Month: May 2008

Drama do estagiário

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Para explicar meu pensamento, preciso antes definir o meu arquétipo de adulto. Não somente usando as raízes etimológicas da palavra, mas também por meio de um argumento subjetivo, pessoal, desta minha explanação. Adulto, no dicionário on-line Priberam quer dizer: “aquele que saiu da idade da adolescência e atingiu a maioridade”, “que atingiu o seu pleno desenvolvimento” e “que alcançou a maturidade intelectual”.

Já há três anos venho amargurando as condições precárias de trabalho (nem sempre materiais, mas, principalmente, sociais) que, como estudante, encontro nos estágios disponibilizados pelas empresas na área de Comunicação.

De jeito nenhum quero desmerecer as oportunidades que me foram dadas de aprender tantas coisas, como na Análise Editorial e mesmo agora na CBA (Companhia Brasileira de Alumínio). Porém, sinto-me sub-aproveitado, limitado aos trabalhos braçais, de pouca importância, no que talvez pudesse estar produzindo conhecimento, dando idéias novas, fruto da grande oportunidade que tenho de pensar comunicação dentro do universo acadêmico.

Mas, por conta desses que já alcançaram a tal “maturidade intelectual” e que por isso detêm a verdade, continuo sendo limitado ao mínimo, até pegando cafezinho pra chefe.

Enfim, não existe um desrespeito físico perante o estagiário, mas um desrespeito moral, em que pessoa, por não estar enquadrada em um status definido, ainda percorrer o “caminho das incertezas”, acaba sendo desdenhada com uma certa freqüência.

Por mais que as pessoas desmintam, é evidente o olhar superior diante de “aprendizes” pelos “já formados” (adultos), acostumados com os padrões postulados pelo tempo de experiência e que muitas vezes consideram os jovens inexperientes, puros e até mesmo ingênuos.

A minha conclusão é que o grande problema disso tudo não é o simples mau – estar causado ao estudante em começo de carreira, mas a manutenção dos paradigmas que impossibilitam mudanças radicais, criativas e acabam por “amordaçar” o futuro profissional, freando as possibilidades de um desenvolvimento geral em relação a conceitos e processos.

5 motivos pra não ser Gen (geração nova do Movimento dos Focolares)

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5 motivos pra não ser Gen:

1. Você não terá crises profundas, nem mesmo peso na consciência, por nada que fizer, porém vai sentir sempre um vazio profundo, que não vai saber explicar, o que acarretará em consultas semanais a terapeutas das mais diferentes correntes.

2. Você não passará os finais de semana sempre ocupado com encontros do Movimento, em vez disso poderá estar com os amigos, jogar bola, ir pra balada, viajar com a família, sair com o/a namorado/a (se ele não for Gen), enfim, viver. Contudo, deixará de participar de incríveis momentos de formação humana e pessoal, descobrir a própria espiritualidade e conviver com pessoas diferentes, com a disposição de ouvir, falar e perdoar.

3. Você não vai ter problema em começar relacionamentos. Será simples e direto quando tiver que lidar com os próprios sentimentos e saberá dar rapidamente a volta por cima nos possíveis fracassos. Porém, será tudo muito mais passageiro e, principalmente, haverá um sentimento profundo, quase imperceptível de descontentamento. Também as partilhas “a dois” serão mais raras, o que acentuará o sentimento descrito anteriormente.

4. Você terá uma vasta vida social, podendo conhecer sempre pessoas novas, experimentar de tudo (do bom e do ruim), sem ouvir um “isso não constrói” ou “não é vontade de Deus”, de pessoas tão ou mesmo menos preparadas que você. Mas, vai se sentir quase sempre sozinho, sem pessoas que estejam ao seu lado interessadas pela sua felicidade. Não vai desenvolver completamente as próprias capacidades e o pior: vai achar que o próprio “achismo” é orientação para suas atitudes.

5. Você não precisará se ocupar dos outros, terá mais tempo pra pensar em si, na própria felicidade. Não precisará de mais ninguém, irá gozar da mais plena autonomia para buscar a realização individual. Porém, deixará de construir a vida em comunidade, não vai encontrar grande sentido nas realizações pessoais e muito menos conseguir se contentar com os sucessos; vai almejar sempre mais. Assim, não sentirá a alegria que a vida de unidade possibilita, não vai poder construir e se deliciar com a felicidade dos outros e, principalmente, não entenderá que fomos feitos (com qualidades e defeitos) para amar e disso floresce a nossa plenitude.

Todos contra o Império Chinês

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Faltam menos de 100 dias para o início dos 26ª edição dos Jogos Olímpicos. O evento que abarca toda a elite do esporte mundial será realizado na capital chinesa, Pequim. Contudo, diversos protestos e tentativas de boicote têm prejudicado o destaque positivo que uma olimpíada gera na sociedade, promovendo um questionamento sobre a intencionalidade desses protestos.

O que tem sido passível de percepção, por meio da mídia, é que existem diversos “frontes” que legitimam os protestos. O primeiro deles é a repreensão dos cidadãos do Tibet, diante das manifestações em prol da sua independência. Nos últimos meses foram feitos diversos protestos, todos reprimidos verazmente pela polícia chinesa, causando revolta mundial.

Essas manifestações se ampliaram quando a tocha olímpica passou a percorrer as cidades do mundo. Em quase todos os lugares do ocidente houveram manifestações, tentativas de apagar a tocha, tudo para descaracterizar a China como promotora do evento.

Essa repreensão por parte dos chineses é questionada enfaticamente pelo ocidente, o que tem causado certo desconforto para os organizadores da olimpíada, que não conseguem dissociar a questão política, do evento esportivo.

O crescimento chinês, contracorrente da crise global que afeta principalmente os Estados Unidos, é outro motivo que impulsiona o boicote aos jogos olímpicos.

Pela primeira vez, toda a infra-estrutura dos jogos está pronta com grande antecedência, mostrando a eficiência e o alto grau de investimento feito pelo país para receber os jogos.

Um outro motivo advém dos ambientalistas que alertam o mundo sobre a quantidade exacerbada de poluentes emitidas pela China. Uma grande camada de poluentes na capital Pequim torna o ar da cidade quase “irrespirável” e que pode ser prejudicial aos atletas e ao público durante as olimpíadas.

Mas, não há mais muito que fazer. Os jogos estão prestes a começar e essas bandeiras levantadas em prol do boicote parecem fracas, diante do império chinês que está sendo erguido nos últimos anos.

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