Month: February 2008 Page 1 of 3

A menina que perdeu o assovio

Era uma vez a menina que vinha da terra do pão de queijo. Na sua cidade ela era conhecida por ser a menina do assovio.

Quando foi descoberta, tinha quatro ou cinco anos, em uma das festas da quermesse em que a banda mais famosa da região tocava músicas típicas.

Durante a apresentação de um dos maiores sucessos do conjunto, a menina se desvencilhou de sua mãe, correu pro microfone e assoviou a mais doce melodia que o povoado havia sentido. Todos ficaram maravilhados com a capacidade da menina, tão nova, ninguém assoviava como ela.

Passou sua infância sendo convidada para acompanhar os mais variados grupos cover, típicos da terra do pão de queijo, até Rock ela assoviou. Era realmente muito boa. Porém, um dia ela acordou cansada, deveria fazer uma participação especial no aniversário da cidade, assoviando diante do prefeito e o delegado, além de todos os amigos da escola e familiares.

A música começou lenta e na hora em que a menina deveria assoviar o som saiu fraco, destoado com a música. Ela tentou uma, duas, mas na quinta vez desistiu e correu chorando.

Depois de alguns meses foi descoberto que a menina ia perder o assovio. Aquilo foi um choque pra menina. Era aquilo que a fazia mais feliz, aquilo que a tornava especial diante de todos os habitantes da terra do pão de queijo.

Passou semanas em casa, trancada no quarto chorando. Culpava Deus de tamanha injustiça, até que a sua querida avó, talvez a pessoa que a menina mais gostava, bateu na porta e pediu pra entrar pra conversar com ela.

A avó, sempre doce, paciente, começou a dizer pra menina todas as coisas boas que aconteceram na vida dela depois que ela havia descoberto que sabia assoviar como ninguém. Que tinha se tornado famosa, que era querida por todos, mas que aquilo era um Dom de Deus. Que da mesma forma que ele havia dado, tinha o direito de tirar e dar a outras pessoas. Desta forma, a menina deveria agradecê-Lo por ter sido agraciada com aquele Dom, por tanto tempo.

Depois daquela conversa a menina saiu do quarto. Tinha redescoberto o sentido da vida, mas mais que tudo, tinha entendido que as graças são passageiras, mas a felicidade em vive-las servia de força para o momento em que elas se fossem.

Correu para a igrejinha que ficava perto da sua casa e agradeceu a Jesus por tudo, por ter sido presenteada e que agora queria continuar vivendo e procurando oferecer cada passo, cada momento, como agradecimento por ter uma família tão maravilhosa, por morar em um lugar tão gostoso e ter tantos amigos.

Assim ela voltou a viver normalmente, a ir pra escola, estudar muito, porque queria fazer medicina, querendo provavelmente descobrir uma cura para recuperar o assovio.

Até que um dia, em uma festa, em meados de fevereiro, começou a dançar. Não parava nenhum momento, estava com seus grandes amigos, era um momento muito feliz. Depois conversaram, riram, comeram juntos e ela descobriu outro jeito gostoso de ser feliz: Ter amigos e curti-los.

Aquela foi uma grande descoberta e desde então ela nunca mais pensou no assovio, deixou-se levar, deixou Jesus fazer essa surpresa e um dia ela veio, mas é uma outra história.

Outros textos

Um ano em que a Menina que perdeu o assovio encontrou com Deus

Saudades da Menina que perdeu o assovio

O encontro do Pequeno – alegria com a Menina que perdeu o assovio

O dia em que a menina que perdeu o assovio se foi

O último encontro com a menina que perdeu o assovio

A menina que perdeu o assovio

Para sempre Paulinha – Revista Cidade Nova – outubro de 2008

A palavra que transforma – by Paulinha Bichara

E no final o amor

A-amizade-e-um-amor-que-nunca-morre-Bom-final-de-semana-amigo-VOCE-UAI

E no final, sobra somente o amor,
Porque cai todo tipo de conclusão racional
As respostas e resoluções matemáticas
As necessidades lógicas,
Tudo cai por terra.

Cai porque entre as coisas mais suplantadas pelo racional,
E geridas pelo emocional,
Está o amor.

E é este amor, propositalmente irracional,
Que, vivido concretamente, irá resolver as equações integrais,
Conduzir ou mesmo acalmar corações aflitos de uma resolução instantânea.

Aí, até mesmo um pedido de desculpas sem saber no que errou,
Até mesmo um perdão sem lógica,
Será inócuo, paralelo à vontade de recomeçar.

E esse recomeçar cotidiano, no “já, mas não ainda”,
Que vai conduzir a história de cada um, a vida “a dois”.
Hoje, amanhã…
Sempre.

O segredo

capa_282873_1361471908

Sabe quando a gente guarda um segredo tão grande que parece quase impossível retê-lo só pra gente? É isso que qualifica a informação em notícia.

É este segredo que o jornalismo busca, que não é só informação banal, fútil, mas algo que interessa a maioria, que nem sempre é bom, mas que as vezes esquecemos de que pode ser.

O “segredo pejorativo”(notícia ruim) é a fofoca daqueles que preferem guardar para si a informação, as boas idéias, os artifícios para o desenvolvimento intelectual (social).

Sim. Isso não é um pensamento poético ingênuo, de alguém que acredita que tudo o que sai da boca para o povo tem esses objetivos. Porém não podemos deixar-nos contaminar pelo “quase sempre” ruim e esquecer que no fundo dualista das coisas/idéias, também existe o BEM.

Assim, preciso procurar o “lado bom” dos segredos impossíveis de conter, com uma visão clara de que por traz de uma noticia, existem pessoas, acontecimentos, dualistas.

Falta enxergar com os dois olhos e usá-los na construção de uma nova sociedade

Os frutos da fraternidade na política

sem-titulo.jpg

Quando li hoje a reportagem no caderno de Economia do Estado de S.Paulo, lembrei na hora da fase cristã: “Daí e vos será dado.”

Não estou aqui para enumerar as minhas críticas assíduas ao governo Lula, mas o que vi nesses cinco anos de mandato foi uma preocupação (não pouco desinteressada, é claro) em ser solidário com os países com situação financeira crítica (É isso mesmo, existem países piores que o Brasil!!).

Ajudar os menos favorecidos é a Fraternidade que esqueceu de emergir da Revolução Francesa.

“Eu penso que isso pode servir de exemplo para que outros países da mesma magnitude do Brasil tenham o mesmo gesto com outros países pobres do mundo, que muitas vezes têm uma dívida que todo mundo sabe que é praticamente impagável, mas que funciona como uma espécie de espada na cabeça dos devedores”. (Lula)

Brasil perdoou 95% da dívida de Moçambique – s presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva , e de Moçambique, Joaquim Alberto Chissano, assinaram a um acordo em que o Brasil perdoa 95% da dívida do país africano – no valor de US$ 315 milhões.

Brasil perdoa mais da metade de dívida da Nigéria- O Brasil vai receber apenas US$ 67,3 milhões da dívida de US$ 150,4 milhões que a Nigéria contraiu com o país, há mais de 20 anos, em financiamentos e seguros de exportações. Os outros R$ 83,1 milhões serão cancelados, conforme acordo.

Brasil perdoa dívida de US$ 52 mi da Bolívia – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o perdão de uma dívida de US$ 52 milhões que a Bolívia tinha com Brasil. O anúncio foi feito durante uma breve visita do presidente brasileiro à Bolívia, para onde viajou depois do final da Cúpula do Mercosul, em Puerto Iguazú, na Argentina. Além de demonstrar seu apoio político a Mesa e perdoar dívidas do país, Lula anunciou a abertura de uma linha de crédito do BNDES para que a Bolívia possa construir uma rodovia ligando Puerto Suarez (cidade boliviana na fronteira com o Brasil, perto de Corumbá/MS) a Santa Cruz de La Sierra.

Brasíl perdoa dívida de 4 milhões de dólares a Cabo Verde – O Brasil vai perdoar ao Estado de Cabo Verde a dívida de 4 milhões de dólares que este acumula junto das instituições daquele país.

Brasil perdoa dívida da Nicarágua – O presidente nicaragüense, Enrique Bolaños, agradeceu a decisão do Brasil de perdoar 95% da dívida nicaragüense com esse país, estimada em 141 milhões de dólares.

Santa Viagem

Discovery Feb. 24, 2011

Acabou a alegria.
Aquelas risadas exageradas de tirar o fôlego.
Aí deitei-me novamente na cama,
E comecei a chorar tudo de novo.

E das lágrimas ensangüentadas,
Da vergonha de mais uma derrota humilhante,
Abaixo a cabeça desolado,
Procurando entender a dor daquele instante.

Momento que por não se tratar de felicidade
Parece tardar horas intermináveis
E quando percebo que é isso que me faz crescer
Os sofrimentos passam a ser mensuráveis

Como é grande também a vontade de continuar vivendo
Percorrendo o Caminho mesmo com minha inerte coragem
Mas continuo perseverante, esperançoso.
Que tudo são degraus aparentemente inalcançáveis.
Nessa árdua e desafiante Santa Viagem.

Poesia oferecida para mãe e avó do César Marcon e em homenagem a irmã do Alonso

Page 1 of 3

Powered by WordPress & Theme by Anders Norén