Month: December 2007 Page 2 of 3

Louvor

louvor-a-deus

Mesmo diante das minhas imperfeições, louvo-te Senhor.
Senhor dos mares, do sol quente de verão,
Da fresca manhã de outono e da gélida tarde de inverno.
Louvo-te Pai de todas as flores, de todos os pássaros.
E festejo cada dia, sobretudo o sorriso de Rosinha,
Agradeço cada metro cúbico de ar que meu pulmão transforma em vida.
Agradeço essas minhas finas pernas, que podem caminhar, até mesmo sem rumo,
Louvo poder amar do modo mais profundo.
Sinto-me privilegiado por ter pais tão presentes.
Uma família da qual o querer-se bem é evidente.
E aqui, procurando entender o porquê de ainda insistir em pecar,
Prostrado também na minha incapacidade de tantas vezes entender-Te,
Ajoelho-me e louvo…
Por meus amigos,
Por poder estar aqui,
Por ti!

Imprevisível aprender

gestão

E a vida vai…

E as coisas acontecem…

O mais interessante é perceber que a forma como o Dono do Jogo mexe as peças do Grande War é tão inesperada, que fica claramente necessário aprender a sorrir com as perdas e chorar de felicidade.

Surpreendo-me quando uma porta se abre onde nem imaginaria existir.

Aí procuro adaptar-me, me contorcer ao máximo, para conseguir, de alguma forma, passar por ela.

Outra coisa inusitada é que essa vontade enorme de “dançar conforme a música” (que não é fugir das minhas obrigações) vai dissolvendo contundentemente minhas vontades… Acabo querendo tudo, o que quero e o que não espero.

Assim, não importa o que acontecer, em ambos vou sorrir, vou sofrer.

Mas o mais bonito, o mais especial, é me dar conta que a Felicidade é esse saber sorrir, saber chorar, saber viver.

E mesmo que a gente tente, que a gente vença, caia, o tempo passa, e é cada vez mais fantástico e imprevisível, participar, jogar, aprender.

Fragmentos recolhíveis

Fragmentos

Hai de mim! Se tivesse que contar todas as migalhas que o despedaçar cotidiano do meu pão, derrama sobre o gélido chão.

Pois são nas perdas, no perder-me, que reencontro esses fragmentos comestíveis, fruto inestimável de tantas vitórias, graças incontáveis.

Aí, nesse exercício de não ser mais um todo, mas pequenos pedaços de um processo contínuo de desfazer-me, por Amor, perceberia que sou a resenha de tantos relacionamentos, o lead da mais bela notícia chamada Felicidade.

Enganam-se aqueles que reconhecem as vitórias ignorando os fracassos, as tantas perdas e sofrimentos, que fazem valer cada sorriso límpido, cada forte abraço, fresca manhã.

Cada vitória tem sempre um custo proporcional, em cada sorriso meu estão embutidas muitas lágrimas, senão seria tudo teatro.

E assim, a migalhas não são só fragmentos que compõem o meu ser, são também o reflexo do “esfarelar” constante das minhas certezas, das minhas idéias, sentimentos, (não dos meus valores), mas um renunciar-me para ser nada.

Hai de mim! Se acreditasse que é em meu todo que guardo a essência do que sou.

Na verdade sou os fragmentos “recolhíveis” do pão disforme que enfim se despedaçou.

Morirò in giorno di pioggia

pioggia-notte

Cadranno
prima piano
le gocce del cielo
ed è capendo il mistero
che il mondo trabocca in pianto

L´acqua cadrà su tutte le spalle
bagnerà dappertutto, in ogni parte
Ci sarà chi piange di malinconia
e quelli che avranno tanta nostalgia

Vecchiaia, malattia, omicidio oppure incidente.
Parimente sarò assai contento.
D´essere nel punto di arrivo del cammino
con la speranza d´essere passaggio e non fine.

Non lo so come ci sarà
questo non mi annoia
so soltanto che morirò
in un giorno di pioggia

Poema pro meu amigo Chaplim

Frases de Charlie Chaplin sobre Amizade

Tinha um garoto, com cara de menino, que não parava de sorrir aquele sorriso engraçado.

Mas o que mais deixava perplexas as pessoas, era seu olhar que se perdia, profundo, mesmo diante daquela barba desfeita, o aspecto externamente descuidado.

Dentre seus dons a capacidade de simplesmente ver o mundo, sem vícios e vicissitudes que a banalização do olhar constantemente nos é imposta.

Essa garoto me fez chorar quando disse seu sim, sem saber o que estava assinando… Aquele acordo englobava milhões de almas. Ou será que ele sabia?

Mudam-se pessoas, o tempo, a vida, e a gente escolhe, antes de tudo, um Deus pra louvar, um amor pra amar e se delicia simplesmente por poder, desta festa, participar.

E assim, forró, samba, o que me importa?

Tanto pra mim, quanto pro garoto-Chaplim só resta a sensação de estar, mais que tudo, vivendo.

Aprendendo com os erros, mergulhando em crises aparentemente sem fim, mas tudo pra que a gente se dê conta, que nem tudo é tão complexo assim.

Pois tanto eu, quanto o meu amigo Chaplim, pudemos perceber que o amor, quer dizer, o Amor, é o único fim.

Fim em si, finalidade.

E mesmo que o tempo passe e adquirimos responsabilidades, decorrentes da nossa idade.

Podemos nos dar conta, de que é possível olhar o mundo, chorar com música bonita, fazer poesia.

Sem vergonha de manifestar, essa nossa tão efêmera sensibilidade.

Poesia em homenagem ao meu grande amigo Vitor Bustamante que ontem, 04/12, completou mais uma primavera.

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