Há tempos venho me perguntando sobre o tal Princípio de Gratuidade que sempre acreditei existir. Procurando no Google os verbetes “amor gratuito” encontrei quase que exclusivamente, referências religiosas sobre o sentimento.
Navegando pela internet tirei do blog português, Um dia ao outro dia (http://umdiaaooutrodia.blogspot.com), considerações leigas a respeito do sentimento: “Só amor gratuito, sem retorno, abandonado, que não espera faz escavar um lugar para o céu dentro de nós. (…) Passagem cortante e obscura a do amor sem retorno, em que a garganta se contrai num amargo: Porquê? Que mal eu te fiz? (…)
(faço por vezes, esta pergunta, sem resposta, para alguns abandonos, tão de barro que ainda não aceitei que, fiel é Aquele que nunca larga, nem mesmo os que o magoam).”
Porém, ao lê-la, constatei que pode-se realmente considerar sentimentos universais.
Conversando com ela neste final de semana, entendi que, como a objetividade para o jornalista, a gratuidade (e a coerência) vale mais pela busca, do que pelo mérito do conceito.
As explicativas psicológicas que formalizam nosso ser intrinsecamente egoísta não me parecem obstáculos, porque lutar contra a nossa humanidade é já uma “guerra perdida”.
O que me parece importante é não se render, não aceitar com indesejável conformismo, as nossas individualidades maquiavélicas, a nossa aparente incapacidade de viver “pelos outros”.
Pensar em nós mesmos é já uma hábito. Difícil mesmo é perder momentos da nossa vida para dedicar às pessoas necessitadas, de pão a um singelo sorriso.
Vou continuar pensando nisso!!
Vitor
Você me lembrou duas coisas:
1) quando pego um papel no chão, na rua aqui em São Paulo, a cidade me “recompensa” imediatamente ficando mais limpa para mim, para ela mesma, para todos!
2) uma frase de Santo Agostinho: “Se o homem soubesse as vantagens de ser bom, seria homem de bem por egoísmo”!
Boa semana, amigo!