Não vou ficar aqui justificando a enorme superioridade do meu time (Palmeiras) em relação ao Corinthians, porque seria quase cair no óbvio, mas estou aqui para falar de alguém que realmente nasceu para brilhar.
O tal Ronaldo não pode (e nem deve) ser caracterizado como exemplo. Sim, a perseverança é sua maior virtude, o amor por aquilo que faz, encontra semelhanças com o sofrido cidadão tupiniquim, mas por tantas atitudes de alguém que peca no quesito “caráter”, não gosto de ver o homem Ronaldo como mito para um povo tão especial como o brasileiro.
Aqui se deve só falar do jogador. Do craque, que mesmo muito acima do peso, é capaz de fazer aquilo que poucos conseguiriam. Porém… endeusá-lo não faz bem. Senti um pouco de medo ao ouvir do “Fenômeno” que ele atinge quase a perfeição. Isso não é verdade.
Ronaldo é um ídolo… também meu. Mas, é também um produto de marketing que vem contagiando a sociedade brasileira (e enchendo os cofres do Corinthians de dinheiro, fruto da arrecadação de cotas de patrocínios e do preço alto dos ingressos).
A camisa do Corinthians no “derby” foi o exemplo claro dessa massificação. Parecia um outdoor ambulante e me perguntei porque em jogos menores a camisa do time da marginal praticamente não usa nenhuma publicidade.
Minha amiga palmeirense diz sempre: “O Ronaldo é maior que o Corinthians”. Eu concordo. Todos amamos o Fenômeno, como também o goleiro Marcos, o Robinho, jogadores que fizeram história por suas conquistas.
Agora dizer que ele tem inteligência acima da média, transformá-lo em exemplo para os brasileiros e considerá-lo o melhor jogador do país em atividade, me parece exagero.
Futebol é resultado. Se ele jogar bem sempre… se fizer muitos gols e o Corinthians conquistar títulos com a sua ajuda, poderemos nos render à ele, mas, por enquanto, é necessário se dar conta de quem ele foi e de quem é agora.
De qualquer forma, para quem gosta de futebol, é impossível não se alegrar com um talento desses em campo. Viva o pão e circo moderno!