Month: March 2009 Page 1 of 5

O porquê te amo

bumerangue1

No amor me reencontro
Parafrasear versos, que transforma poesia em conto
Na alegria te espero
E vejo que o afeto cresce com tanto esmero

Amo-te não só porque faz bem
Porque “amor por amar” quase todo mundo tem
Espero-te não porque penso em me reprimir
Mas porque o amor exige dimensão capaz de lhe suprir

E sim.. amar é uma empresa exigente
Porque a gente ama quase sempre pensando na gente
Mas quando percebe que o amor é como um bumerangue
Lança-se sem esperar sequer um instante

Por isso quero que ela se sinta bem comigo

Porque muito mais que um namorado
Quero que ela me veja como um querido amigo

Erro sempre

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Erro enquanto vivo distraído
Erro e continuo correndo perigo
Erro, mas recomeço a cada instante
Erro e procuro não perder as novas chances

Do meu erro, aprendo que é melhor esperar
Se quiser ser feliz, é melhor saber quando é bom parar
Deste meu erro redescubro a importância de crescer
Erro e procuro não deixar o Mal me vencer

Ah! Mas se em vez de “homem-pecado” fosse santo
Não poderia justificar o meu mais banal pranto
Por isso meu erro quase sempre é Luz
Por isso é dele que surge a estrada que me conduz

Mesmo assim, peço ajuda celeste para não errar
Escrevo poesia e canto para o Céu alcançar
Deste meu erro redescubro a importância de vencer
Erro e procuro não deixar o Mal em mim crescer

Provocação 14 – Futebol é coisa de mulher

Editorial:

Essa edição do Provoc@ç@o nada mais é que uma homenagem singela as jogadoras de futebol feminino, por tudo aquilo que elas mostraram em 2007. Pela garra, força, perseverança e coragem…
Não vou dizer muito, mas vê-las jogar, me deixou a forte impressão de que realmente é possível jogar um futebol bonito e alegre, sem as exacerbações publicitárias, mas com um mínimo de incentivo.
Fica aqui também a minha homenagem às mulheres brasileiras, especialmente àquelas que posso disfrutar da companhia.

Grande Abraço

V@lter Hugo Muniz

PS: Texto sobre a vitória feminina nos Jogos Panamericanos (http://vartzlife.wordpress.com/2007/07/26/rainhas-do-futebol/ )

provocacao-14
Para download: http://www.4shared.com/file/94912175/347505c1/Provocao_14.html

Não saia da estrada de tijolos amarelos

tijolo-amarelo

Penso no quanto é fácil exigir a parcela de responsabilidade para sucessos “a dois” de quem está ao meu lado. É sempre fácil exigir… Difícil mesmo é assumir a responsabilidade pela felicidade do outro, abrindo mão dos desejos individuais… isso sim é um verdadeiro desafio.

Há muito tempo venho me dando conta de que a vida é um esboço de desenho feito a lápis por Alguém que sabe como o desenho pode ficar bonito, mas deixa a gente contorná-lo a caneta, pintar com as cores que escolhermos, fazer tudo ao nosso gosto.

Porém esse tal Deus, também chamado de Mestre, é aquele que nos ensina a entender a realidade de um jeito harmônico, combinações de cores que fazem do desenho uma obra de arte.

Entende isso me ajudou a enxergar melhor as situações, analisá-las de maneira específica e saber que, em cada uma delas, posso escolher pintar, borrar ou deixar do jeito que está.

São duas bifurcações ou mesmo ficar parado diante do caminho que nos leva à felicidade.

Mas, como no Mágico de Oz, para chegar rapidamente ao nosso objetivo, é importante não sair da estrada de tijolos amarelos. É preciso pintar com as cores que Deus escolhe cada parte do desenho. Mas como saber qual é a combinação de uma parte?

Encontramos as respostas em nós e em quem está ao nosso lado. Existe uma consciência individual e coletiva que nos ajuda a entender como agir nas mais diversas ocasiões, mas é importante aprendermos a olhar para dentro de nós.

Um caso:

Durante a guerra dois feridos agonizam precisando de Morfina para sobreviver. O médico sabe que, por lei, cada soldado tem direito a uma dose do remédio, mas a situação é complexa: um deles conseguiria sobreviver sem nenhuma dose, mas agonizaria de dor por muito tempo e o outro só sobreviveria se recebesse duas doses da Morfina. Assim, o que o médico faz? Segue a lei ou sua consciência, sabendo que poderá sofrer represálias pela sua decisão?

Diante dessas situações é a nossa consciência e o amor ao outro que nos ajuda escolher o caminho correto na bifurcação, para chegar ao objetivo mais rapidamente.

Não sei o quanto usamos da nossa consciência para resolver problemas, se simplesmente vivemos, naturalizando os paradoxos da humanidade, como a miséria, a ineficácia das respostas, a depressão. Omitir-se diante disso é o pecado que, entre outras coisas, torna o suicídio uma doença social.

Eu, ciclista urbano

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As 7hs da manhã acordo e pego a bicicleta para participar de um dos muitos passeios ciclísticos organizados no dia de comemoração dos 455 da cidade de São Paulo. Este, especificamente, que decidi participar, foi organizado pelo grupo de ciclistas “Sampa Bikers”.

Ao ver a multidão que se formava, comecei a pensar o que faziam cerca de 200 paulistanos acordarem tão cedo no domingo, para simplesmente pedalar pela cidade.

Enquanto caminho em direção a “largada” do passeio, encontro um jovem e um senhor, provavelmente pai e filho, que logo se apresentam com o sorriso estampado nos rostos. Casais, grupo de amigos, gente de todo tipo, se reunia ali para participar do evento.

Depois das instruções de segurança partimos em direção ao centro velho de São Paulo. Pedalando com aquele grupo imenso, me sentia parte de uma grande instalação artística, que se contrasta com o ambiente acinzentado da cidade. Os motoristas de carro buzinavam, as pessoas nas ruas olhavam interessadas.

No caminho, os relacionamentos iam sendo construídos ao longo das pedaladas. Uma brincadeira, uma piada, um comentário, se transformavam em brechas para longas conversas a respeito do cotidiano dos ciclistas urbanos.

“Bicicleta paga um real! Um real!”, gritava divertido um senhor na entrada de um dos muitos estacionamentos pagos do centro da cidade!

Próximo a Estação da Luz encontramos um grupo grande de pessoas que se dirigiam a um dos shows organizados pela prefeitura. Muitos gritam, batem palmas, admiradas, e nós retribuímos com sorrisos, acenos, um simples agradecimento a toda aquela demonstração de carinho.

Depois de percorrermos quase 10 kms entre as ruas do Centro paulistano, nos encontramos com um outro grande grupo nas escadas do Teatro Municipal, ainda no Centro. Ali muitos se abraçam, tiram fotos, a alegria faz os dois grupos se misturarem ao ponto de eu quase não saber qual era o meu.

Porém ali decido encerrar meu passeio. Despeço-me das pessoas que conheci contente pelos novos relacionamentos construídos e por poder ver a minha cidade por outra perspectiva, pedalando em minha bicicleta.

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