Month: April 2008 Page 2 of 4

Confessione

confessione_html_6295e0fb

Non so dire bene ciò che sento
Ma mi sento da dire che ti voglio per sempre
Non so restare zitto per non avere conflitti
ma volevo stare, nella tua vitta, presente.

Non so ascoltarti di modo con cui potresti accorgersi
che tutto dalla tua vita per me importa
Ma senti, pure un minuto senza te
è una triste melodia assenta di note.

Non so vedere il positivo nelle nostre differenze normali
So soltanto che debbo capire che sono cose banali
Non so parlare, restare zitto, fare silenzio
E neanche rendermi conto di che stare com te
Mi fa sentire i migliore dei sentimenti

Comunque so che ti amo tanto e voglio la tua felicità
Ma se ancora non la senti, scusami
Pure se non so ricominciare veramente
Però, ti dico, com questa poesia, che voglio più di tutto nella vita
Superare com te questa grande e continua sfida.

Luta cotidiana

51829d79450a8image005

Quanta incapacidade essa é a minha de amar
que gera uma dor insuportável
tristeza imensa, incontrolável
e o cansaço de mais uma batalha perdida.

E desse sentimento, emerge o mais puro abandono
de alguém que necessariamente queria ser mudo
por expressar palavras tristes, incoerentes
de nunca poder fazer alguém contente.

Ah! E o que fazer nessas horas
que se sofre, se revolta, se chora.
O potente sentimento é justamente não ter resposta
porque não faço feliz quem meu coração gosta

E aí nem sei se o pior é me entregar
se luto, ou enfim deixo de lutar.
Mas sinto que não posso fugir sempre dessa luta cotidiana.
Porque fruto dessa dor é que enxergo a felicidade que alma proclama.

Os Trolhas (inspirado em Bandeira)

obras-3a49

Procurando descobrir se vivo numa bolha,
vasculham o vartzlife
Interessados, os trolhas
Gente quase sempre sem naipe

O mais curioso é o menos corajoso
Procura o trolha-mor:
– Ele escreveu sobre a ela?
– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”.

Trolha interesseiro
Podia ter coragem pra me perguntar pessoalmente.
Deixe de ser demente.
Diz: – “Ele é meu amigo”
É tudo falsidade comigo

“O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio”.

Vai por cinqüenta anos (e não volta)
Que lhe dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.

Clame aos trolhas, seus amigos
Em críticas céticas ao meu respeito
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas…”

Vasculhe Trolha-mor:
– “Está apaixonado! Coitado!”
– “Não é!” – “É!” – “Não é!”.

Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é

Que soluças tu,
Incapaz de vir ao meu encontro,
Inconveniente trolha,
Pare de ler minhas poesias.

Jogaram a Família pelo sexto andar

isabellaNaquele dia 29 de março culminou mais uma das grandes estratégias do mundo pós moderno, para emancipar o poderio capitalista sobre as pessoas que, quanto mais estão sozinhas, mais podem ser dominadas.

Das instituições detentoras da Verdade, em que o bem comum ainda parecia visível, a família era a única remanescente, ainda mais a burguesa, que foi atacada outrora quando o menino João Hélio foi arrastado pelas ruas cariocas ainda sem dengue.

Porém, o que se vê na mídia é uma transformação da vida real em “reality show”, onde se colocam no “paredão” o pai, a mãe, a madrasta, o pedreiro ou qualquer outra personagem passível de ibope.

Nas mesas de bar, nas rodinhas da faculdade, no trabalho, especulam-se culpados sem qualquer pudor, da mesma forma que se discutiam as eliminações do reality show televisivo.

Mas os dias foram passando e o desenrolar da história foi levando à mesma insatisfação que o Big Brother gerou em seus espectadores. A demora para definição de uma resposta final, de um desfeche para esse “romance real” perturbou a sociedade.

Quem foi que matou a linda menininha de cinco anos? Enquanto as autoridades procuram desvendar esse mistério, toda a sociedade esquece de que uma família já foi destruída, arremessada junto com Isabella daquele sexto andar.

Mas, pensando bem, o que parece mesmo é que por trás dessa terrível tragédia, a desmoralização da família, último baluarte social, foi empurrada com uma certa dose de oportunismo do tal selvagem capitalismo. Meus pêsames a nós.

Aceitar-se

espelho1-290x290

Aceite-me assim como sou e não espere nenhum tipo de mudança,
mesmo sabendo que ela ocorrerá
Aceite-se ante de tudo, pra que você consiga enfim me aceitar.
Todos aceitam a idéia de que devem ser amados da maneira que gostariam,
entendidos da maneira que são, mas poucas vezes suportam o diferente.

Por isso passei, antes de tudo, a me aceitar.
Bem assim como sou.
Sendo paciente comigo mesmo, refazendo propósitos…
Procurando sempre na medida do possível, cumpri-los.

Desta forma, entendi que o querer mudar-se, o perene aceitar-se,
Vale muito mais do que a mudança por si mesma,
Pois mesmo a mais banal das utopias, nada mais é que o horizonte
Inatingível, sim. Mas importantíssimo para que não deixemos de caminhar.

Então aceitar-se, aceitá-los, aceitar-me,
É o mais potente estopim para explodirem mudanças interiores,
Nos relacionamentos também, quando não se espera,
não se diz, somente se acredita.

Page 2 of 4

Powered by WordPress & Theme by Anders Norén