Month: January 2009 Page 1 of 5

Provocação 8 – Bruna Ribeiro

Provocação 8 – Bruna Ribeiro Editorial:

O CORPO

é a casa dos nossos

pensamentos dos nossos

sentimentos O corpo é o primei

ro movimento da mente onde tudo

que está junto é uma coisa

só SÓ o corpo é

capaz de dizer

sem as palavras quem somos de onde

viemos e porque não para onde vamos O cor

po é o casulo é o absoluto assustador é o manifesto

da dor. A DOR de crescer de alooooongar de manifestar é praticamente a dor de VIVER

Por isso que eu danço eu danço

e não me canso

porque quem

se cansa tem

medo ou vergonha

de gritar com o cor a arte de sapatear

po o que está enta é a arte de gritar a

lado na garganta nossa subjetividade

Sorriso bonito, carinhosa e decidida.
Certamente conhecemos muitas pessoas com essas qualidades e podemos assim, desfrutar com alegria da companhia delas.
A Bruna trabalha comigo na Análise Editorial, editora do centro da minha cidade natal, São Paulo.
Conversando em uma das nossas prazerosas conversas, descobri que estava ao lado de uma artista, apaixonada pela dança e um pouco arrependimento por não poder mais fazer aquilo que ela tanto ama.
Assim, convidei-a para escrever no Provoc@Ç@o com o objetivo de apresentar a dança de um modo diferente daquilo que estamos acostumados. Como um meio de aproximar e de conhecer realmente o Outro.
Admito que a música e a dança são coisas que aprecio muito e saber de quem entende me pareceu muito melhor.

Escrevam comentado!!

Grande abraço

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Falsa cumplicidade

amizadeCada vez mais as pessoas têm dificuldades de perceber os detalhes.
Passa-se rapidamente pelos lugares, de carro, avião e perde-se a oportunidade de entender as distâncias, sentir toda a atmosfera que existe no caminho, na viagem.

É assim também com a gente.
Não nos importamos mais em entender o outro, mas exigimos comportamentos semelhantes aos nossos.

Não procuramos sair de nós mesmos, mas queremos que todos nos amem e nos entendam da nossa maneira.

É…  mas talvez o pior dos males  é justamente instrumentalizar os relacionamentos.

Usar da cumplicidade de quem está ao nosso lado, para atacar, machucar, nos nossos momentos de fraqueza.

Esse menosprezo em relação à essência do individuo produz chagas profundas e constrói muros que separam e distanciam pessoas.

Aquilo que se constrói junto, aquilo que se confidencia, se compartilha, deve morrer dentro de cada um, como estimulo a um amor e uma compreensão mais concreta, mais sã, mais consciente.

Expor as fraquezas e limites do outro é cutucar uma ferida mal cicatrizada, é produzir conflitos difíceis de serem resolvidos e sentimentos difíceis de perdoar.

Por isso, o outro é responsabilidade minha! E aquilo que construo de profundo com cada um é meu!

Provocação 7 – Lubundi Tshibamba Bertin

Provocação 7 – Lubundi Tshibamba Bertin – EDITORIAL:

Bertin é um africano com raízes profundas em seu maravilhoso continente.

O sorriso, a forma como dança e canta, expressa uma cultura tão próxima e ao mesmo tempo tão distante.

Conheço o Lubundi por via dos Movimentos dos Focolares do qual participo desde que nasci. Ele é um “herói” que deixou sua pátria, sua família, seu “mundo”, para viver por um mundo melhor, mais justo.

O mais interessante do Bertin é o modo como ele soube se “inculturar” sem perder suas origens. Corithiano (ninguém é perfeito), fã de música e uma alegria contagiante. Foi através dele e de outros africanos conhecidos nos últimos anos que despertou em mim uma paixão pela África, um continente misterioso e desconhecido no Ocidente. Convivendo com eles entendi o quanto somos TODOS africanos, o quanto essa humanidade, simplicidade e alegria faz parte daquilo de mais profundo que existe em cada um de nós.

Convidei Lubundi Tshibamba Bertin, para apresentar no PROVOC@Ç@O, uma África desconhecida, vista de um verdadeiro africano e assim, quem sabe, passemos a desenvolver uma nova chave de leitura toda vez que absorvermos qualquer tipo de informação sobre o dito “continente da AIDS”.

Grande abraço,
V@lter (http://vartzlife.blog.com )

AVISO!!!!!!

O Provoc@ç@o é um jornal laboratório quinzenal criado para disseminar o diálogo e o intercâmbio de idéias, culturas e afins.

Desde o ano passado foram convidadas pessoas de diferentes meios de atuação para contribuir com alguma idéia, poesia, pensamento, a fim de gerar uma reflexão sobre o mundo e a nossa relação com o mesmo, tendo como proposta principal apresentar um novo modo de ver a vida, pessoas e acontecimentos.

Todos aqueles que recebem o Provoc@ç@o são convidados a escrever algo: poesia, artigo, crônica e outros, para impulsionar essa reflexão. Essa é a estrutura básica do jornal: Uma reflexão, uma sugestão de filme, outra de site e uma apresentação de quem escreve.

A partir de agora estamos fazendo um cadastramento de todos os que recebem o jornal e quem preferir mudar o email para o recebimento do Provoc@ç@o ou não quer recebê-lo, por gentileza avisar. Caso também alguém queira encaminhar o jornal para alguém conhecido, amigo, parente, por favor enviar um email com o nome e o email da pessoal para que eu possa incluir nos contatos do Jornal.

Sem mais,

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Deus é Truta

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Um dia desses me perguntaram quem é Deus…
Engraçado que as perguntas mais inocentes quase sempre nos levam a respostas complexas e pouco “entendíveis”.  Mas, enfim, tentei responder de forma laica…

Deus é aquele tal amigo invisível que sempre quer mostrar que é “o Cara”.
Usa do seu “poder” para nos fazer entender que a felicidade é algo muito mais simples do que aparenta, que não é preciso ter muito para se sentir completo.

Ele também deixa claro que existem “vilões” que vão estar sempre tentando nos seduzir e que até podemos segui-los, pois somos livres, mas no final vai ser sempre aquela sensação de vazio, difícil de descrever, mas que aposto que todo mundo já sentiu.

O “Truta” é tão presente, tão presente, que tento estar com ele alguns minutos do meu dia, conversando.

Ir na Igreja é fazer uma visita para esse amigo que gosto muito. Chego lá, sento e vou logo contando tudo aquilo que vivi, pensei ou senti… é engraçado porque quanto mais converso, mas desenvolvo a capacidade de ouvi-lo, percebê-lo, de maneira incrivelmente concreta.

Um ano atrás, lembro que briguei feio com a minha namorada. Não havia entendimento e certamente teríamos acabado o relacionamento se o “Truta” não interviesse.

Numa dessas conversas, na Igreja, dizia que era Ele quem parecia ter providenciado o nosso encontro e feito nós dois estarmos junto, mas que de alguma forma as coisas deram errado. Não queria culpá-lo, lógico, mas disse que se era pra gente mesmo ficar juntos, que ele resolvesse a situação, pois eu já não sabia mais o que fazer.

Quando levantei a cabeça depois do meu desabafo e olhei para lado, minha namorada estava ali, do meu lado, tinha vindo de uma distancia de 400kms, para conversar, sem que eu soubesse*.

Levei um susto enorme e ali entendi (mais uma vez, pois essas situações já se repetiram inúmeras vezes na minha vida) que o Truta realmente existe, que não era invenção da minha cabeça e muito menos uma “forma de dominação” como meus professores marxistas sempre insistiram em dizer.

O mais engraçado é que o Truta está sempre aqui, como os amigos verdadeiros, às vezes o relacionamento fica meio utilitarista porque eu acabo indo procurá-lo só quando preciso, mas aí nem sempre consigo ouvir direito seus conselhos, por conta do meu “afastamento”… mesmo ele sendo do tipo de “pessoa” que nunca guarda rancor.

Esse Deus é um grande companheiro, amigo para todas as horas, que nunca trai, nunca decepciona, mas às vezes “dá uns perdidos” para que também a gente aprenda a se virar, a tomar as próprias decisões e fazer nossas escolhas, como Ele fez.

Enfim… Deus.. é truta!

* Claro que eu e a minha namorada nos entendemos depois e ainda estamos juntos e felizes…rsrsrs

Até Logo Girassol

girassolEstava eu caminhando naquele imenso jardim de girassóis até que me surpreendi com um de beleza escandalosa.

Escandalosa, sim, seria o melhor adjetivo para a beleza daquele girassol.
Mas, não era só isso, tinha também uma áurea que emanava alegria, um certo deboche em relação as outra flores, mas, de alguma forma, ela tinha motivo de se vangloriar.

Aquele girassol cresceu com o passar do tempo, em meio às outras flores, sem se dar conta do quanto era especial.

Mas foi logo descoberto pelos pássaros que iam desfrutar constantemente da imensa quantidade de pólen que a planta lhes oferecia.
E os pássaros não queriam mais abrir mão do girassol.

Porém um dia o girassol foi retirado pelo Grande Jardineiro e colocado na estufa para crescer com cuidados especiais.

A principio os pássaros ficaram triste, pois nenhum pólen era tão saboroso como o do girassol, mas depois, pensando que daqueles cuidados poderiam surgir outros girassóis como ele, ficaram felizes e certo de que depois receberiam uma grande recompensa.

E assim, o girassol se foi. Com a mesma beleza escandalosa, a embelezar o ambiente aconchegante da estufa, mas, logo logo, retornaria para continuar embelezando o grande jardim.

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