Month: June 2008 Page 2 of 4

Manual para entrar na Família Muniz paulistana

1- Perder qualquer tipo de escrúpulos em relação a gente falando alto, rindo e zoando. Tudo junto e não necessariamente na mesma ordem
2- Não ter nojo de gente que espirra gritando
3- Perder hábitos politicamente corretos, aprendendo a ouvir e falar mal de todo mundo (de forma verdadeira, sem invenções) sem nenhum tipo de remorso
4- Torcer pro Palmeiras se for inteligente, Santos se for velho, São Paulo se for mulher e Curintha se for burro
5- Entender que filho caçula é motivo de chacota e aprender a zoá-los sempre, logo e com alegria.
6- Estar pronto para os almoços de família sabendo que, sendo mulher ou homem, terá que agüentar a pressão e a zoação dos membros da família.
7- Saber que a Carol é a Pêpe e a Stela é a Neném
8- Ser preto… de cor ou de espírito.
9- Saber quem são os donos dos apelidos: Tifu, Mãozinha, Zoião, lora burra… entre outros.
10- Aguentar mãe e tia com sotaque nordestino falando da família do nordeste, como se estivessem acabado de chegar em Sampa.
11- Gostar de dançar forró
12- Ter passaporte da República dos Estados Unidos da Bahia
13- Aguentar a ciumeira da família
14- Entender que todo mundo da família se zoa, mas isso está diretamente relacionado ao quanto todos se gostam.
15- E por fim, ser completamente louco em querer misturar os próprios genes a uma “raça” de gente estranha, mas indiscutivelmente, FELIZ.

Conformismo ético

metro cala-te_thumb[3]Tem gente que usa o discurso da honestidade individual para não se mobilizar em prol dos mais necessitados.

E não estou falando de lutas político – partidárias, mas do recobrar a própria sensibilidade diante dos pobres, sobretudo as crianças, que vemos cotidianamente estirados pelas calçadas das grandes metrópoles.

Dói mais quando me dou conta de que olho a marginalização, a miséria, com descaso, do que quando tento me colocar no lugar desses necessitados.

O pior é que existem que pessoas que usam da ascensão honesta, edificada pelo esforço pessoal, para justificar a própria passividade diante dos problemas sociais, principalmente os urbanos. Afinal de contas: “eu não tenho culpa de ter nascido rico… ou… todo mundo que quiser, por meio do esforço pessoal, pode alcançar os próprios objetivos”.

Sim! É verdade que a honestidade, a determinação, são valores louváveis de admiração e respeito. Mas, esse construir a própria estrada, só tem valor social, se possibilita que de tudo isso possa emergir também a solidariedade.

A ética é um conjunto de regras básicas, condutas individuais, que possibilitam o bem estar social. Sem o bem de todos e com a predominância de um favorecimento seccionado dos benefícios cidadãos, é demagogia pensar em uma Nova Sociedade.

Também as lutas fundamentalistas de classes não têm sentido, (os trabalhadores do campo, os pobres, os negros, as mulheres…) não se desenvolve a capacidade de deixar que a dialógica seja a base das novas propostas.

O que é consenso, ao menos entre a minha razão ética e a minha individualidade subjetiva, é que existe uma necessidade latente de não justificar nosso conformismo, com atitudes que deveriam ser obrigatórias (a honestidade, sobretudo). Sem um “algo mais” é impossível mudanças concretas… Fica tudo no discurso.

Grande culpado

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Aprendi a jogar futebol
não por conta do meu pai
Mas por causa de um amigo

Aprendi a fazer guerra de travesseiro,
gostar de ser o primeiro
Não por causa do meu pai
Mas por conta de um amigo

Aprendi a ser amigo das meninas
A reparar nas flores mais lindas
Não por causa do meu pai
Mas por conta do meu amigo

E assim pude me conhecer
E aos poucos aprendendo a perder
Não por conta do meu pai
Mas por causa do meu amigo

E esse amigo verdadeiro
que hoje faz anos
Vai perdendo os últimos cabelos
E, o pior, é curinthiano.

Mas quando a amizade é mais forte que o tempo
Maior que a distância
E é tão singela quanto as boas lembranças
Até poesia vira presente,
Pois se eu pudesse encontrá-lo hoje no Rio… quem dera!
Poderia dar-lhe um forte abraço
porque hoje festeja mais uma primavera

(poesia em homenagem ao amigo André Muccheroni, que “aniversariou” dia 10 de junho)

Dia dos namorados

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Fico procurando sempre maneiras novas, às vezes caio nas óbvias, para dizer EU TE AMO.
E assim o tempo voa, passam-se os dias, meses e já faz quase um ano.
Oportunidades não faltam, mas escassa é a coragem.
De perceber que, assumindo isso, dou um longo passo para uma longa viagem.

Assim hoje, no dia em que se celebra o amor puro de dois apaixonados.
Faço birra e cara feira pra não ter que comprar presente para esse tal “dia dos namorados”.
Não que eu pense mais nas economias individualistas,
Mas porque quero que a celebração seja nossa e não do Sistema Capitalista.

Agora aproveito a festa que é celebrada neste dia
Para todo o meu amor, eu materializar em poesia.
De alguém que vive, sofre, às vezes chora para viver um amor verdadeiro.
E depois é feliz por poder aproveitar cada momento por inteiro.

Obrigado meu amor, por me aceitar como namorado
Pois sem a dimensão concreta dentro do que é almejado.
Tudo é vão, é vago, vazio.
Até mesmo um presente dos dias dos namorados.

Vai Curinthia

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Hoje eu vou torcer pro Curinthia! Vou mesmo! E me desculpe se frustro algum palmeirense fanático, mas tenho muito motivos para festejar o título do Curingão.

Primeiro, porque vai desbancar essa “mal” dita equipe pernambucana que eliminou o Palestra da Copa e deu outro chocolate, agora com o time reserva, no final de semana passado. Segundo, porque obrigaria o Palmeiras a jogar futebol de verdade no Brasileirão, para conseguir a vaga na Libertadores 2009, com o título (de preferência). E por último, porque todas as mulheres da minha vida torcem para o Curinthia. Mãe, irmãs. Ta certo que ela só ligam pro time quando o curintha ganha (fato raro), mas não poderia esperar o mesmo fanatismo (em geral, masculino) delas.

Sabe aqueles garotos que torcem pro Santos por culpa do pai que viveu na Era Pelé? Ou moram no Interior e torcem pro time da cidade? Porém o time é tão fraco que eles têm um time na primeira divisão? Pois é… torcer pro Curinthia hoje, me faz sentir assim. Como se tivesse nascido em Arapiraca e torcesse pro “Asa”, mas para poder conversar com meus colegas sobre futebol, tivesse escolhido o Palmeiras, por ser time grande e estar na Primeira Divisão.

Vou torcer pro Curinthia ser campeão, assim à alegria de muitos “rebaixados” vai se concretizar. Porque nem sempre um time de Segunda ganha um campeonato de peso, até acho estranho que times inferiores possam disputar esses campeonatos importantes, mas se chegaram na final e serão campeões, é porque o time tem seus méritos (mesmo não ganhando há dois anos do Parmera).

Enfim… hoje é noite de me unir a nação curinthiana! Vou até gritar “não para, não para, não para”! Vibrar, xingar e abraçar todos os meu amigos curinthianos (que realmente são muitos) para felicitá-los, afinal de contas, será a primeira vez que um time “nível B” participará de uma competição internacional, que mesmo o Curinthia da Primeira Divisão, nunca conseguiu vencer. (claro que ignoro aquele primeiro mundial ridículo, que nem mesmo os curinthianos consideram)

Mas… vamos lá: Timão e ô!! Segunda divisão e ô!

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