“A esperança venceu o medo e hoje eu posso dizer para vocês que o país mudou sem medo de ser feliz”. “O sonho permanece vivo. Hoje é o dia da resposta para as suas dúvidas. Vocês colocaram as mãos no arco da história e escolheram a esperança de um novo dia”.
Essas duas frases parecem trechos de um mesmo discurso, mas pertencem a dois candidatos de diferentes países, mas extremamente carismáticos: Lula e Barack Obama.
Nordestino e metalúrgico, Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro líder de um partido de esquerda eleito presidente. Depois de quatro candidaturas consecutivas e 13 anos de espera, Lula chegou à sua consagração aos 57 anos de vida. A vitória de Lula simbolizou o desejo de mudança sobre oito anos do governo do sociólogo Fernando Henrique Cardoso, que sepultou o pesadelo inflacionário, mas gerou altos índices de desemprego. O candidato do PT foi eleito pelas promessas de combate à fome e geração de renda.
Barack Obama foi eleito o 44º presidente dos Estados Unidos. Aos 47 anos, ele torna-se o primeiro negro a governar o país. Depois de oito anos do governo republicano de George W. Bush, os norte-americanos aceitaram a proposta repetida pelo novo eleito, bradando lemas como “Precisamos de mudança”. Obama substituirá um presidente que chegou a ser aclamado pelo pulso firme na guerra antiterrorismo, mas que deixou o posto desgastado por duas guerras, além da recente crise financeira.
Contextos semelhantes e o desejo popular também. Novamente a esperança de que mudanças significativas no mundo aconteçam, volta a fazer parte do imaginário dos cidadãos dos Eua e de todo planeta.
Obama, como Lula, não foi um azarão. Com gastos milionários e uma massiva propaganda na tv e na internet, conquistou com carisma o povo americano. Lula, em três meses de campanha, visitou 93 cidades, fez 103 comícios, percorrendo um total de 61.127 km pelo país. Foi a mais rica campanha presidencial da história do PT, com custo final de aproximadamente R$ 35 milhões.
A vitória de Lula representou uma mudança do diálogo com setores antes combatidos pelo PT. Desde 1989, quando perdeu sua primeira eleição presidencial para Fernando Collor de Mello, o discurso, as propostas e, talvez, principalmente, a imagem do candidato e do partido foi se tornando menos radical e mais próxima de setores mais ao centro, postura confirmada em seus dois mandatos.
Já Obama acaba de ser eleito com propostas audaciosas de manter o diálogo com as outras nações. A retirada das tropas americanas do Iraque e principalmente a resolução gradativa da crise financeira que vem assolando o planeta, são seus principais desafios.
Porém, as características do Lula militante são extremamente contrastantes com a do presidente reeleito, evidenciada justamente em relação a sua postura pouco comprometida, beirando a omissão.
É importante que isso não ocorra também com o novo presidente americano que mesmo com origem humilde, diferentemente de Lula, teve formação em Harvard e conquistou um alto padrão de vida.
As perspectivas são boas, o clima é de expectativa. Resta saber se o “Sonho Americano” será a realização dos desejos do Povo.
Vitor
O mundo está mudando, sempre esteve, mas parece que dá para sentir. Esse novo presidente americano é uma figura muito próxima de mim pelo o que se segue no meu imaginário: Bush parece uma massa cinzenta e Obama um cara que poderia ser meu amigo. Eu gosto do Obana! E faço minhas orações para que o cara mande bem, até que todos sejam um! Esses próximos quatro anos serão/parecem que serão cheios de ar para respirar no planeta.
Nati Pesciotta
Valter,
Você sabe que não concordo que o Brasil pós-Lula não tenha mudado. Entendo que não houve uma revolução, no sentido da palavra, como podemos dizer que aconteceu na Venezuela, por exemplo. Tenho minhas dúvidas se a Venezuela está melhor que a gente. Ademais, é inegável que a população brasileira está melhor hoje do que na era FHC. Não é difícil enxergar isso. A política de Lula sustenta o país e prioriza os mais pobres.
Quem tem o mínimo de bom-senso sabe que Obama não vai mudar o mundo. Mas a maioria dos americanos terem votado em um negro progressista é um passo para a humanidade.
Podemos questionar o quão progressista ele realmente é, mas não podemos deixar de ver que, entre uma pessoa que prometia controlar o Irã e outra que disse querer dialogar, a segunda foi escolhida. Só por autoridades de Israel, junto com a Condoleza Rice, terem dado declarações preocupadas a respeito de Obama, dá pra ter uma noção de “que lado ele samba”, eu acho.
Tudo bem que ele teve o mkt trabalhado, mas por outro lado MCain também teve. Temos que encarar que, entre duas opções, Obama ser a escolhida é sim, uma vitória para todos nós.
Enfim, é assim que vejo as coisas.
Ademais, ficou muito boa a monagem!
Ine
Oie ai amigo cabecudo.
eu que tou aqui nos EUA, vivi esse momento com mta muiiiiiiita emocao. Estava com dois amigos africanos. Eles (e eu com eles) sentiram que o mundo estava mudando verdaderaimente, pq por primeira vez na sua vida experimentavam que o seu povo agora tinha representacao. A mesma sensacao foi a do tudas as minorias aqui, q sao muitas.
Um momento historico. Acho que se bem nao sabemos que vai acontecer, algo ja aconteceu, a façade trocou… signo de que as mentes e a concepcao da historia tambem mudou.
🙂 Yes we can!!!! 🙂
PD: e eu acho q ele e inteligente, qdo lhe preguntaram quem e a pessoa mais inteligente q conhese, ele falou : a minha mulher!! hehe
Gláucia Ramos Cassiano
Sou diretora de um site jornalístico, http://www.jornaldomunicipio.com.br e nos interessamos bastante por seu artigo Barack Obama: O Lula dos Americanos e por isso venho por meio deste pedir-lhe permissão para reproduzi-lo na coluna sobre Atualidades de meu site, dando créditos a vossa pessoa e incluindo um link com a página de seu blog.
No aguardo
Gláucia Ramos Cassiano
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Lelinha
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