Month: May 2008 Page 2 of 3

Bate papo com José Salvador Faro sobre o jornalismo – Primeira parte

jornalismo_jornalistas

Caro Faro,

Acabei de chegar em casa e decidi escrever logo, antes que o meu pensamento sobre a aula se fosse com o sono difícil de suportar.

Depois do que disse a você no final da aula, achei oportuno formalizar a minha opinião, para que ela não se perdesse no emaranhado de conceitos que você vem nos dando durante o semestre.

Pois bem… quero reiterar tudo que confessei: Acredito que, como qualquer outra empresa, aquelas que atuam no universo da comunicação social (Veja, Estadão ou Folha…) não só querem, como precisam vender seu produto.

No meu ver… trabalhando já há um pouco de tempo, isso é absolutamente normal, visto que a sobrevivência financeira é uma REGRA do sistema capitalista…. o que está ERRADO e é anormal, é que essas EMPRESAS se apresentem como instituições democráticas, com interesses políticos (no sentido que você mesmo enfatizou), para vender tal produto.

Claro… não disse nada de novo… é tudo postulado e extremamente claro, acredito, para todos. Ficar discutindo esse tipo de coisa para mim não dá nenhum tipo de diretriz com escopos de mudanças (políticos) para eu que sou estudante. Não emancipa nenhuma das minhas reflexões, pois fica no tal “senso comum” que você insiste em nos fazer (beneficamente) entender.

É nesse ponto que quero discutir…. entrei na PUC porque, mais que jornalista, estava preocupado com a minha formação como cidadão… um “intelectual” sim, mas imerso na realidade social que procura ouvir todos os lados, para propor mudanças políticas… porém o que tenho visto é uma reflexão intelectual que despreza a atuação do jornalista, discutindo-se primordialmente a Mídia.

Não tenho nenhum pretexto de exigir de ninguém respostas… mas posso exigir foco… e discordo um pouco de algumas temáticas e também do modo em que as discussões são feitas, de modo com que a clareza do conceito deve sobrepor as opiniões diversas, que nem sempre são tão fundamentadas como a do Mestre.

O que deve-se pensar é a formação humana do jornalista, dentro de um Sistema postulado que deve ser mudado por um conjunto de escolhas pessoais e não pela conversão “horizontal” dos detentores da informação.

Lendo o TCC de uma colega sobre o Caco Barcelos… pensei muito no que ele disse…. Perguntado sobre como conseguia emplacar seus programas de caráter sempre BEM JORNALISTICOS, as vezes contrastando com o perfil Global, Caco disse que tudo partia do como apresentava suas idéias…. dizia que no início, propunha 4, 5 pautas de matéria em que quase sempre só uma era aceita… percebendo que, se quisesse ter mais espaço, mais matérias emplacando deveria se esforçar mais, começou então a propor 10, 20 pautas em que eram aceitas 5… ou 10… proporcionalmente…

Mas qual é o X da questão???… acredito que existe uma grande parcela de compromisso INDIVIDUAL que cada um necessariamente precisa ter com a ética… procurando entender que a sociedade é também os marginalizados e não somente os freqüentadores da Daslu, mas para isso o jornalista precisa ir “de encontro” com as realidades, as pessoas, sem pré conceitos… mas isso é a tal “formação cidadã” que eu vejo secundária na formação universitária.

Nas muitas experiências que pude fazer, sobretudo vivendo com pessoas de culturas diferentes, em lugares diferentes, só entendi o valor da cultura, da relatividade dos valores, quando entrei em “choque” com os meus “semelhantes” que pensavam completamente diferente de mim, mas um completamente realmente profundo.

Não é do amor ao diferente… ao menos o interesse, que podem nascer teorias que cumpram essa “objetividade” com escopos realmente políticos???

Desculpe a falta de lógica ou se estou sendo arrogante, mas hoje, em um desentendimento chato que tive com a Elígia, percebi que tantas vezes a discussão não tem um viés final político… me peguei me perguntando o quanto tenho feito pelos outros, pela minha cidade… concretamente sim… mas também o quanto tenho “encarnado” isso nos meus textos, no modo como apuro as notícias, exponho o meu “fragmento de verdade”.

As vezes as idéias estão sendo apresentadas de modo esquizofrênico… dissociada de uma reflexão individual que deveria ser pressuposto de qualquer prática jornalista…

Eu sei que talvez a nossa disciplina não seja o local para essas discussões… mas me dei conta agora, no terceiro ano, que a faculdade não nos deu esse tipo de formação… fomos entupidos de teóricos que pensaram muito, mas não sei até que ponto aquilo era fruto de uma prática pessoal… isso me faz também ver claramente que a sociedade pouco muda… vive em uma “roda viva”, porque a teoria vem cada vez mais dissociada da prática…. não estou dizendo que ela deve ser funcional, mas sim visando o desenvolvimento.

Os tais pensadores, intelectuais, discutem, pensam durante a sala… e depois vão puxar um “beque” pra relaxar e enfim sustentar o tráfico… um grande paradoxo… mais um…
Bom… chega… era mais pra compartilhar com você tantos pensamentos… e agradecer a aula, por possibilitar tudo isso…

Queria ter a capacidade de síntese para expor tudo em sala… mesmo a liberdade pra dizer tudo isso e não parecer que acho que sou o dono da verdade e que coloco meu pensamento na frente do BEM que quero cada um do meu curso… mas… infelizmente não sou assim…

Prometo que vou me esforçar mais pra ser mais participativo… por mais banal e simplória, sei que, como todos, tenho algo pra dizer, pra deixar…

Grande abraço

V@lter

Resposta:

V@lter,

Ótimas reflexões. Sempre são ótimas quando beiram o desabafo…

Mas eu acho que é mais que isso: vc põe em xeque questões fundamentais da formação universitária em geral e do jornalista em particular.

Afinal, qual o sentido da discussão sobre uma “Teoria” se a base de sua formulação (da “Teoria”) tem tantas fragilidades?

Vc daria uma ótima contribuição para a minha disciplina se botasse tudo o que escreveu na roda da turma.

Abração.

Faro

Profunda desconfiança

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Confio diariamente nas multinacionais que produzem a comida que como,
Mas não confio nas pessoas que estão ao meu lado.

Confio nos motoristas de ônibus, metrô, carro, que me levam onde eu quero.
Mas não confio, nem mesmo, nos meus amigos.

Confio naqueles que me transferem seus conhecimentos, nas instituições de ensino, ambos sustentados por um capital simbólico,
Mas não confio nos membros da minha família.

Confio no Sistema, em quem faz música, e até mesmo poemas.
Mas não confio Naquele que conduz o mundo.

Passo a vida confiando em desconhecidos, na sorte, procurando pretextos.
Pra admitir, que no final das contas, confio em tudo, mas não em mim mesmo.

Um não ao aborto da sociedade brasileira

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No dia 7 de maio, a Sessão do Congresso reprovou por unanimidade (33 x 0) a lei que visava legalizar o aborto no Brasil, assunto que mobilizou, principalmente, a comunidade religiosa brasileira nos últimos meses.

“Nunca vi isso acontecer no Congresso nacional”! – foi a exclamação emocionada de um dos participantes da Sessão, o Prof. Humberto Vieira, Presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, assim que o Deputado Jofran Frejat (PR-DF) anunciou o resultado da histórica Sessão na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) do Congresso Nacional, que colocou em votação o PL 1135/91, visando despenalizar o aborto no Brasil, em tramitação há quase 17 anos no parlamento brasileiro.

O aborto foi rejeitado pela esmagadora maioria dos deputados presentes com o resultado de 33 x 0. Após a sentença, um grupo de feministas gritou a todo pulmão: “O Estado é laico, o estado é laico”, ao que o Deputado Nazareno Fonteles esclareceu que o estado é laico, mas não é ateu, e o povo brasileiro tem o sentido de Deus.

Humberto Vieira argumentou dizendo que “O significado e o sentido da cultura da vida, foi crescendo”. A vitória põe em cheque o projeto de lei, que foi arquivado, o que significa uma grande vitória para todos aqueles que prezam pela vida, independentemente das circunstâncias em que ela é gerada.

Pedala di lancio

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La cosa che mi va di più, ho detto alla Maíra, è quando le cose cominciano ad andare bene.
Lei ha aggiunto in seguito: “perfino quando ci si soffre, si lotta”.

Chiacchierate così fanno sorgere conclusioni iconografiche della realtà
Trasformano avvenimenti in esperienze.

Come ha già detto Aldous Huxley: “Esperienze non è ciò che accade ad un uomo;
ma quello che l’uomo fa con ciò che l’accade.

Mi piace vivere queste “frasi sonore”
e allora intendere come, ogni tanto, sono piene di sapienza

Ok, ammetto che non è una conclusione inedita,
ma credo che serve per spingerci a valorizzare la grande pedala di lancio
che si nascondi dietro il dolore.

Menino já garotão

growing-boy

Há um menino, há um moleque, morando lá na terra do acarajé
Toda vez que o Curintia joga ele apela pra sua Fé.

Os anos passam, e no presente, o time dele caiu de divisão
E assim tenho mais motivo para zuá-lo como irmão.

Hoje é seu dia, e inFelizmente, não vou poder estar contigo aí
Amizade, alegria e bondade eu desejo hoje pra ti.

Bola de meia, bola de gude, ganho de você até no botão
E depois que treinar no Winnig Eleven vou ser mais que campeão

Fala de sonhos, ser bom de bola, e de até ver o time dele ganhar
Sonho seu, sonho seu, sonho seu, é melhor parar de sonhar.

Bola de Meia, Bola de gude, ganho do Pedro até no botão,
Estou aqui pra festejar mais um ano do menino já garotão

Hoje é seu dia e inFelizmente não vou poder estar contigo aí
Amizade, alegria e bondade eu desejo hoje pra ti.

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