Procurando descobrir se vivo numa bolha,
vasculham o vartzlife
Interessados, os trolhas
Gente quase sempre sem naipe
O mais curioso é o menos corajoso
Procura o trolha-mor:
– Ele escreveu sobre a ela?
– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”.
Trolha interesseiro
Podia ter coragem pra me perguntar pessoalmente.
Deixe de ser demente.
Diz: – “Ele é meu amigo”
É tudo falsidade comigo
“O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio”.
Vai por cinqüenta anos (e não volta)
Que lhe dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.
Clame aos trolhas, seus amigos
Em críticas céticas ao meu respeito
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas…”
Vasculhe Trolha-mor:
– “Está apaixonado! Coitado!”
– “Não é!” – “É!” – “Não é!”.
Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é
Que soluças tu,
Incapaz de vir ao meu encontro,
Inconveniente trolha,
Pare de ler minhas poesias.