Cada vez mais as pessoas têm dificuldades de perceber os detalhes.
Passa-se rapidamente pelos lugares, de carro, avião e perde-se a oportunidade de entender as distâncias, sentir toda a atmosfera que existe no caminho, na viagem.
É assim também com a gente.
Não nos importamos mais em entender o outro, mas exigimos comportamentos semelhantes aos nossos.
Não procuramos sair de nós mesmos, mas queremos que todos nos amem e nos entendam da nossa maneira.
É… mas talvez o pior dos males é justamente instrumentalizar os relacionamentos.
Usar da cumplicidade de quem está ao nosso lado, para atacar, machucar, nos nossos momentos de fraqueza.
Esse menosprezo em relação à essência do individuo produz chagas profundas e constrói muros que separam e distanciam pessoas.
Aquilo que se constrói junto, aquilo que se confidencia, se compartilha, deve morrer dentro de cada um, como estimulo a um amor e uma compreensão mais concreta, mais sã, mais consciente.
Expor as fraquezas e limites do outro é cutucar uma ferida mal cicatrizada, é produzir conflitos difíceis de serem resolvidos e sentimentos difíceis de perdoar.
Por isso, o outro é responsabilidade minha! E aquilo que construo de profundo com cada um é meu!