Month: January 2008

Receita pra evitar a tristeza

Fingida

Ingredientes:

1 colher de chá de vontade de recobrar o Alto Astral
2 Xícaras de Fé em Deus
2 Xícaras de Loucura
2 Sorrisos
½ Xícara de certeza de que não está sozinho
Atividades esportivas esporádicas

Procendimento:

Pegar os 2 sorrisos, as atividades físicas esporádicas e a certeza de que não está sozinho e começar a agir. Fazer visitas aos amigos, esportes (que suprem muitas das necessidades hormonais que podem estar prejudicadas), procurar perder mais tempo com as pessoas e os relacionamentos, de forma crescente. Aproveitar do apoio e da presença de amigos, como estímulo e incentivo para que essas atividades durem o suficiente até que os 2 sorrisos se transformem em 20.
Depois, pegar as duas xícaras de Fé em Deus, 1 colher de chá de vontade de recobrar o Alto Astral, junto com a xícara de Loucura e misturar tudo, até formar uma grande atmosfera de felicidade.
Aproveite-a incrementando com um crescente relacionamento com Deus, sem esquecer que muitas vezes a loucura e a irracionalidade implícita na nossa vida, devem muitas vezes se sobrepor às conclusões extremamente racionais.
Finalmente, quando estiver tudo correndo bem, desfrutar constantemente das alegrias e dos desafios que a vida nos coloca, sem temer novas quedas, sem ter medo de sofrer e assim, SER FELIZ.

Bugia

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Non riesco ad esprimere i miei pensieri chiaramente com’è la luce del sole. Pure se, come dici Pierce, capire non avviene soltanto dalla chiarezza di chi trasmette il messaggio, ma anche di chi li riceve, la sua storia personale, le esperienze…

Allora, chiaramente cerco di esprimere i miei pensieri, faccio le mie soggettive considerazioni.
Ed alla fine tutto diventa poesia, croniche, che sono trasformate in canzoni.

E pensando che quando dico si, è una scelta e non un “qualcosa così”.
Vedo persone che dubitano delle mie parole e della verità (parziale) di ciò che esiste dietro di loro.

Comunque continuo a trasformare quello che sento usando la grammatica, dicendo ciò che si passa dentro di me, di un modo sufficiente chiaro ed usando la mia conoscenza limitata della linguistica, credendo che, pure se dicessi tutte le verità del mondo, per più trasparente che siano le cose che scrivo, devo ammettere, che alla fine di tutto, con questa poesia, dico una bugia.

O dia em que as Flores esqueceram da chuva

foto de fausto nocetti do flickr

Era uma vez um lindo jardim onde viviam as mais lindas flores do Reino. Girassóis, orquídeas, margaridas, copos de leite e, é claro, a Rosa.

Desde sempre, o Sol as aquecia e a chuva lhes fornecia a água para que todas estivessem sempre nutridas.

Porém, temendo um período de seca quase iminente, o responsável pelo Jardim começou a regar e proteger as plantas como lhe convinha.

Todas as manhãs o Regador ia lá e dava tudo o que as flores precisavam, até mexia na terra e assim elas foram crescendo e se desenvolvendo sempre saudáveis e bonitas.

Um dia, o Regador ficou doente e não pôde ir ao Jardim regar as flores e assim, a nutrição matinal acabou sendo prejudicada. Já ao meio dia, elas já não conseguiam fazer as próprias fotossínteses, sobretudo a Rosa.

O fato de estarem habituadas aos cuidados do Regador fez com que elas não percebessem que as nuvens começavam a providenciar uma forte chuva.

Depois de quase uma hora, caiu um forte temporal, mas as flores não perceberam porque estavam se perguntando por qual o motivo houvera a displicente ausência do Regador.

Os dias foram passando e o Regador nunca mais voltou. As flores não aproveitavam a água celeste para voltarem a se nutrirem e assim, foram ficando fracas, morrendo aos poucos, até que o Jardim desapareceu.

Transposição de alma

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Quando começo a ter certeza de onde o Rio em que corre a minha vida deve desembocar, as margens se estreitam ou inventam algum tipo de projeto de transposição que me amedronta.

Aí, nem sei o que devo renunciar e se ainda devo deixar a correnteza me levar. O que resta mesmo é a certeza de querer chegar em um determinado lugar.

E nessas margens que vão gradativamente estreitando, procuro buscar forças para continuar seguindo ou mesmo pensar em construir uma barragem que dê força potencial às águas que correm.

Como este Rio que corre, no início de mais um ano, penso na melhor estratégia para seguir a minha transposição de alma, correndo riscos, mas com Fé. Certo de que os ventos, o Senhor das Águas, vão me ajudar sempre a chegar no oceano em que ela deve desembocar.

Meu Rio

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Disseram-me que do Leme ao Pontal seriam quilômetros sem fim
E sinceramente eu não acreditei que era tão longe assim.
Disseram-me que a subida do Corcovado de bicicleta, para ver o Cristo, era íngreme, cansativa. E depois dela não me lembro se pedalei tanto em minha curta vida.

Disseram-me que Ipanema e o Leblon eram praias lindas, como a catedral e os Arcos da Lapa,
Mas me dei conta de tudo isso, somente depois de vislumbrar bem do alto, o que antes só tinha visto no mapa.

A Orla da Bahia de Guanabara, o Aterro do Flamengo e a Enseada do Botafogo me impressionaram, como quando observei que são os prédios que escondem o morro.
E no Leme, Copacabana, Arpoador, conheci praias extremamente visitadas o que me causou certo frisson.

Porém, o paraíso estava depois de São Conrado, da Barra e se chama Recreio,
Pois ali vi que meu conceito de praia era antes um completo devaneio.
E mesmo agora, nessa tentativa de descrição – poema, sem sequer uma simples melodia,
Vejo que o Rio é feito de canção, de “alguma coisa” que “acontece no meu coração”.

Jacarepaguá é mesmo longe pra caramba!
Do Leme ao Pontal não tem nada igual.
Daqui pro Méier vão tantos ônibus lotados quantos os que partem para Irajá.
O xodó do povo é o Rio.
Decidi que se alguém quer matar-me de amor, que me mate no Estácio.
E depois de mergulhar na alma Carioca,
E mesmo não conhecendo a Mangueira e subindo no Pão de Açúcar.
Sinto iminente a dor de quem chorou na volta.

Viva o Rio!

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