miguel, Frans, Aure, Sasha, Elisa, Emanuel, Ago, Iride. Gabrão, Guila, Sara, César, Kiliano, Timóteo, Alonso, Nilson, William e tantas e tantas outras pessoas.

Fiz questão de nomear estas por estarem mais presentes no último ano e terem me ajudado nas descobertas humanas, profissionais e espirituais, mas sei que elas só representam, cada um, um aspecto especifico da minha vida.

Por fim, Deus! O sentido, o objetivo a finalidade! Sem Ele, nada seria possível. Não estaria aqui respirando, já teria guardado o pincel.