Comentário a respeito do post: 5 motivos para não ser Gen (Geração Nova do Movimentos dos Focolares)
Oi Valter, como vc está rapaz? Não gosto desse tipo de texto ou de argumentação em relação ao ser-gen. Parece colocar o gen como superior aos não-gen. Quem disse que quem não é gen? Ou que deixando de ser gen a pessoa para de se preocupar com os outros? Ou para de conhecer pessoas diferentes? Acho que é preciso tomar cuidado com essas idéias. As vezes ocorre justamente o contrário, os gen não conseguem amar o outro gen, enquanto os amigos não gen deste o consegue amar profundamente. Ser gen é uma escolha, alguns são chamados e outros não. Ser gen não é ser mais santo do que não ser gen.
Reli o que escrevi para ver se tinha afirmado, de alguma forma, alguns desses questionamentos e confesso, não acho que disse nenhuma das coisas que estão mencionadas acima. Enumero-as para ser bem objetivo:
1- Não gosto desse tipo de texto ou de argumentação em relação ao ser-gen. Parece colocar o gen como superior aos não-gen
Nunca afirmei que ser Gen faz alguém ser superior, justamente porque acredito, como o comentário menciona, que Ser GEN é um chamado e nem todos tem essa vocação.
2 – Quem disse que quem não é gen, ou que deixando de ser, a pessoa para de se preocupar com os outros? Ou para de conhecer pessoas diferentes?
Não disse também que a pessoa, deixando de ser Gen, passa a “despreocupar-se” com os outros ou mesmo pára de conhecer pessoas diferentes… isso seria dizer que só os Gen se preocupam em construir amizades, em aceitar as diferenças e, sobretudo, respeitá-las, para mim uma grande inverdade.
3- Acho que é preciso tomar cuidado com essas idéias. As vezes ocorre justamente o contrário, os gen não conseguem amar o outro gen, enquanto os amigos não gen deste o consegue amar profundamente.
Concordo plenamente, mas também não disse que quem não é Gen “não pode ter experiências profundas de relacionamento“. Tenho amigos que não participam do Movimento e vejo que muitos deles têm uma sensibilidade muito maior do que eu em relação à profundidade dos relacionamentos.
Ou seja, afirmar uma coisa não NECESSIARIAMENTE exclui outras. Porque, se um Gen ama e pode viver todas essas coisas, não quer dizer que as outras pessoas também não podem vivê-las.
Não acho que SER GEN é a única maneira de ser FELIZ.
Porém… QUEM É (COMO EU) SABE que é realmente a NOSSA (MINHA) ESTRADA… é aquilo que nos faz felizes, mas, muitas vezes nos esquecemos de tudo isso e por este motivo, senti de escrever esse texto…
Eu quis ressaltar o positivo que existe na vida Gen, pois já sabemos o negativo, o quanto perdemos COISAS BOAS, mas que nem sempre nos fazem felizes… só isso!!!
Bom… espero que tenha sido claro. Valorizo muito as pessoas que amam, que pensam no melhor para os outros, não só em si mesmas. Se são ou não Gen é completamente secundário, porque, se é só um título, um símbolo, que transmite “Status de bondade”, não é ser Gen como Chiara Lubich entendeu.
Na verdade, o que escrevi são 5 motivos para a gente não esquecer que ser Gen vai muito além da felicidade superficial que o mundo sugere. Que quem experimenta com profundidade sabe, não consegue se enganar, mesmo que aparentemente esteja triste. Mas, se aprendemos a olhar no profundo da nossa alma – e isso digo por mim – nos damos conta de que nada nos faz mais felizes que SER GEN.
james
o compromisso deve ser sempre com a própria consciência e Deus. esta história de resumir uma “vocação” a códigos de conduta é balela. já encheu o saco. o homem é multiplo, diverso, e toma suas decisões perante a si antes de tudo. ser ou não ser gen não diz nada. não sei porque insistir neste assunto. isso era crise da adolescência…
vartz
James…. tendo a discordar de afirmações fundamentalistas do tipo “ser ou não ser gen não diz nada“… não diz nada para quem???? Pq é o sentido da vida para muitas pessoas, justamente por ser o modo com que elas (e falo por mim, pessoalmente) construíram o próprio relacionamento com Deus… e depois, também acho muito importante estarmos nos questionando a respeito das nossas escolhas… claro, isso não deve ser maior do que a Vida… pq se ser Gen permanece no blá blá blá, vivemos uma espiritualidade vazia. Outra coisa que discordo é que o nosso compromisso é SÓ com a PRÓPRIA CONSCIÊNCIA e DEUS… vivemos dentro de uma comunidade e a nossa espiritualidade é COLETIVA…então a responsabilidade diante das nossas próprias escolhas aumenta um pouco… a multiplicidade do homem é realmente uma grande riqueza e tb não desprezo o compromisso pessoal perante os meus atos… mas se for para viver a minha vida, sozinho, sem acreditar e confiar em JM, estou fora do que seria a espiritualidade do Movimento dos Focolares… mas… isso não quer dizer que, por isso, vou pro inferno… isso sim é BALELA, pois cada um tem um ESCOLHA, UM CHAMADO. Não vejo problema com normas, pois vivo em uma sociedade em que elas se fazem necessárias, só procuro não esquecer que o AMOR é a norma das normas… pois senão a gente coloca o vagão na frente da locomotiva…
Não sei se me fiz claro… não acho que discordamos conceitualmente, mas talvez a abordagem, a colocação acabaram sendo feitas de maneiras diferentes… são sempre olhares… todos válidos… mas é importante pensar… ( E FAZER, EU INSISTO) para não cairmos no ativismo sem um FOCO, um HORIZONTE!