A princesa não era mais aquela menininha que todos adoravam. Os anos não só a fizeram crescer em consciência e inteligência, mas lhe deram belas formas.
Tudo o que descobriu diante do espelho fez com que ela se percebesse linda, desejada, especial.
Depois, ao olhar para janela, se deu conta de que o mundo ia muito além do seu reino e assim, também os seus admiradores poderiam ser de qualquer parte do universo.
Porém, a linda princesa se apaixonou por um sapo. Claro que não era um anfíbio qualquer, era um animal do tipo matuto, esperto ao ponto de se passar de príncipe e conquistar o coração da princesa.
Juntos descobriram também a alegria de amar-se na diferença e descobrir que, “em última análise, os únicos relacionamentos duradouros serão entre os casais que se vêem como pessoas comuns, sem ilusões ou sem esperar coisas impossíveis um do outro”.
Mas, chegou uma hora em que a princesa precisava decidir seu futuro. A bela moça tinha que escolher entre continuar vivendo na tranqüilidade do seu reino ou seguir a cavalo para o desconhecido, rumando em direção a novas aventuras.
Isso, claro, dava medo, pois tudo o que havia aprendido até então era sob tutela dos seus pais, da sua família, do seu povo. Agora teria que abrir mão de todo esse conforto, por amor a si, ao Sapo e à humanidade.
Ontem ela completou mais uma primavera florida. E já são flores suficientes para um grande jardim (na verdade não tão grande). Porém, ela continua bela, encantadora, especial!
(Poema de parabéns para a amiga Bruna Gallo, que cresceu comigo, nesse imenso Jardim terreno)