Month: December 2008 Page 1 of 3

Natal em família

Natal em famíliaAcordo na manhã do dia 25, após a farta ceia do Natal em família. Não lembro bem o quanto comi, talvez por não lembrar nem mesmo o tanto que bebi.

Natal em família é sempre aquela alegria em casa, a gente vai cedo pra missa, para participar daquele cerimonial interessante, que às vezes emociona e depois volta correndo para casa para a primeira “largada” da comilança.

À meia noite, lá vamos nós de novo para comer um pouco mais, beber, nos deliciarmos com as sobremesas. Natal em família me lembra mais comida, do que qualquer outra coisa.

Mas hoje, sei lá, acordei com um sentimento de vazio. Claro, foi boa toda a festa, as risadas, mas faltou alguma coisa que venho identificando já há alguns anos.

Antes, éramos mais unidos, almoçávamos juntos aos domingos e quando chegava o período das festas de final de ano, até sabíamos o que o outro queria de presente, sem nos acomodarmos com vales caros, mas enfim, eram outros tempos.

Só que nesse Natal, senti falta daquela família de antes, mesmo quando a gente não tinha grana pra comprar presentes, existia uma alegria diferente, difícil de descrever…

Agora, não é que temos muito o que fazer, o Natal já chegou… talvez podemos tentar recuperar a alegria de estarmos juntos, dia após dia, assim tudo pode servir de preparação para o próximo dia 24, pra próxima ceia de natal.

Quero ou Preciso?

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Todo mundo anda dizendo que os momentos de crise econômica são ideais para investir, pois acabamos todos nivelados “pra baixo” e assim quem tinha muita grana tem só um pouco mais vantagem sobre os demais.

Porém, outra coisa que somos impulsionados a fazer nessas situações de dificuldades financeiras global é consumir mais, com a desculpa da necessidade de fazer girar a engrenagem da economia mundial.

Esses questionamentos acima me fizeram pensar, ainda mais em “tempos de Natal”, na quantidade de vezes que acabo ouvindo de pessoas próximas a palavra “querer” e “precisar”, como se não houvesse nenhuma diferença entre ambas.

Li um artigo sobre a Pirâmide de Abraham Maslow que trata da existência de um conjunto de cinco necessidades que iniciam na base da pirâmide: as primeiras são necessidades fisiológicas (fome, sede, sono, abrigo etc.). Depois vêm as necessidades de segurança (abrigo, emprego, saúde etc.), seguidas das necessidades sociais (afeto, relações sociais), depois da auto-estima (reconhecimento), e por fim as necessidades de auto-realização (ser o máximo de si próprio, espiritual).

Dentre estas necessidades é preciso ter claro onde se situa o querer e o precisar. Segundo Maslow, fica claro que quando se fala em sono não se pensa em marca de colchão; em fome, não se pensa em marca de comida, em sede, é apenas água o que realmente precisamos. Talvez queiramos refrigerante, mas precisamos apenas de água para saciar a sede. Talvez queiramos ter vinte sapatos, mas será que precisamos de tantos pares se só temos dois pés? Quem sabe dois ou três sapatos bastariam, e quando um se fosse, seria reposto.

Uma situação que nos dá ótimos parâmetros do quanto realmente precisamos ou queremos coisas é uma viagem. Alguém precisaria ter uma bolsa Victor Hugo numa praia deserta? Precisaria de água ou quereria água? Precisaria. Para não morrer desidratado, precisaria. Não seria um querer, seria um precisar de água.

E assim podemos subir a pirâmide nos questionando do que realmente precisamos, o que precisamos e queremos, o que apenas queremos. Constantemente somos contaminados pela mídia que abusa da nossa ingenuidade e nos invade criando necessidades que até antes não existiam.

O consumismo é uma doença que não afeta somente o nosso bolso, mas influencia no modo como nos relacionamos com as coisas e, principalmente, as pessoas. Se aprendermos a ser mais autônomos aos dizeres midiáticos, questionando mais, conseguiremos ter uma clara noção do quando estamos saciando necessidades ou desejos.

Precisar é da ordem da necessidade. Querer é da ordem do desejo. Necessidade diz respeito a todos os seres humanos e sua sobrevivência. Desejo diz respeito a vontades ocultas, ocultadas pelas necessidades inconscientes do indivíduo, de afeição, apreço, auto-estima, potência… Enfim, coisas outras que não da ordem da sobrevivência da espécie.

Cheio da chuva que vira enchente

CHUVA / ENCHENTE

Estou cheio dos meus erros
Enquanto as cheias desabrigam meus conterrâneos
Estou cheio da minha hipocrisia
Enquanto as cheias matam meus conterrâneos.

Chego a pensar nos meus erros
E sinto a fadiga de alguém que se vê como um “insolucionável” bug de sistema
E me encho de mim, das minhas imperfeições
Esquecendo que devo deixar transbordar meu eu para acolher o eu do próximo.

Estou cheio da minha prepotência e da falta de humildade
Enquanto as cheias alagam as ruas da minhas cidade
Estou cheio de não conseguir mostrar o valor quem tem aquela que amo
Enquanto as cheias das chuvas estragam todos os meus planos.

Esperança em Ronaldo

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Antes de expor meus comentários a respeito da contratação de Ronaldo pelo arqui-rivel da equipe palestrina, preciso deixar claro que, sem sombra de dúvidas, o Fenômeno foi um dos melhores jogador de futebol que vir jogar.

Na minha opinião, só perde para o magnífico Zinedine Zidane que, além de dar o título da Copa de 2008 para a seleção francesa, humilhou o Fenômeno com um lençol em 2006 e ainda cobrou a falta para Henry acabar com o sonho do hexa brasileiro.

Zidane é o verdadeiro fenômeno dos últimos 10 anos do futebol mundial, mas não dá para deixar de lado o Ronaldo.

Um grande exemplo de superação, de garra e de coragem Ronaldo é exemplo para os principais jogadores jovens da atualidade. Em qualquer lugar do mundo é possível ver um menino descalço, sorridente, com a camisa 9 do Brasil com o nome do jogador mais famoso da história recente do país.

Contudo, acreditar em mais uma volta por cima, em mais brilhantismo me parece, pela primeira vez, utopia.

Ronaldo não tem mais joelho e nem peso de jogador. Apesar da força de vontade, nunca mais conseguiu, nem de perto, chegar ao seu peso ideal. (coisa que ele não admite).

O que se vê é sim uma inteligente estratégia de marketing do Corinthians. Com Ronaldo no time os holofotes estarão sempre virados para o clube paulista, ainda mais após o grande sucesso da ascensão para a série A do Brasileirão.

Os ingressos das numeradas dos jogos do Corinhtians subirão para pagar o salário do Ronaldo. O Fenômeno irá ganhar 80% do valor das camisetas vendidas com o seu nome e o Corinthians vai ficar realmente com pouca grana desse acordo. E o pior é que a maioria dos corinthianos não sabe que durante os poucos meses no Milan, o atacante teve seu desempenho muito prejudicado pelas inúmeras contusões e só jogou 21 vezes, fazendo 11 gols.

Claro, vai ser bom ver Ronaldo jogando novamente, principalmente no Brasil aonde ele ficou pouco tempo de sua carreira, mas acreditar que ele será realmente um fenômeno no Corinthians é muita inocência.

Só de uma coisa os torcedores corinthianos podem se gabar: Se a estratégia de marketing der certo o Corinthians pode ficar com a “raspa do porquinho” (Dá-lhe PORCO!) da grana que o Fenômeno vai conquistar no time.

Insano amor

Sabe que o amor é um emaranhado de descobertas imprevisíveis e, tantas vezes, irracionais?
Pois é, faz tempo que me pergunto se existe limite para a nossa capacidade de amar.

Se só podemos amar muito uma única pessoa, se é possível se apaixonar mais de uma vez, mas sobretudo transformar a paixão em amor concreto, verdadeiro e duradouro.

Sim, dentre tantas dificuldades que só um relacionamento a dois é capaz de permitir, não pelas diferenças naturais, mas pelo envolvimento emotivo, foi importante entender que sem a ajuda de Deus é fácil cair nos comuns obstáculos humanos.

A liberdade de amar me impulsiona a descobrir-me infinitamente misericordioso, me ajuda a olhar melhor minhas falhas e pedir ajuda com a humildade necessária.

Tudo tornou-se mais real com a presença da dor, das diferenças, incompreensões… Presentes dados somente àqueles que se lançam de corpo e alma rumo a esse insano amor.

E é dessa insanidade, desse amar puro, sem estímulos externos, mas fruto de um desejo interior, que se vive profundamente as experiências, pois na loucura não se pode mentir paro o outro, nem para si mesmo.

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