Para tentar solucionar o problema duas estudantes, que se conheceram no intenso “primeiro dia de aula” do entediante curso de preparação para a injusta prova que seleciona os “mais capacitados intelectualmente” para entrar nas universidades da cidade, se encontraram para discutir estratégias.
A tão sonhada vaga para o “Mundo do conhecimento” não influenciava mundo as evidentes diferenças entre as duas moçoilas. Uma queria física a outra biblioteconomia, mostrando claramente os diferentes óculos que ambas usaram durante todas as suas particulares vidas.
Enquanto uma pensa em números e “estruturas”, fazendo valer a exatidão em que os conceitos, as formas e as equações procuram relacionar cada coisa existente no mundo, a outra, viaja no conhecimento do “mundo homem” (ou seria homem mundo?) tentando, através de palavras, da língua, desvendar todo o mistério que existe em cada história, em cada alma.
As duas passaram dias buscando o mesmo objetivo, a mesma vaga, mas agora, sem a posse dos apaziguadores Óculos Mágicos, o convívio harmonioso era um grande desafio. Porém, as garotas foram percebendo que a conquista daquele objetivo necessitava muito das riquezas que as diferenças proporcionavam e assim foram, ao poucos, uma entrando no mundo da outra.
Dessa forma, elas aprenderam a viver sem os tais Óculos Mágicos e, através da relação, do relacionamento construído juntas, construíram uma membrana em seus olhos, uma lente de contato natural, que permitia fazer daquela simples amizade, algo imortal.
Parte I: http://vartzlife.wordpress.com/2007/08/16/a-cidade-dos-oculos-magicos-parte-i/
ParteII: http://vartzlife.wordpress.com/2007/09/14/a-cidade-dos-oculos-magicos-parte-ii/